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Lula: tragédia dos Yanomamis é “genocídio” e “crime premeditado”
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| Metrópoles
Victor Fuzeira
22/01/2023 9:15, atualizado 22/01/2023 9:26
Ricardo Stuckert/Secom
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) afirmou, neste domingo (22/1), que o abandono dos povos Yanomamis pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “um crime premeditado” e um “genocídio”.
“Mais que uma crise humanitária, o que vi em Roraima foi um genocídio. Um crime premeditado contra os Yanomamis, cometido por um governo insensível ao sofrimento do povo brasileiro”, publicou o petista nas redes sociais. Lula e comitiva com três ministros estiveram nesse sábado em Roraima, onde visitaram a Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami após técnicos do Ministério da Saúde encontrarem diversos casos de desnutrição e doenças entre os indígenas.
Crianças Yanomamis desnutridas são atendidas por técnicos do Ministério da SaúdeCondisi
Lula visitou o povo Yanomami em Roraima nesse sábado (21/1)Ricardo Stuckert/Secom
Lula visitou o povo Yanomami em Roraima neste sábado (21/1)Ricardo Stuckert/Secom
Lula visitou o povo Yanomami em Roraima neste sábado (21/1)Ricardo Stuckert/Secom
Saúde também encontrou casos de malária em crianças Yanomami em RoraimaCondisi-YY/Divulgação
O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (22) que por causa da desassistência sanitária da população do território Yanomami estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei).
Segundo a pasta, o recrutamento seria de médicos tanto formados no Brasil como no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive no Dsei Yanomami, onde quase 100 crianças morreram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.
Os Dsei são unidades de responsabilidade sanitária federal e correspondem a uma ou mais terras indígenas.
“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explica o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.
Ainda de acordo com a pasta, a medida é uma das ações da Sala de Situação, criada na sexta-feira (20), para apoiar ações de enfrentamento à desassistência dos povos que vivem no território Yanomami.
Criado na gestão de Dilma Rousseff (PT) em 2013, o programa Mais Médicos sofreu resistências do último governo, que decidiu criar um novo programa em 2019, o Médicos pelo Brasil, para substituir o programa petista.
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Ainda de acordo com Fernandes, com o edital único, quando esgotarem as vagas para brasileiros, aquelas remanescentes automaticamente irão para os brasileiros formados no exterior. Persistindo a vacância, as vagas irão para estrangeiros que queiram participar, de modo que haja um processo mais célere. A ideia é otimizar o trabalho e suprir o atendimento nos distritos indígenas.
"A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) está garantindo recursos para um edital em andamento, em que há 77 médicos alocados em Dsei. O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas. Por isso, a necessidade de um novo edital formulado já a partir desta semana, contemplando a necessidade da saúde indígena", informou o ministério.