Chuva e sol Instabilidade do clima afeta lavoura As plantações de alfaces são as que mais acabam sofrendo perdas com as mudanças abruptas do tempo

Daniel CarvalhoProdutores mogianos chegam a estimar perdas de até 30%
com as hortaliças nas últimas semanas
 


Tudo em excesso traz prejuízos. Este lema tem feito parte do cotidiano dos produtores de hortaliças de Mogi. O volume de chuva que caiu na cidade no último mês e os dias de sol forte tem causado estragos no campo. O agricultor Mario Okuyama, de 55 anos, explica que cerca de 30% de sua produção foi prejudicada pela mudança abrupta de condições climáticas. "O prejuízo é por causa do excesso de chuvas de janeiro. A água encharcou o solo, por isso ele não oxigena, a raiz fica completamente danificada e não consegue puxar a água com nutrientes. A planta não cresce e perde a qualidade", explicou.

Uma das verduras mais suscetíveis a sofrer perdas é a alface. Segundo os agricultores, é frágil e mais propensa a danos. O produtor agrícola Pedro Toshime Shintate, 42, só produz alface. "O tempo mudou muito rápido. A qualidade das verduras acaba caindo um pouco porque a alface é muito delicada. Não foi nem a chuva forte que nos prejudicou, mas a quantidade que caiu na cidade. Nem mesmo a proteção plástica ajudou a conter a água", disse.

O engenheiro agrônomo da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Felipe Monteiro de Almeida, explicou que as condições climáticas extremas trazem também o aumento no custo da produção das hortaliças. Sem ter como absorver o adubo, a plantação deixa de receber nutrientes e, com isso, há também o desperdício do investimento feito pelo produtor. "É um dinheiro perdido", destacou. Já a grande incidência de calor faz com que as plantas cresçam rápido, mas de forma disforme e disputando espaço com as ervas daninhas. "Para evitar estas pragas é necessário aplicar mais defensivos, o que acarreta um gasto a mais", acrescentou.

Almeida disse que para que o produtor possa oferecer um produto de maior qualidade é preciso realizar uma seleção mais aprimorada. "Os agricultores trabalham com plantas de ciclos curtos. Para evitar uma grande perda, às vezes é necessário abandonar um lote e aproveitar apenas as melhores plantas", esclareceu. 
Luana Nogueira 






O excesso de chuva em janeiro e a alta temperatura dos últimos dias geraram graves consequências para a produção de hortaliças em Mogi e na região. Os agricultores estimam um prejuízo de pelo menos 30%. A grande quantidade de água que encharcou o solo prejudicou o crescimento e o desenvolvimento das plantas. A fragilidade das hortaliças também deixou os vegetais mais propensos à ação de fungos e pragas. Tudo isso reflete no produto final que chega à mesa dos mogianos.

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