Governo irá explorar escândalo das joias para barrar CPI da oposição

Planalto comemorou episódio e acredita que irá reduzir o poder de seus opositores no Congresso



A noite da sexta-feira reservou uma péssima notícia para o lado bolsonarista. O escândalo das joias na alfândega, revelado pelo Estado de S. Paulo, atingiu em cheio, de uma só vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sua mulher Michelle Bolsonaro e, por tabela, o PL e a bancada governista no Congresso.

No governo, há quem já fale em instalar uma CPI. Mesmo que não seja instalada e nem vá para a frente, o episódio irá enfraquecer a tentativa eleitoreira da oposição em abrir uma comissão de investigação sobre o 8 de janeiro, com o propósito de desgastar o governo.

Após a revelação nessa sexta-feira (4/3), os bolsonaristas silenciaram nas redes. Sempre céleres e ativos nas plataformas, os seguidores de Bolsonaro se calaram, com exceção da ex-primeira-dama, que fez uma postagem com o propósito de reduzir os danos à sua imagem.

Michelle, até agora, vinha faturando com audiência nas redes após seu retorno dos Estados Unidos. O apoio à candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado, com algumas aparições públicas, como a sua ascensão à presidência do PL Mulher, lhe renderam audiência. Seu nome tem aparecido com frequência como presidenciável em 2026. Ao menos até ontem.

Mas o governo não revelou essa história das joias à toa, claro. Com alguma dificuldade em retirar assinaturas de parlamentares de partidos supostamente aliados, a crença no Planalto é que esse fato novo enterre a ideia da CPI.

https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/governo-ira-explorar-escandalo-das-joias-para-barrar-cpi-da-oposicao

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