Bombig: Lula bateu o pênalti e fez o gol na sabatina no Jornal Nacional


Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/08/2022 21h53

Atualizada em 25/08/2022 22h55


O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve a participação elogiada na sabatina realizada hoje pelo "Jornal Nacional", da TV Globo. O colunista do UOL Alberto Bombig avaliou que o candidato petista se saiu bem inclusive em temas mais sensíveis, como a corrupção.

"Lula bateu o pênalti e fez o gol. Basicamente é isso. Ele acertou e fez um gol. Acho que ele conseguiu se sair bem na questão mais delicada, que é a corrupção. E acho que ele conseguiu passar a ideia que ele precisava, que é a de frente ampla", avaliou durante o programa UOL Eleições, que analisou a participação de Lula no telejornal.

Lula diz que Bolsonaro 'não manda nada' e parece 'bobo da corte'

"Acho que ele passou o recado que precisava e que ele queria, ainda que tenha se estendido demais com questões do passado. Lavo Jato e corrupção eram perguntas inevitáveis. Então acho que não tinha como os entrevistadores pularem essa agenda aí. E entendo até que teria um ponto que poderia ter sido mais 'cricri', vamos dizer assim", completou.

Bombig também destacou que o candidato do PT bateu bastante na tecla de uma "frente ampla", sobretudo, reforçando a aliança com o antigo rival Geraldo Alckmin (PSB).

"Ele ressaltou demais a aliança com o Alckmin, contra o ódio, alargar as alianças, unir a sociedade e foi muito bem no meu entender. É um pouco de apuração também pelo que vim conversando nesta semana com o pessoal do PT. Tentar dar um recado que vai ser um governo com previsibilidade e credibilidade", destacou.

Ainda durante o UOL Eleições, Bombig chamou a atenção para o preparo de Lula para o embate com seus entrevistadores. "Acho que o Lula foi bem nessa entrevista. Achei que, em alguns momentos, estava um pouco exaltado. Mas esse é o Lula, é o jeito de passar entusiasmo também. Achei, no geral, um Lula muito bem preparado para essa entrevista. E mesmo com a agenda de corrupção, que é desfavorável a ele, conseguiu responder e passou o recado dele".

Kennedy: entrevista de Lula foi em tom mais ameno que a de Bolsonaro

"É fato que a entrevista do Lula, apesar de o tema ter começado com a corrupção, um tema duro e incômodo para o PT, a entrevista transcorreu em um clima mais ameno do que a do presidente Jair Bolsonaro", analisou o também colunista do UOL Kennedy Alencar. "Bolsonaro mentia e obrigava o Bonner e a Renata Vasconcellos a dizer: 'olha é mentira, o senhor chamou de canalha; o senhor na pandemia desprezou a vacina'. Então, nesse sentido, a temperatura da entrevista é menor mesmo", completou.

O colunista do UOL ainda destacou que o tom supostamente mais agressivo com Bolsonaro deu-se justamente pelo comportamento do atual presidente. "Os apresentadores até falaram menos do que falaram na entrevista do Bolsonaro. Em termos de temperatura, a entrevista com o Bolsonaro me pareceu mais quente e mais dura pelas próprias mentiras que o Bolsonaro contou, e o Lula foi colocado contra a parede na questão da corrupção."

Padiglione: Lula tem habilidade de envolver o entrevistador

A colunista Cristina Padiglione também destacou de forma positiva a participação de Lula na sabatina. Ainda de acordo com ela, Bolsonaro recebeu um tratamento diferenciado por ter tido um comportamento mais agressivo.

"Ele [Lula] aproveitou melhor a sabatina e foi bem. Também tem a história da ação e reação. Por que o Bolsonaro foi mais interrompido e houve um tom de agressividade maior? Porque foi um tom de ação e reação. Lembrando que, na primeira resposta do Bolsonaro ao Bonner, ele já acusou o âncora do JN de fake news. Já começou em um tiroteio".

Durante o UOL Eleições, Padiglione também fez elogios a forma como Lula se comporta durante as entrevistas. "Acho muito interessante como o Lula consegue envolver o entrevistar no seu repertório. Ele tem uma habilidade que os outros não têm", disse. "É genial e muito habilidosa a maneira como ele envolve e transforma o entrevistador de alguma forma em cúmplice do que ele está falando. Isso é de uma habilidade espantosa e pede muito preparo de quem está ali sabatinando o ex-presidente", completou.

Brígido: a diferença é que Bolsonaro não estava preparado para o JN

Carolina Brígido, colunista do UOL, fez uma comparação entre as participações de Lula e Bolsonaro nas sabatinas. "A diferença é que o Bolsonaro não fez media training. Ele não estava preparado e não se preocupou em se preparar para essa conversa do 'Jornal Nacional'", disse.

Brígido ainda destacou a atitude distinta apresentada entre os dois presidenciáveis. "Bolsonaro foi para a bancada do JN não para fazer amigos. Ele estava ali para se contrapor à Globo porque é disso que a militância gosta, e é isso que a militância dele espera", disse.

"Lula, de certa forma —como não está no cargo e, ao longo do período em que não esteve no cargo, enfrentou todos esses processos judiciais—, precisava fazer as pazes com a Globo e o grande público. Ele precisava mostrar que ele é simpático e popular. Não me lembro de Bolsonaro ter rido, ter mostrado em nenhum momento uma alegria, alguma vontade de estar ali no Jornal Nacional. Ele estava o tempo inteiro com a cara amarrada, contrariado".

https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/08/25/bombig-lula-bateu-o-penalti-e-fez-o-gol-na-sabatina-no-jornal-nacional.htm

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