Ataques golpistas de Bolsonaro no 7 de Setembro foram 'arroubos de retórica', diz PGR

 Em documento enviado a Cármen Lúcia, a PGR minimizou os ataques golpistas de Jair Bolsonaro nas manifestações do 7 de Setembro (foto) e defendeu que as falas do presidente na Esplanada dos Ministérios e na avenida Paulista foram arroubos de retórica.

Assinado pelo vice-PGR Humberto Jacques de Medeiros, o texto encaminhado à ministra do STF alega que as declarações do presidente sobre o “ultimato” a Luiz Fux e a promessa de não cumprir decisões de Alexandre de Moraes não ameaçaram a democracia. 

“Ainda que se admita, por mera hipótese, a existência de uma ‘ameaça’, não foi a mesma suscetível de ser tomada a sério pelo poder ‘ameaçado’. Quando muito, houve um arroubo de retórica de parte do presidente da República, e foi essa, inclusive, a percepção de um membro aposentado do Supremo Tribunal Federal à época dos fatos”, disse o vice-PGR.

A resposta da Procuradoria ocorreu em um pedido protocolado no Supremo pelo deputado federal pedetista Túlio Gadelha.

Segundo Humberto Jacques, para ser considerada uma ameaça ao Judiciário, o presidente deveria anunciar que pretendia “infligir um mal futuro”, e a fala de Bolsonaro ameaçando o STF de “sofrer aquilo que não queremos” se Fux não “enquadrasse seu Poder” poderia se referir a um “indesejável descrédito por parte da população”.

Parece que o campeonato mundial de contorcionismo de 2021 já tem um vencedor. 

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