Unilever anuncia que só vai vender itens essenciais na Rússia
Redação
A gigante multinacional Unilever anunciou que irá reduzir a participação no mercado russo apenas a itens essenciais de sobrevivência.
A empresa iniciou as atividades no país em 1991 e tem pelo menos três fábricas operando na Rússia.
A decisão da Unilever se soma a uma série de restrições de multinacionais que têm suspendido as operações na Rússia desde o início da invasão militar na Ucrânia.
A guerra provocou dezenas de sanções econômicas ao país, como a suspensão de transferências em euros e a retirada de vários dos principais bancos do país do principal sistema de transferências bancárias, o SWIFT.
A saída parcial da Unilever pode ser um grande problema para os russos.
A empresa atua em diversas áreas e fornece algumas das marcas populares mais usadas no mundo, como Knorr, Rexona, Dove, entre outras.
Segundo a Unilever, a empresa também vai suspender todos os investimentos em publicidade e não vai mais investir na Rússia.
McLanche infeliz
A continuidade da guerra fez o McDonald’s encerrar as atividades de 850 restaurantes na Rússia.
A rede americana diz que a decisão é temporária, mas não deu prazo para a retomada do trabalho.
A empresa também afirmou que continuará pagando os salários dos funcionários atingidos pela medida.
Na mesma linha, a multinacional Yum! Food Services Brand, que controla marcas como Pizza Hut e KFC, também suspendeu o funcionamento dos restaurantes que possui em território russo.
Sem tanto luxo
Com o avanço da guerra e a consequente desvalorização do rublo, muitos russos foram às compras.
A ideia era adquirir itens de luxo e jóias, para conter as perdas.
No entanto, várias marcas europeias e americanas que operavam na Rússia também decidiram encerrar as atividades pelo menos até o fim do conflito na Ucrânia.
O grupo Louis Vuitton Moet Hennessy (LVMH), que controla marcas como Christian Dior, Louis Vuitton, Givenchy, Guerlain, Moët & Chandon, Hennessy e Chaumet anunciou o fechamento das 124 lojas que tinha na Rússia.
A mesma medida foi tomada pelo grupo Kering, dono das marcas Gucci, Balenciaga e Yves Saint Laurent, pela joalheria Swarowski e o grupo Hermes e Chanel.
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