Frio mata mais de 500 na Europa Tempestades de neve e vento devem continuar durante o fim de semana. Temperaturas podem chegar aos 30 graus negativos na Ucrânia.

Da AFP



Frio glacial, fortes tempestades de neve e ventos violentos continuam nesta quinta-feira (9) na Europa e podem se agravar ainda mais neste fim de semana, enquanto a onda de frio já matou mais de 500 pessoas em pouco mais de dez dias.
Na Ucrânia, onde as temperaturas podem chegar a 30 graus negativos no final de semana, as autoridades pararam de dar novos registros diários sem explicação. A Ucrânia até terça-feira, quando foi divulgado o último registro oficial, era o país da Europa mais afetado com 135 mortes (112 mortes causadas diretamente pelo frio).

Na 
Polônia, apesar das temperaturas um pouco mais amenas nos últimos dois dias, foram registrados nesta quinta-feira mais três novas mortes por hipotermia, elevando para 77 o número de mortos deste o início da onda de frio. Acrescentam-se a este registro cinquenta mortes ligadas a aquecedores defeituosos, que provocaram asfixia por monóxido de carbono e incêndios.O Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov, continua completamente congelado. Cerca de 130 barcos estão presos e não podem ser retirados pelo quebra-gelo por causa do mau tempo.
Ciclistas passam pelo canal de La Villette, congelado, nesta quinta-feira (9) em Paris (Foto: Reuters)Ciclistas passam pelo canal de La Villette, congelado, nesta quinta-feira (9) em Paris (Foto: Reuters)
Em uma cidade do norte, a polícia repreendeu motociclistas que circulavam em lagos congelados para filmar e colocar na internet.
Na Rússia, o frio matou pelo menos 110 pessoas neste ano, 46 só em fevereiro, segundo o Ministério da Saúde, que não informou se os mortos foram registrados na parte europeia ou asiática do país.
O frio matou igualmente 23 pessoas na Lituânia, 10 na Letônia e uma na Estônia.
Na República Tcheca, um sem-teto morreu de hipotermia na quarta-feira em Kolin (60 km de Praga), elevando o número de mortos para 25. Para este fim de semana são esperadas temperaturas de 40 graus negativos nas montanhas e -25° em Praga.
Foram contabilizados mais 44 mortos na Romênia, 29 na Bulgária, que enfrenta tempestades de neve violentas às margens do Danúbio, e três na Eslováquia.
Nos Bálcãs, as temperaturas bateram novo recorde esta noite com -28° em Sokolac, na Bósnia, -26° em Slavonski Brod, na Croácia, e -25° em Novi Sad, segunda maior cidade da Sérvia, enquanto os habitantes da capital tremeram com -23°C e os de Belgrado com -22°C.
Duas pessoas morreram de frio na Sérvia e na Bósnia, aumentando para 27 o número de vítimas nos Bálcãs: 13 na Sérvia, oito na Bósnia, três na Croácia, um em Montenegro, um na Macedônia e um na Albânia.
Mais de 70 mil pessoas ainda estão isoladas pela neve em cidades distantes na Sérvia, Croácia, Bósnia, Macedônia e Montenegro, enquanto que na cidade de Mostar, na Bósnia, cerca de 15 mil abrigos estão sem energia elétrica pelo terceiro dia consecutivo.
E na cidade croata de Split, o número de fraturas recorde acabou com todo o estoque de gesso do hospital previsto para dois anos.
Na Sérvia, o elevado consumo de eletricidade levou as autoridades a advertir para um possível racionamento.
O rio Danúbio teve o seu tráfego fluvial interrompido, especialmente em toda sua extensão na Sérvia (588 km), devido ao gelo.
Na Hungria, onde 16 pessoas morreram desde o início da onda de frio, os mais pobres estão se aquecendo... com dinheiro. O Banco Central recicla suas notas, que são utilizadas como briquetes nos aquecedores de instituições sociais mais necessitadas.
Na França, onde o frio já matou cinco pessoas nos últimos dias, uma vida foi salva na quarta-feira: um homem de 34 anos que queria cometer suicídio pulou de uma ponte de 3 metros em Mulhouse (leste), mas o gelo do canal era tão sólido que não quebrou com o peso da pessoa, que ficou apenas ferida.
Na contramão do continente, na Holanda simplesmente não tem feito frio suficiente nos últimos dias: a famosa "Corrida das Onze Cidades", corrida de patinação de 200 km disputada por milhares de pessoas em canais congelados na província de Friesland (norte), não poderá acontecer "neste momento" porque o gelo está muito fino em alguns lugares.
Itália, onde o número de mortos subiu para 43, se prepara para uma nova onda de frio intenso e neve nesta quinta-feira, enquanto o exército continua a desobstruir estradas de cidades do sul, bloqueadas por três metros de neve.
Os meteorologistas italianos preveem rajadas de vento do tipo nevasca nesta quinta-feira à noite no norte e o retorno da neve entre a noite de sexta e sábado em Roma, cidade acostumada com invernos amenos, e cujo prefeito distribuiu pás para 4 mil habitantes.
No fim de semana passado, a capital já havia enfrentado a tempestade de neve mais intensa em 27 anos, com até 30 centímetros de gelo em alguns lugares e cenas incomuns foram observadas: romanos esquiando nas encostas ou praticando snowboard em alguns parques.
Na Grécia, a onda de frio matou cinco pessoas, mais cinco na Áustria, quatro na Alemanha e na Holanda.
Na Suíça, o degelo começou na altitude, mas o frio e o vento continuam a afetar as planícies.
A onda de frio também atinge o norte da África, particularmente a Argélia, onde o número de mortos chegou a 44, e são esperadas novas tempestades de neve do fim de semana até terça-feira.

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