Ibovespa fecha 2025 em alta histórica, impulsionado por capital estrangeiro
Ibovespa fecha 2025 em alta histórica, impulsionado por capital estrangeiro
O Ibovespa encerrou o último pregão de 2025, nesta terça-feira (30), em alta, consolidando um ano marcado por sucessivos recordes e pelo melhor desempenho anual do principal índice da bolsa brasileira desde 2016. Nesta terça-feira (30), o indicador avançou 0,40%, aos 161.125,37 pontos, acumulando valorização de 33,95% no ano, em movimento sustentado principalmente pelo ingresso de capital estrangeiro.
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em queda de 1,43%, cotado a R$ 5,4890. Ao longo de 2025, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 11,18% frente ao real, refletindo a melhora do apetite por risco e o diferencial de juros.
O ambiente doméstico seguiu no foco dos investidores, com a divulgação de novos indicadores do mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu para 5,2% no trimestre encerrado em novembro, o menor nível da série histórica iniciada em 2012, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com recordes tanto na renda quanto no número de pessoas ocupadas. Já o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, apontou a criação de 85.864 vagas formais em novembro, acima das expectativas do mercado.
Apesar do avanço, o pregão foi marcado por baixa liquidez, típica do fim de ano, com volume financeiro de R$ 16 bilhões — abaixo da média diária de R$ 24,4 bilhões registrada em 2025. O índice oscilou entre 160.491,30 pontos na mínima e 162.075,04 pontos na máxima do dia. As negociações na B3 serão retomadas apenas na sexta-feira.
Ao longo do ano, o mercado acionário brasileiro se beneficiou de um movimento global de rotação de recursos, em meio à flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e à expectativa de um ciclo de cortes de juros no Brasil a partir de 2026. Em dezembro, o Ibovespa chegou a superar momentaneamente os 165 mil pontos, acumulando 32 recordes de fechamento no ano, segundo a B3.
O fluxo estrangeiro teve papel central nesse desempenho. Até 26 de dezembro, as compras líquidas desses investidores somavam cerca de R$ 27 bilhões, desconsiderando ofertas públicas, com participação de 58,3% no volume negociado.
Entre os principais papéis, Petrobras e Vale avançaram nesta terça-feira mesmo diante da fraqueza das commodities, enquanto os bancos subiram em bloco. O setor financeiro acompanhou ainda os desdobramentos das investigações envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília, tema monitorado de perto pelo mercado.
Mercado externo
Os principais índices de Wall Street fecharam em queda pelo terceiro pregão consecutivo, refletindo a cautela dos investidores, especialmente em relação ao setor de tecnologia. O mercado reagiu à ata da última reunião do Federal Reserve, que revelou divergências internas sobre o corte de juros. Segundo o documento, alguns dirigentes consideraram a decisão delicada e avaliaram a possibilidade de manter a taxa inalterada. No início do mês, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano, no terceiro corte seguido.
O Dow Jones caiu 0,20%, aos 48.367,06 pontos; o S&P 500, -0,14%, aos 6.896,24 pontos; e o Nasdaq, -0,24%, aos 23.419,08 pontos.
https://iclnoticias.com.br/economia/ibovespa-fecha-2025-em-alta-historica/
