Mogi-Dutra vai gerar 525 empregos - Obra de duplicação
Com previsão para ser concluído até o início de 2020, trabalhos incluem dois novos viadutos e quatro passarelas -
Luana Nogueira - http://www.portalnews.com.br/
A duplicação da rodovia Mogi-Dutra (SP-88) vai gerar
525 empregos, nos quais 175 de forma direta e 350 de maneira indireta.
Todos eles serão para moradores da região. A obra foi iniciada ontem e a
previsão é que leve até dois anos para ser concluída. O objetivo é
modernizar a estrada e reduzir o índice de acidentes no local. Além da
duplicação no trecho de 7,5 quilômetros, a rodovia ganhará viadutos e
passarelas.
As obras estão orçadas em R$ 121 milhões e serão
executadas pelo consórcio Construcap/Copasa . "É um benefício muito
grande para Mogi, Arujá e a região. É uma rodovia com grande tráfego,
são mais de 15 mil veículos por dia. Serão construídos dois viadutos e
quatro passarelas.
É uma obra de segurança que será feita com a rodovia
funcionando. Temos início com 175 empregos diretos e mais de 350
empregos indiretos na região", informou o governador Geraldo Alckmin
(PSDB).
De acordo com o secretário de Estado de Logística e
Transportes, Laurence Casagrande Lourenço, por causa das obras, a
velocidade média no trecho será reduzida de 80 quilômetros por hora para
60 km/h. Ele pediu atenção dos motoristas nesse período.
"O cronograma
de obras vai prever intervenções intercaladas ao longo da rodovia, pois
ela tem grande tráfego. Não será uma obra linear. Terá operações em
vários pontos, de forma que terá estrangulamento e uma faixa de
acomodação, que reduzirá o transtorno para quem passa, por isso ela vai
durar dois anos", disse.
Lourenço esclareceu que as
interdições serão anunciadas com antecedência e que desvios serão feitos
para acomodar a passagem dos veículos. "Serão construídas as passarelas
e os viadutos. Será feita a retificação da curva do quilômetro 36, que é
bastante acentuada.
Esperamos que o índice de acidentes caia, pois
vamos separar as faixas, o que evitará as colisões frontais, e com as
passarelas, diminuiremos os atropelamentos", acrescentou.
Para o deputado André do Prado (PR), a obra trará desenvolvimento para o
Alto Tietê.
"Temos um problema seríssimo de escoamento da produção
entre as rodovias Ayrton Senna e a Dutra. Essa obra vai melhorar a
mobilidade da região e principalmente a segurança. Estamos em uma
posição estratégica, isso trará novas empresas", avaliou.
Investimento
O prefeito de Arujá, José Luis Monteiro (PMDB), lembrou que a obra de
duplicação é aguardada há 15 anos. "Temos uma grande preocupação com a
redução de acidentes.
A obra vai colaborar com a diminuição desse
índice, além de facilitar o escoamento da produção industrial, o acesso e
comunicação entre as cidades", destacou. O peemedebista já planeja uma
obra para o futuro, uma alça de acesso para a Dutra, para não
congestionar a entrada da cidade.
O prefeito de Mogi, Marcus
Melo (PSDB), ressaltou que a duplicação vai transformar a região.
"Quando falamos em mobilidade, vem o desenvolvimento junto. Essa obra
vai gerar emprego imediato. O Taboão tem uma grande área de
desenvolvimento para a indústria", afirmou.
Para o tucano, o próximo
grande projeto de mobilidade é a conclusão do anel viário da cidade, que
ligará as rodovias Mogi-Salesópolis a Mogi-Guararema e Mogi-Bertioga.
A
cidade buscará recursos apoio para a obra.
Taboão: alça de acesso é descartada
O secretário de Estado de Logística e Transporte, Laurence Casagrande Lourenço, descartou a construção de uma alça de acesso da rodovia Ayrton Senna (SP-70) ao distrito do Taboão
O secretário de Estado de Logística e Transporte, Laurence
Casagrande Lourenço, descartou a construção de uma alça de acesso da
rodovia Ayrton Senna (SP-70) ao distrito do Taboão. No entanto, durante o
início das obras de duplicação da Mogi-Dutra (SP-88), o governador
Geraldo Alckmin (PSDB) informou que serão feitos estudos para melhorar o
acesso da SP-88 a região industrial.
O pedido para os
investimentos no distrito do Taboão foi feito pelo deputado estadual
Luís Carlos Gondim (SD) ainda na cerimônia de início das obras. "Temos
aqui 63 indústrias instaladas no Taboão, algumas deixaram de se instalar
em Mogi e Guararema, justamente por causa desse acesso.
O que queremos é
um acesso pela Ayrton Senna. Compreendemos que não é possível, então
pedimos que seja contemplada uma melhoria na SP-88, pois são várias
carretas que passam pela região, não é apenas a parte industrial, mas do
agronegócio", destacou.
Alckmin pediu que a melhoria do
acesso ao distrito do Taboão seja estudada para ser incluída na obra
atual. O secretário explicou que o pedido da criação da alça de acesso
entre o distrito e a SP-70 foi descartado.
"Vinha sendo pleiteado um
acesso direto da Ayrton Senna, mas a rodovia é classe zero, então não
pode ter ligação a distrito industrial ou bairros, por exemplo, apenas
acesso a cruzamentos com outras rodovias", esclareceu.
Lourenço informou que estudará a inclusão da melhoria do acesso no atual
projeto, para que, inclusive, comporte a passagem de grandes carretas.
"Há um pedido posterior à execução do projeto, no momento que foi feita a
licitação, e depois das audiências públicas realizadas na região. Vamos
analisar esse pedido e ver como podemos encaixá-lo na intervenção.
Reitero que isso vinha sendo tratado como pleito no acesso a Ayrton
Senna, o que é impossível dada a classificação de tráfego da rodovia",
destacou.
Questionado sobre a duplicação da estrada do Taboão, o
secretário afirmou que essa é uma responsabilidade do município.
Esperança
Durante
conversa informal com o governador, o presidente da Associação Gestora
do Distrito Industrial do Taboão, Osvaldo Baradel, disse que o
secretário Lourenço não descartou a construção do acesso pela Ayrton
Senna e justificou que a recuperação da economia, esperada para 2018,
daria condições para o governo custear um projeto que exige um grande
investimento, como o acesso.
Sobre a melhoria no acesso da
Mogi-Dutra, Baradel afirmou que ela é importante. "O essencial é o
acesso pela Ayrton Senna, seja por meio de uma alça ou marginais. Isso
vai desenvolver o distrito, favorecer a chegada e saída de produtos",
acrescentou. Baradel disse que buscará novas reuniões, inclusive com o
vice-governador Márcio França (PSB), que deverá assumir o cargo de
governador no próximo ano com a possível saída de Alckmin para disputar
as eleições presidenciais. (L.N)