62% afirmaram que concordam com o ex-presidente quando, em depoimento à Primeira Turma do tribunal, no dia 10 de junho, se referiu como “malucos”

 


Dos presentes no ato contra o STF e a favor de Jair Bolsonaro, no último domingo (29), na avenida Paulista, em São Paulo, 62% afirmaram que concordam com o ex-presidente quando, em depoimento à Primeira Turma do tribunal, no dia 10 de junho, se referiu como “malucos” aqueles que pediram intervenção dos militares em protestos contra o resultado das eleições no final de 2022.

Desses, 43% concordam totalmente e 19%, em parte com a afirmação. Por outro lado, 24% discordaram total ou parcialmente de Bolsonaro.
Os dados fazem parte de uma pesquisa de opinião realizada pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e da Universidade de São Paulo junto com a ONG More in Common durante a manifestação. A margem de erro é de quatro pontos.

O Monitor também foi responsável pela contagem de presentes no ato, calculando 12,4 mil no pico, às 15h40.

Após a derrota de Jair Bolsonaro em outubro de 2022, bolsonaristas em todo o país acamparam em torno de quartéis e instalações militares pedindo que as Forças Armadas interviessem no resultado das eleições. O maior acampamento foi em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, que foi cabeça de ponte para o ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Ao mesmo tempo, 70% dos presentes na manifestação afirmaram que era adequada a proposta de Bolsonaro de decretar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O que daria poder aos militares para interferir no resultados das eleições, o que é ilegal.

Em suma, apesar de 62% afirmarem que são “malucos” os que pediam intervenção militar em 2022, 70% concordaram que uma intervenção militar teria sido adequada.

Malucos são os outros? Essa não é a avaliação dos ouvidos pelo grupo de pesquisa. Para os bolsonaristas, não há contradição nessas duas declarações. Pois, para 73%, a proposta de intervenção militar via decretação de Estado de defesa no TSE por Bolsonaro estaria dentro das quatro linhas da Constituição.

Essa foi a narrativa defendida pelo governo passado, rechaçada por juristas sérios 
  • Dos presentes no ato contra o STF e a favor de Jair Bolsonaro, no último domingo (29), na avenida Paulista, em São Paulo, 62% afirmaram que concordam com o ex-presidente quando, em depoimento à Primeira Turma do tribunal, no dia 10 de junho, se referiu como “malucos” aqueles que pediram intervenção dos militares em protestos contra o resultado das eleições no final de 2022.

    Desses, 43% concordam totalmente e 19%, em parte com a afirmação. Por outro lado, 24% discordaram total ou parcialmente de Bolsonaro.
    Os dados fazem parte de uma pesquisa de opinião realizada pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e da Universidade de São Paulo junto com a ONG More in Common durante a manifestação. A margem de erro é de quatro pontos.

    O Monitor também foi responsável pela contagem de presentes no ato, calculando 12,4 mil no pico, às 15h40.

    Após a derrota de Jair Bolsonaro em outubro de 2022, bolsonaristas em todo o país acamparam em torno de quartéis e instalações militares pedindo que as Forças Armadas interviessem no resultado das eleições. O maior acampamento foi em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, que foi cabeça de ponte para o ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

    Ao mesmo tempo, 70% dos presentes na manifestação afirmaram que era adequada a proposta de Bolsonaro de decretar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O que daria poder aos militares para interferir no resultados das eleições, o que é ilegal.

    Em suma, apesar de 62% afirmarem que são “malucos” os que pediam intervenção militar em 2022, 70% concordaram que uma intervenção militar teria sido adequada.

    Malucos são os outros? Essa não é a avaliação dos ouvidos pelo grupo de pesquisa. Para os bolsonaristas, não há contradição nessas duas declarações. Pois, para 73%, a proposta de intervenção militar via decretação de Estado de defesa no TSE por Bolsonaro estaria dentro das quatro linhas da Constituição.

    Essa foi a narrativa defendida pelo governo passado, rechaçada por juristas sérios (leia a íntegra do texto no UOL)

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