Novo salário mínimo (R$ 880 para R$ 937), não alivia contas dos moradores do Alto Tietê Além de supermercado, aposentados precisa pagar medicamentos. Para especialistas, reajuste não representa aumento real

No Alto Tietê e na região metropolitana de São Paulo, 870 mil pessoas vivem com até um salário mínimo, segundo estimativa do IBGE. Pouco mais de 4 milhões de pessoas recebem de 2 a 4 salários mínimos.

Paulina Conceição de Souza é aposentada em mora em Guararema. Segundo ela, o valor ganho não paga as contas do mês. Somente com alimentação, o gasto é de R$ 500. “É difícil. O gasto foi com arroz, feijão, uma mistura e frutas.”

A filha Isabel Conceição de Souza, que é comerciante, ajuda a mãe com as despesas para os remédios.  “Se ela for comprar o remédio, ela não consegue comprar tudo aquilo que ela precisa no me. Quando aumenta o salário, aumenta todas as coisas. O sistema entende que, se aumenta o salário, tem que aumentar tudo. Era melhor que não aumentasse nada então e ficasse tudo como está.”

Cesta Básica
O reajuste do salário mínimo foi de R$ 57. O valor passou de R$ 880 para R$ 937. Para a maioria da população, o valor não representa um alívio para as contas.


No Brasil, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica serve como um conceito abstrato, que mede se o poder de compra do salário mínimo consegue suprir as necessidades alimentares básicas de uma pessoa durante um mês.

Em um supermercado de Mogi das Cruzes não foi possível comprar 13 itens da cesta básica com o valor do reajuste do salário mínimo.
Catarina de Carvalho disse que fica atenta com os preços. “O mais barato, marca para mim não regula não. Sempre vai o mais barato.”

Segundo especialistas, o reajuste do salário mínimo não pode ser considerado um aumento real, já que é menor do que a inflação calculada em 2016.

Do G1 
Mogi das Cruzes e Suzano,
com informações da TV Diário

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