Mercado exige de Lula o que não cobra de Bolsonaro, escreve Bernardo Mello Franco

A pressão chegou ao ponto de exigir que Lula se afaste dos seus principais aliados políticos

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Jair Bolsonaro
Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Jair Bolsonaro

247 - O jornalista Bernardo Mello Franco critica a posição de agentes do capital financeiro que exigem compromissos de Lula quanto à gestão da ecnomia.

 "Os donos do dinheiro estão ansiosos. Querem que Lula diga quem assumirá o Ministério da Fazenda se ele voltar ao poder. O segundo turno está marcado para o dia 30, mas a turma exige que a resposta saia antes. Do contrário, o petista estaria atrás de um 'cheque em branco' para se eleger".

"As cobranças do mercado não se limitam ao nome do futuro ministro. O ex-presidente também precisaria aderir a medidas que sempre criticou, como o teto de gastos e a reforma trabalhista do governo Temer".

A pressão do mercado chegou ao ponto de exigir que Lula que se afaste de aliados próximos, incluindo a presidente de seu partido. 

“Ele vai ter de abandonar os ícones do petismo que o acompanharam recentemente”, decretou o banqueiro Ricardo Lacerda, em entrevista ao Estadão.

Apesar do desastre econômico do governo Bolsonaro, esses agentes do mercado não fazem a mesma cobrança. 

Em contraponto, Bernardo Mello Franco lembra que nos últimos dias, Lula recebeu apoio de economistas que participaram da criação do Real, como Persio Arida, Edmar Bacha e Pedro Malan, criadores do Plano Real da época de Fernando Henrique Cardoso. 

Para esses economistas, o apoio a Lula se justifica para impedir a consolidação do autoritarismo de Jair Bolsonaro e defender a democracia. 

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