Como combinar crescimento robusto com calamidade pública
Oi! O ministro Paulo Guedes, da Economia, festejou, ontem, o “robusto crescimento” no primeiro trimestre deste ano do Produto Interno Bruto (PIB), conjunto de bens e serviços produzidos pelo país.
Verdade que não foi um crescimento robuuuuussssto, foi apenas de 1%. E que não deverá se repetir nos próximos 6 meses.
Por sua vez, o ministro Ciro Nogueira (PP-AL), chefe da Casa Civil defendeu que Bolsonaro peça ao Congresso a decretação do estado de calamidade pública, o que permitiria suspender as regras fiscais em ano eleitoral.
O objetivo seria liberar gastos para subsidiar os preços dos combustíveis e distribuir outras bondades.
Nogueira ama o povo e diz que ele enfrenta dificuldades para viver.
Ama também Bolsonaro e quer vê-lo reeleito em outubro.
Para tal, a única saída seria mandar para o lixo o teto de gastos e indiretamente comprar uma eleição que está tão difícil de ser ganha.
Meritório desejo de Nogueira. Guedes, porém, é contra.
Como conciliá-los?
Como convencer as pessoas e o Congresso que um crescimento “robusto” da produção de riquezas combina com a decretação do estado de calamidade pública no país? Se o país voltou a crescer de forma robusta, não cabe declará-lo em estado de calamidade pública.
Elementar. Ou não? Depende.
Um governo que já receitou drogas ineficazes para o combate a uma pandemia é capaz de cometer qualquer outro tipo de absurdo.
Por meio do Orçamento Secreto, comprou o Congresso e pode fazer o que quiser.
Dizia Ulysses Guimarães que com maioria no Congresso você só não faz homem virar mulher e vice-versa.
Mas isso foi nos anos 70 e 80 do século passado.
https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/ricardo-noblat/como-combinar-crescimento-robusto-com-calamidade-publica