Líder de extrema direita é condenado por sedição em ataque ao Capitólio, nos EUA
Pela primeira vez em quase 20 julgamentos sobre o ataque ao Congresso norte-americano, um júri decidiu que a invasão foi causada por uma conspiração organizada
247 - O norte-americano Stewart Rhodes, líder da milícia de extrema direita Oath Keepers, e uma de suas subordinadas foram condenados nesta terça-feira (29) por conspiração sediciosa nos Estados Unidos.
O júri do Tribunal Distrital Federal em Washington, capital dos EUA, os considerou culpados de conspirar para tentar manter o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) no poder após a eleição presidencial de 2020.
Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do então chefe do governo estadunidense invadiram o Capitólio, local onde fica o Congresso do país (Câmara dos Representantes e Senado).
Pela primeira vez em quase 20 julgamentos relacionados ao ataque, um júri decidiu que a invasão foi causada por uma conspiração organizada. As informações foram publicadas nesta terça-feira (29) pelo jornal The New York Times (EUA).
Conspiração sediciosa foi a acusação mais séria apresentada em um dos 900 casos criminais na investigação do ataque.
O inquérito pode resultar em dezenas ou centenas de prisões adicionais. A pena máxima é de 20 anos de prisão.
O júri do tribunal considerou três outros réus inocentes de sedição e absolveu Rhodes de duas acusações de conspiração. Rhodes foi absolvido de duas acusações diferentes de conspiração.
Uma foi referente ao delito de conspirar para interromper a certificação da eleição em 6 de janeiro e a outra para impedir membros do Congresso de cumprir suas funções naquele dia.
Brasil
O não reconhecimento da vitória do atual presidente dos EUA, Joe Biden (Partido Democrata) foi consequência de ações discutidas entre Donald Trump, o estrategista dele Steve Bannon e aliados. Eles também tentaram influenciar as eleições brasileiras.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve um encontro com os dois norte-americanos na Flórida (EUA) após o segundo turno da eleição presidencial no Brasil e foi aconselhado a não reconhecer a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Em 30 de outubro, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 50,9% dos votos contra 49,1% do atual ocupante do Planalto.
No último dia 22, o PL, partido de Bolsonaro, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um relatório questionando a segurança das urnas de votação.
O presidente do TSE, Alexandre Moraes, não aprovou o pedido do PL para anular o segundo turno das eleições deste ano e condenou o partido de Jair Bolsonaro a pagar uma multa milionária.
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