Lula se reúne com Xi Jinping; veja agenda do presidente em Pequim

Em seu segundo dia na China, presidente cumpre agenda na capital chinesa; na quinta, ele esteve em Xangai


14/04/2023 às 03:39 | Atualizado 14/04/2023 às 07:48

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta sexta-feira (14) com o líder chinês, Xi Jinping, em parte de seus compromissos oficiais durante viagem ao país asiático.

Ele foi recebido pelo presidente chinês e sua esposa Peng Liyuan na Praça da Paz Celestial, em Pequim, às 5h35 (horário de Brasília), em uma cerimônia de boas-vindas.

A primeira-dama Janja, o presidente Lula, o presidente chinês Xi Jinping e sua esposa Peng Liyuan / Ricardo Stuckert/PR

O encontro aconteceu no Grande Palácio do Povo. Parte dele teve a participação da comitiva brasileira que acompanha o presidente. Depois, a reunião seguiu a portas fechadas.

Esta sexta-feira é o último dia de viagem de Lula após ter passado por Xangai na quinta-feira (13), onde compareceu à posse da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente banco do Brics e se reuniu com empresários chineses.

Antes de voltar ao Brasil, o presidente estará nos Emirados Árabes Unidos no sábado (15).

Agenda em Pequim

Mais cedo, Lula se encontrou com diversas lideranças chinesas em Pequim.

Seu primeiro encontro foi com o presidente da State Grid, Zhang Zhigang, empresa chinesa de energia elétrica que tem investimentos no Brasil.

Lula reforçou a importância dos investimentos chineses no país, a confiança na economia nacional e o foco do governo em investimentos em energias renováveis e na ampliação da rede de transmissão integrando projetos de geração eólica e solar com a rede convencional.

“Nós não queremos ser vendedores de empresas. Nós queremos construir, com parcerias, as coisas que precisam ser feitas no Brasil”, afirmou o presidente.

Em seguida, reuniu-se com o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês.

Eles falaram sobre elevar o patamar da parceria estratégica entre Brasil e China, ampliar fluxos de comércio entre os países e equilibrar a geopolítica mundial.

Lula ressaltou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a China como economia de mercado, reforçou que o país asiático foi parceiro essencial para a criação dos BRICS e que a relação bilateral entre as nações tem o potencial de consolidar uma nova relação sul-sul no âmbito global.

“É importante dizer que a China tem sido uma parceira preferencial do Brasil nas suas relações comerciais. É com a China que a gente mantém o mais importante fluxo de comércio exterior. É com a China que nós temos a nossa maior balança comercial e é junto com a China que nós temos tentado equilibrar a geopolítica mundial discutindo os temas mais importantes”, afirmou o presidente Lula.

No evento, com participação de parlamentares da comitiva nacional que embarcou para a China, os líderes ressaltaram a intenção de ampliar investimentos e reforçar a cooperação em setores como educacional e espacial.

Na sequência do encontro, Lula e a comitiva brasileira participaram de uma cerimônia de deposição de flores no monumento aos Heróis do Povo, na Praça da Paz Celestial.

Trata-se de um gesto simbólico frequentemente assistido por chefes de estado durante visitas oficiais à China.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A agenda do presidente brasileiro nesta sexta ainda incluiu um encontro com o primeiro-ministro da China, Li Qiang. Uma das pautas discutidas foi a diversificação de investimentos entre os dois países.

“Queremos ter com a China uma relação que vá além da economia e do comércio”, disse o presidente, citando como exemplo dessa diversificação almejada setores como ciência e tecnologia, intercâmbio acadêmico por meio de relações entre universidades, energia limpa, inclusão de mais produtos industrializados brasileiros nas trocas comerciais e indústria aeroespacial.

Lula ainda destacou a parceria estratégica de 50 anos do Brasil com a China. A primeira venda entre os países ocorreu em 1973, um ano antes do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras. Desde 2009, a China se consolidou como principal parceira comercial do Brasil.

*Com informações da Agência Brasil e Reuters

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