Hoje é dia de São Jorge (275 d.C. - 303 d. C.), cultuado por católicos, ortodoxos e anglicanos. De Ogum, de Oxóssi, na mística da religiosidade afrobrasileira. - Celebrações a São Jorge arrastam multidões em diferentes regiões do Rio



O SANTO E O PAPA GUERREIROS CONTRA O DRAGÃO DAS MALDADES!


Hoje é dia de São Jorge (275 d.C. - 303 d. C.), cultuado por católicos, ortodoxos e anglicanos. De Ogum, de Oxóssi, na mística da religiosidade afrobrasileira.

Jorge das armas da justiça contra as opressões. Jorge e, agora, Francisco, na resistência frente às muitas maldades praticadas até em nome de Deus.

Hoje celebramos Jorge da Capadócia (na atual Turquia), que sofreu tentativa de suborno, torturas e foi degolado a mando do imperador romano Diocleciano, por não renunciar à sua fé.

Hoje louvamos Francisco, o papa ecumênico e dos marginalizados, atacado, desrespeitado e caluniado muitas vezes por membros reacionários de sua própria Igreja - “que não pode ser reduzida a um ninho que protege nossa mediocridade”, como disse.

Jorge da Lua, “cheia, branca, inteira, nossa bandeira solta na amplidão”, e Francisco da Terra, apelando para o cuidado com a Casa Comum. Ambos com o vermelho do martírio, lança e báculo: vencedores, humildes e altivos, reconhecidos!

Que esses fortes nos protejam, e a nossas florestas, nossas águas, nossas gentes, violentadas pelo “dragão” da cultura da ganância e do descarte! Maldades somadas, fadadas ao Nada!

SALVE JORGE! VIVA FRANCISCO! Rogamos por Axés, Bençãos, Salams, Shaloms, Sauidis! 

Celebrações a São Jorge arrastam multidões em diferentes regiões do Rio 

Dia de festa para o Santo guerreiro une fiéis católicos e praticantes das religiões de matriz africana 

 23/04/2025 | 14h12 

Por Vítor d’Avila — Tempo Real*

O dia 23 de abril é uma data especial no Rio. Mais do que um feriado que comemora o aniversário da cidade, marca a celebração a São Jorge, o santo guerreiro. Desde as primeiras horas da manhã da quarta-feira (23), fiéis lotam igrejas dedicadas ao herói que matou o dragão, em diferentes pontos da Região Metropolitana.

Em 2025, as celebrações também têm homenagens a outro Jorge — Bergoglio, o papa Francisco, que morreu na segunda-feira (21). Até o começo da noite, fiéis poderão acompanhar missas e procissões. Somente na capital, há três igrejas dedicadas ao santo.

Comemoração de São Jorge em igreja católica

Igreja Matriz de São Jorge, em Quintino, Zona Norte do Rio (Foto: Redes Sociais)

A principal delas é a Igreja Matriz de São Jorge, em Quintino Bocaiúva, na Zona Norte. Centenas de fiéis também marcam presença na Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge, na Praça da República, no Centro; na Paróquia São Jorge, em Realengo, Zona Oeste; e na Capela de São Jorge, no Centro de Niterói.

Devoção

Uma hora antes do sol nascer no horizonte carioca, às cinco horas da manhã, um grupo de fiéis católicos começa o dia em Quintino, para prestigiar a tradicional queima de fogos em homenagem ao santo. É o início oficial do dia dedicado ao personagem, feriado em alguns locais do país, como é o caso do Estado do Rio.

Na crença católica, São Jorge é considerado padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Ou, de forma mais popular, como o santo guerreiro. Para os devotos, simboliza um guia contra as dificuldades da existência humana, aquele que ajuda na luta contra o mal, ou contra os diferentes problemas do plano terreno e sobrenatural.

Apesar da força no catolicismo, há outras vertentes do cristianismo que o consideram santo, como a Igreja Anglicana e a Igreja Ortodoxa. Também para alguns seguidores de religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, há um comportamento de respeito.

São Jorge

Fiéis de religiões de matrizes africanas participam de celebração no centro do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Sincretismo: São Jorge e Ogum

Uma das afirmações frequentes no senso comum é o de que São Jorge e Ogum, orixá ligado às religiões de matriz africana, são o mesmo personagem, com nomes diferentes. A socióloga Flávia Pinto, que também é escritora, mãe de santo e matriarca da Casa do Perdão, explica que esse é um erro.

“Para nós do candomblé e da umbanda, já temos consciência hoje que São Jorge não é Ogum. Por um motivo histórico e cronológico. São Jorge existiu na Capadócia há dois mil anos. Já Ogum existe há mais de 10 mil anos na cidade de Ire, na Nigéria. Naturalmente, São Jorge é um filho pródigo de Ogum, mas não é o próprio Ogum”, diz Flávia.

São Jorge

Em Niterói, Capela de São Jorge recebeu centenas de fiéis (Foto: Redes sociais)

Outra ideia comum é a de valorizar o sincretismo cultural quando se fala em no santo católico, por ele ter sido apropriado e ressignificado pelos afrodescendentes, ligados à diáspora negra, como forma de resistência e manutenção das crenças africanas. Flávia Pinto defende que esse cenário não pode ser visto de maneira romantizada, por ter envolvido processos violentos.

*Com Agência Brasil 

https://iclnoticias.com.br/celebracoes-a-sao-jorge-arrastam-multidoes-rio/

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