Do Val é tão conspirador e trapalhão que criou desconfiança geral
Tales Faria -
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) revelou hoje que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo a ajudar em um golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Horas depois o senador voltou atrás e tentou isentar Bolsonaro de participação no golpe, mas na avaliação do colunista do UOL Tales Faria, o senador acabou criando uma desconfiança geral.
Durante o programa Análise da Notícia, Tales elencou quatro possíveis golpes em que o senador pode estar envolvido ou já esteve.
- Pode ser um golpista bolsonarista;
- Foi um golpista contra Dilma;
- Pode ser um golpista contra Bolsonaro agora;
- Pode tentar estar dando um golpe contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Ele [do Val] conspira para todos os lados e jogou desconfiança para todos os lados. Por conta disso, Marcos do Val é tão conspirador e trapalhão que criou desconfiança geral. Tales Faria
Delação premiada. Tales também revelou que apurou que está circulando no Congresso uma hipótese de Alexandre de Moraes, que é o responsável pelos inquéritos contra o estado de Direito, ter oferecido uma delação premiada para Do Val. Nesse caso, exigiu que o senador apresentasse provas concretas.
Prisão preventiva de Bolsonaro. Ainda durante o programa Análise da Notícia, Tales afirmou que Bolsonaro pode estar envolvido em mais uma história com viés golpista e, por isso, foi embora do Brasil.
"Bolsonaro sabe e deve ter sido instruído pelos advogados de que é fácil para qualquer juiz pedir prisão preventiva para não atrapalhar as investigações", disse.
José Roberto de Toledo, colunista do UOL levantou a hipótese de a declaração do senador ter como objetivo impedir o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de investigar atos contra o Estado Democrático de Direito.
"O Bolsonaro está claramente com medo de ser preso, e se de fato tivesse acontecido tudo isso que Do Val relata, no mínimo Alexandre de Moraes seria parte da investigação que ele preside porque seria objeto da investigação também. Como vítima, mas parte interessada. E como tal, talvez na cabeça dos bolsonaristas e do Marcos do Val, ele tivesse que se declarar impedido de continuar essa investigação, presidindo esse inquérito e até esse julgamento".
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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