Pesquisadores encontraram o vírus em cérebros de bebês que morreram depois do parto. Cientistas lembram que nem toda grávida com zika vai transmitir o vírus para a criança.

Descoberta abre caminho para novas investigações sobre o vírus da zikaDescoberta abre caminho para novas investigações sobre o vírus da zika

Descoberta abre caminho para novas investigações sobre o vírus da zika

 

Pela primeira vez no Brasil, cientistas encontraram o vírus da zika no cérebro de bebês. O estudo é da UFRJ, em parceria com a Fiocruz, o Instituto Professor Joaquim Amorim Neto, na Paraíba, e o Instituto D'or.

Ao se referir aos efeitos neurológicos da doença nos bebês, os pesquisadores não tratam mais só da microcefalia. Eles falam em síndrome congênita do vírus da zika.

Pesquisadores descobriram o vírus da zika nos cérebros de dois bebês que tinham microcefalia e morreram pouco depois de nascer. Um deles tinha microcefalia. O segundo, um outro tipo de má-formação cerebral grave. Os bebês eram da Paraíba.


Para o chefe do laboratório de virologia da UFRJ, isso representa um avanço pra entendercomo o vírus age no organismo.

“O nosso projeto visa também a estudar o papel do vírus com a interação com organoides cerebrais. O que o vírus faz na formação do cérebro humano. Durante o desenvolvimento fetal”, diz Amilcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular/UFRJ.

Outra hipótese estudada pelos pesquisadores é de que o vírus da zika pode ficar mais tempo no organismo, escondido numa célula. Passado um tempo da infecção, quando o paciente acha que os sintomas sumiram, o vírus volta a atacar. É o que os cientistas chamam de reativação.

No caso de uma gestante, isso aumentaria as chances de o vírus afetar o bebê.

“Ele tem mais chance de, se espalhar pra outros órgãos, inclusive na placenta, inclusive pro feto. Pra uma mãe que tá gestando um bebê, isso realmente dá uma certa facilidade pro vírus se espalhar mais no organismo da pessoa”, afirma Amilcar Tanuri.


Também na Paraíba, surgiram outros problemas em bebes que podem estar relacionados ao vírus da zika. A ventriculomegalia grave, quando o cérebro tem mais líquido do que deveria e não se desenvolve, mesmo que o tamanho da cabeça seja normal.

E a artrogripose, que endure a musculatura e as articulações. Por causa das informações e das descobertas feitas até aqui, os pesquisadores sabem que o vírus da zika pode estar relacionado a várias complicações neurológicas, não só à microcefalia. Por isso acreditam que o melhor é encarar essas complicações como uma síndrome. A síndrome congênita do vírus da zika.

“Tenta sistematizar o que acontece durante a gestação. E os médicos, não só pra gente, pra outros colegas tentarem também identificar essas mesmas componentes dessa síndrome pra gente começar a criar é uma lógica no que está acontecendo em vários estados aqui no Brasil e em vários países”, aponta Amilcar Tanuri.

Os cientistas têm pressa para encontrar uma proteção eficaz contra o vírus da zika. Mas eles lembram que em geral não é uma doença grave. As complicações provocadas pelo vírus, sim.

E nem toda grávida que tem o vírus vai transmitir pro bebê. “E em algumas mães, em alguns fetos o vírus consegue passar pela placenta, em outras não. 

Isso pode ser uma variação genética, do hospedeiro, ou da criança ou da mãe, que faz com que isso passe ou não. Nós achamos que a taxa de transmissão do vírus é baixa, mas quando acontece é devastador. E não é uma coisa simples”, diz Amilcar Tanuri.

Os cientistas lembram que o importante é não abandonar o pré-natal.

“Se vocês ficarem com medo do zika ou se não aparecer no médico, ou de não quiser sair de casa pra nem ir ao pré-natal, isso não pode acontecer. Por que? Nós vamos ter muito mais perdas de crianças por outros problemas”, comenta Amilcar Tanuri.

 http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/

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