Venda ilegal de presentes por aliados de Bolsonaro ultrapassaria R$ 1 milhão, diz PF
atualizado 11/08/2023 14:42
O documento da PF que embasou a operação desta sexta-feira (11/8) levanta a suspeita de que Bolsonaro receberia a verba das vendas irregulares de presentes em dinheiro vivo.
Os valores totais ainda estão sendo investigados, já que parte dos bens foi recomprada pelos investigados, devido a devolução ao Tribunal de Contas da União (TCU).
A conta do general Cid teria sido, inclusive, utilizada para recebimento dos valores.
Cita o documento: “Apreendeu [a investigação] um comprovante de retirada no valos de US$ 6.000,00 (seis mil dólares), realizado no dia 18/1/2023, da conta com final 5691, banco “BB Américas”, em conjunto com um maço de US$ 2.000,00 (dois mil dólares) em cofre na residência do referido investigado. Na análise realizada, a Polícia Federal identificou “mensagens enviadas por LOURENA CID a seus filho MAURO CID, na data de 12 de junho de 2022, com dados de uma conta bancária no BB Américas, em que o número da conta tem os mesmos quatro últimos dígitos da conta que aparece no recibo de saque acima descrito, indicando que a referida conta bancária pertence, possivelmente, a MAURO CESAR LOURENA CID”.
Outro comprovante mostra a venda de um relógio no valor de 68 mil dólares, com depósito na conta de Mauro César Lourena Cid.
“(…) o referido relógio foi efetivamente alienado nos Estados Unidos, por meio da Loja PRECISION WATCHES, pelo valor de US$ 68.000,00 (sessenta e oito mil dólares), depositados em conta bancária de MAURO CESAR LOURENA CID”, afirma outro trecho.
Nesta sexta, a PF deflagrou a Operação Lucas 12:2, por determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A ação trata da relação de presentes recebidos no exterior pelo Estado brasileiro, na gestão de Bolsonaro, e depois comercializados para “lucro próprio”.
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