Bolsonaro quer impor o "estado de calamidade pública" para pilhar o Tesouro.- Marco Antonio Villa.

 

Bolsonaro quer decretar calamidade para baixar preço do diesel e da gasolina

Até agora, ele não teve coragem para mudar a política de preços da Petrobrás

2 de junho de 2022, 05:59
Jair Bolsonaro

247 – Jair Bolsonaro, que até agora não teve coragem para alterar a política de preços da Petrobrás implantada por Michel Temer após o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que teve a finalidade de desviar renda dos brasileiros para os acionistas privados da estatal, agora cogita uma medida heterodoxa: decretar estado de calamidade pública.


"A pressão por uma solução contra a alta no preço dos combustíveis levou uma ala do governo Jair Bolsonaro (PL) a defender um novo decreto de calamidade pública a apenas quatro meses da eleição. Sob a vigência da calamidade, o entendimento é que o governo teria mais segurança para abrir créditos extraordinários —que permitem uso de recursos fora do teto de gastos (regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação). O objetivo é custear medidas para subsidiar os preços ou pagar auxílios a caminhoneiros, entregadores e motoristas de aplicativo. Entre as justificativas usadas por quem defende o uso do instrumento, estão a Guerra da Ucrânia e um suposto risco de desabastecimento de diesel", informa reportagem publicada na Folha de S. Paulo.

https://www.brasil247.com/economia/bolsonaro-quer-decretar-calamidade-para-baixar-preco-do-diesel-e-da-gasolina?amp

Parlamentares e magistrados discutiram a possibilidade de Jair Bolsonaro não reconhecer o resultado das eleições e criar instabilidade no país
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia ofereceu um jantar reservado para sete senadores em sua casa, em Brasília, nesta semana.

O presidente da Corte, Luiz Fux, também foi convidado pela colega para comparecer à reunião.

Todos firmaram o compromisso de que a conversa seria mantida em sigilo.


No encontro, os dois magistrados ouviram o conselho do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para que buscassem representantes dos militares para um diálogo sobre a democracia no Brasil.

O parlamentar afirmou ainda que, se fosse Fux, manteria contato direto, e periódico, com as Forças Armadas.

Os outros sete senadores que estavam presentes —Eduardo Braga (MDB-AM), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Kátia Abreu (Progressistas-GO), Marcelo Castro (MDB-PI), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL)— concordaram com a ideia.

Há entre eles, e também no STF, o temor de que Jair Bolsonaro (PL) não reconheça o resultado das eleições presidenciais de outubro caso seja derrotado. 

Os sinais são considerados evidentes, já que ele faz seguidos ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e coloca em dúvida as urnas eletrônicas.


A crença geral é de que as Forças Armadas não embarcariam na aventura de um golpe militar.

Bolsonaro poderia, no entanto, promover "arruaças" no país, sob vistas grossas das polícias militares —o que poderia ser evitado com uma posição firme do Exército em defesa da democracia.

Fux perguntou aos senadores se algum deles conversava com Bolsonaro, e se de fato acreditava que o presidente será capaz de tentar um golpe.

Os parlamentares pediram o depoimento do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que já foi líder do governo no Senado.

Ele teria afirmado, segundo um dos presentes, que ninguém deveria subestimar a capacidade de Bolsonaro de criar instabilidade no país.

O presidente Jair Bolsonaro em 2022
O presidente Jair Bolsonaro em 2022


Depois que Bolsonaro concedeu indulto para o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaças ao Supremo, os senadores decidiram criar um grupo em defesa da democracia para manifestar apoio à Corte.

Antes de se encontrar com Cármen e Fux, eles já tinham se reunido com os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli em diferentes ocasiões.

Além de manifestar apoio ao tribunal, os parlamentares pretendem fazer uma rodada de diálogos com diversos setores sobre como conter Bolsonaro caso ele tente um golpe que, mesmo fracassado, poderia levar o país ao quebra-quebra e ao caos.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2022/06/em-jantar-reservado-fux-e-carmen-lucia-sao-aconselhados-por-senadores-a-buscar-militares.shtml

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