Presidente do PSDB de SP diz que Rodrigo Garcia não fala pelo partido
“Perdi minha mãe porque o Bolsonaro não quis liberar vacina. Ele vai e declara apoio ‘incondicional’?”, disse Fernando Alfredo, presidente do diretório paulistano

247 - O presidente do diretório do PSDB da capital de São Paulo, Fernando Alfredo, afirmou à Folha de S.Paulo que o apoio “incondicional” do governador Rodrigo Garcia a Jair Bolsonaro é pessoal e não representa o partido. Ele fez duras críticas a Bolsonaro, especialmente na gestão da pandemia, e defende que o partido fique neutro, mas que isso ainda será discutido pelo diretório municipal.
"Não entendo como ele vai justificar tudo o que disse do Bolsonaro. Ele e o João Doria brigaram para trazer a vacina e agora vai e declara apoio 'incondicional'? A gente sabe o que o PT fez. E a gente também sabe o que o Bolsonaro fez. Perdi minha mãe porque o Bolsonaro não quis liberar vacina. Como que eu explico para meus irmãos e meus filhos um apoio ao Bolsonaro?", afirma.
Ele comentou também a reação do candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que declarou, após o anúncio do apoio de Garcia, que não queria o tucano em seu palanque. Disse ainda que o PSDB não foi procurado. "O Tarcísio está de salto alto, acha que já é governador. Paciência. Se ele não nos procurar institucionalmente fica difícil querer apoiá-lo", diz.
Já sobre Fernando Haddad (PT), que disputa o segundo turno com Tarcísio, afirma ter sido procurado, assim como por Geraldo Alckmin (PSB) e outros membros da campanha petista em São Paulo.
Ele defende que o partido fique neutro, mas ressalta que a decisão será decidida coletivamente pelo diretório municipal nesta quarta-feira (5).
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