Ala política concordou com ausência de Bolsonaro em depoimento
Nonato Viegas
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Publicada em 28/01/2022 às 15:04
A ala política do Palácio do Planalto e os estrategistas da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro apoiaram a ausência do presidente no depoimento determinado pelo ministro Alexandre de Moraes para esta sexta-feira, 28, à Polícia Federal.
Embora, como informou o Bastidor, membros políticos do governo e com interlocução no Supremo Tribunal Federal tenham corrido para sentir o clima da corte e dos demais ministros, eles, com Ciro Nogueira (Casa Civil) à frente, concordaram com Bolsonaro sobre o desrespeito à decisão de Moraes.
São duas as avaliações gerais: a primeira é que seus apoiadores mais fieis concordam com os ataques ao Supremo –e a Alexandre Moraes em específico; a segunda é que o presidente acerta ao peitar o STF, que, com frequência, na avaliação deles, extrapola contra a política.
Nas conversas, um auxiliar citou para Bolsonaro, a respeito do suposto abuso de ministros do Supremo, o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado, em 2016, determinado monocraticamente pelo ministro Marco Aurélio Mello.
À época, Calheiros ignorou, com o apoio de seus pares, o despacho de Marco Aurélio.
Em agosto do ano passado, o Bastidor informou que o presidente havia afirmado a André Mendonça, então AGU, que iria desrespeitar qualquer decisão da corte da qual discordasse.
Na ocasião, Bolsonaro já demonstrava insatisfação contra o que considerava abuso contra ele e sua família. Ele havia sido incluído nos inquérito das fake news.
Uma fonte palaciana afirmou que o presidente só está cumprindo o que já vinha amadurecendo todo esse tempo.
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