Desemprego cai para 5,2% no trimestre e atinge menor nível em 13 anos
A taxa de desemprego atingiu 5,2% no trimestre encerrado em novembro de 2025.
É o menor percentual desde o início da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), em 2012. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador vem renovando mínimas sucessivas desde o trimestre encerrado em junho de 2025.
O número de pessoas em busca de trabalho caiu para 5,644 milhões, o menor já registrado pela pesquisa. Ao longo da série histórica, o maior contingente de desocupados ocorreu no trimestre encerrado em março de 2021, auge da pandemia de Covid-19, quando esse indicador chegou a 14,979 milhões de pessoas.
Na outra ponta, o número de pessoas ocupadas chegou a 103,2 milhões, novo recorde da série. O nível de ocupação alcançou 59,0% da população com 14 anos ou mais, o maior já observado.
Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, a manutenção da ocupação em patamar elevado ao longo de 2025 reduziu a pressão por busca de trabalho.
Subutilização da força de trabalho também recua
A taxa composta de subutilização caiu para 13,5%, a menor da série histórica, segundo o IBGE. O indicador recuou 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 1,7 p.p. frente ao mesmo período de 2024.
A população subutilizada somou 15,4 milhões, o menor contingente desde dezembro de 2014.
Administração pública impulsiona alta
A distribuição por grupamentos ficou da seguinte forma:
- No trimestre, apenas o grupamento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais apresentou crescimento significativo, com alta de 2,6% (mais 492 mil ocupados).
- Na comparação anual, também houve crescimento em transporte, armazenagem e correio (3,9%).
- O emprego em serviços domésticos recuou 6,0%, com perda de 357 mil postos.
- As áreas de educação e saúde lideraram a expansão da ocupação no período.
Informalidade fica abaixo de 38%
A taxa de informalidade foi de 37,7%, equivalente a 38,8 milhões de trabalhadores. O índice é menor que o registrado no trimestre anterior e no mesmo período de 2024.
Por outro lado, o número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,4 milhões, novo recorde.
Outros dados são:
- O emprego no setor público também bateu recorde, com 13,1 milhões de trabalhadores.
- Já o contingente de trabalhadores sem carteira no setor privado caiu 3,4% no ano.
- O número de trabalhadores por conta própria chegou a 26,0 milhões, maior patamar da série.
Rendimento médio e massa salarial
O rendimento médio real habitual foi de R$ 3.574, o maior já registrado. Houve crescimento de 1,8% no trimestre e 4,5% na comparação anual.
Por sua vez, a massa de rendimento real habitual atingiu R$ 363,7 bilhões, com aumento de R$ 19,9 bilhões em um ano.
No trimestre, o rendimento recorde foi puxado pela alta de 5,4% no rendimento médio dos trabalhadores em informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
Já na comparação anual, houve ganhos em cinco atividades: agricultura e pecuária (7,3%), construção (6,7%), informação, comunicação e atividades financeiras (6,3%), administração pública (4,2%) e serviços domésticos (5,5%).
De acordo com Adriana Beringuy, a combinação entre expansão do emprego e aumento da renda tem impulsionado a massa salarial na economia.
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