Governo SP permite que professores exerçam mais 25 horas de trabalho, além das 40 horas semanais
Apeoesp é contra iniciativa de ´bico oficial´ nas escolas

Luana Nogueira
Da Redação
Da Redação
Fotos: Daniel Carvalho
Moraes: "prejudica o ensino"
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) é contra a iniciativa da Secretaria de Estado da Educação que permite que professores exerçam mais 25 horas de trabalho, além das 40 horas semanais já cumpridas. De acordo com representantes da entidade, o projeto vai sobrecarregar os professores da rede estadual e as aulas sofrerão uma queda na qualidade. As inscrições para a atribuição de aulas para o próximo ano letivo começaram ontem e, neste prazo, os professores também poderão aderir ao aumento na carga horária.
O conselheiro estadual da Apeoesp, Nabil Francisco de Moraes, acredita que a decisão vai desgastar os profissionais. "Isso não é novo, já temos professores que podem fazer 64 horas semanais. Mas, na realidade, sabemos que esse acúmulo de aulas causa um desgaste físico. Não sei se muitos vão aderir, e os que aceitarem será pela questão financeira. Isso não melhora a qualidade de trabalho. Esse não é um caminho adequado e prejudica o ensino", avaliou.
De acordo com o plano da Secretaria de Estado da Educação, a remuneração dos professores que optarem por cumprir 25 horas a mais na carga horária poderá aumentar em até R$ 1.400. Professores efetivos e estáveis da rede estadual poderão aderir ao projeto que prevê que os docentes possam substituir, por exemplo, colegas afastados por licença médica em horário distinto de sua jornada e na mesma escola. As inscrições seguem até o dia 10 de setembro.
A conselheira estadual da Apeoesp, Inês Paz, argumentou que a determinação de aumentar a carga horária vai contra a luta da classe de reduzir as horas trabalhadas. "Sou contra essa iniciativa. Temos falado da qualidade da educação pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o professor deve trabalhar 20 horas semanais na sala de aula e outras 20 horas junto a comunidade escolar, e o governo está indo na direção contrária. A forma do professor ganhar mais é trabalhando mais, no entanto, isso prejudica a escola pública e o aluno é o que mais perde", disse ela.
Os professores acreditam que a medida é para amenizar o problema da falta de docentes. "A profissão de professor não é atraente. Com o aumento na carga horária, os professores vão passar mais tempo nas escolas e menos em casa", destacou a coordenadora da subsede da Apeoesp, Vânia Pereira da Silva.
O conselheiro estadual da Apeoesp, Nabil Francisco de Moraes, acredita que a decisão vai desgastar os profissionais. "Isso não é novo, já temos professores que podem fazer 64 horas semanais. Mas, na realidade, sabemos que esse acúmulo de aulas causa um desgaste físico. Não sei se muitos vão aderir, e os que aceitarem será pela questão financeira. Isso não melhora a qualidade de trabalho. Esse não é um caminho adequado e prejudica o ensino", avaliou.
De acordo com o plano da Secretaria de Estado da Educação, a remuneração dos professores que optarem por cumprir 25 horas a mais na carga horária poderá aumentar em até R$ 1.400. Professores efetivos e estáveis da rede estadual poderão aderir ao projeto que prevê que os docentes possam substituir, por exemplo, colegas afastados por licença médica em horário distinto de sua jornada e na mesma escola. As inscrições seguem até o dia 10 de setembro.
A conselheira estadual da Apeoesp, Inês Paz, argumentou que a determinação de aumentar a carga horária vai contra a luta da classe de reduzir as horas trabalhadas. "Sou contra essa iniciativa. Temos falado da qualidade da educação pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o professor deve trabalhar 20 horas semanais na sala de aula e outras 20 horas junto a comunidade escolar, e o governo está indo na direção contrária. A forma do professor ganhar mais é trabalhando mais, no entanto, isso prejudica a escola pública e o aluno é o que mais perde", disse ela.
Os professores acreditam que a medida é para amenizar o problema da falta de docentes. "A profissão de professor não é atraente. Com o aumento na carga horária, os professores vão passar mais tempo nas escolas e menos em casa", destacou a coordenadora da subsede da Apeoesp, Vânia Pereira da Silva.