Nesta quarta-feira (21), durante uma visita a Itaquaquecetuba para a inauguração do hospital de campanha da cidade, o governador João Doria falou sobre as aglomerações registradas durante a manhã nas estações de trem do Estado.













Durante o evento, os representantes do governo também falaram do processo de testagem da vacina do Instituto Butantan contra a Covid-19, a Butanvac, da obrigatoriedade da vacina e da ampliação de leitos no Alto Tietê.

Por causa do feriado de Tiradentes, os veículos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), circulavam com intervalo de 35 minutos, o que fez com que algumas estações ficassem lotadas. Doria afirmou que ficou surpreso, mas que os passageiros, pelo menos, estavam usando máscara.

"Não se esperava esse movimento, evidentemente, numa quarta-feira de feriado, sem funcionamento de comércios, sem funcionamento de serviços, sem funcionamento de indústrias. Nos surpreendeu. Evidentemente, foi um volume bem superior ao que se esperaria de um feriado nacional. Em obediência, as pessoas poderiam estar em suas casas. Muitas saíram, foi fora da expectativa", comentou.

"A boa notícia é que todos estavam usando máscaras. Nós tornamos obrigatório, isso já tem mais de cinco meses, que o uso do transporte coletivo, sobretudo trens, trilhos, metrô, só se faça o ingresso na estação de embarque mediante o uso de máscara. Estavam todos com máscara".

















O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, também estava no evento e destacou que a lotação do transporte público em meio à pandemia é um problema mundial. Ele lembrou que em maio será iniciada a vacinação dos trabalhadores desse setor contra a Covid-19.

"É fundamental dizer, o governador falou agora pouco sobre a vacinação dos trabalhadores, motoristas e cobradores de transporte coletivo em ônibus, e também os metroviários e ferroviários.

 Tudo o que pode ser feito em torno disso, escalonamentos de horários, conscientização de todos para poder superar esse momento, está sendo feita. 

Mas eu registro aqui mais uma vez: é um desafio mundial e todos nós temos que enfrentar isso".

Butanvac
Durante a coletiva, o governador também anunciou que até sexta-feira (23) o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, deve apresentar o protocolo final para liberação das três fases de testagem da Butanvac, juntamente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em um evento realizado em março para a imprensa, Dimas disse que o imunizante brasileiro começou a ser produzido há cerca de um ano e que conta com a mesma tecnologia usada na vacina da gripe. A Butanvac foi produzida em ovos e se utiliza da estrutura básica de um vírus que infecta aves. 

O vírus é modificado geneticamente e desenvolve a proteína S, que o coronavírus usa para infectar as células humanas. Além disso, o desenvolvimento já levaria em conta a variante brasileira P1, tendo mostrado resposta imune maior do que as vacinas atuais.

Vacina obrigatória 

Outro assunto abordado durante o encontro foi a aprovação de um projeto de lei que impõe medidas restritivas a quem não se vacinar contra a Covid-19, aprovada na terça-feira (20) pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O texto prevê que quem não estiver imunizado após as fases correspondentes do plano de vacinação será impedido de utilizar o transporte público, ingressar em instituições de ensino, se inscrever em concursos públicos e obter documentos. 

Marco Vinholi pontuou que o assunto ainda será analisado pelo Governo do Estado e disse que São Paulo segue contando com o apoio das campanhas de imunização, como forma de conscientizar a incentivar que as pessoas se vacinem.

"Não é de autoria do Governo do Estado de São Paulo, então nós vamos analisar ao longo dos próximos dias e verificar de que forma o governo deve atuar. Mas é importante dizer que nós estamos mobilizando aqui no Estado de São Paulo uma grande campanha de vacinação. Essa campanha tem um grande apelo da população. A gente vê os prefeitos e toda a comunidade querendo se vacinar o mais rápido possível e nós estamos trabalhando para isso", disse.

Hospital de campanha 

Inicialmente, a previsão era de que o hospital de campanha de Itaquaquecetuba começasse a receber pacientes com Covid-19 no sábado (17), mas a abertura precisou ser adiada por causa do atraso na entrega de equipamentos, segundo informações do prefeito Eduardo Boigues.

A estrutura foi montada no Ginásio Municipal de Esportes, na Vila Japão, e conta com 60 leitos, sendo 20 de UTI, 20 de estabilização e 20 de enfermaria. De acordo com a Prefeitura, o espaço vai atender pessoas transferidas de outras unidades.

De acordo com João Doria, o investimento do Governo do Estado na iniciativa é de R$ 2,6 milhões, sendo que o município contribuiu com mais R$ 1,5 milhões. O hospital começará a operar na quinta-feira (22), dentro dos critérios estabelecidos pelas secretarias de saúde. Serão, ao todo, 170 profissionais. 

O prefeito Eduardo Boigues explicou que, a princípio, o hospital de campanha atuará com apenas 50% da capacidade. A previsão é de que esse número seja ampliado para 100% nas próximas semanas.

"A parte de equipamento está tudo pronto. O tomógrafo está instalado, nós temos aparelho de diálise também, de raio-x. Todos os equipamentos necessários para que o paciente possa ter um atendimento digno", disse.

"Hoje, pela falta de insumos, de medicamentos, porque existe essa crise nacional que nós tivemos, é muito precipitado a gente abrir de uma vez e vir a falta algum medicamento, por exemplo, como anestesias, anestésicos e outros para intubação, kit intubação", completa Boigues. 

O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, que acompanhou a inauguração, destacou que a implantação da unidade não mudará os planos de aberturas de leitos nas demais cidades do Alto Tietê. Explicou, porém, que isso deve ocorrer de maneira gradual e progressiva.

"Não muda absolutamente nada nos planos. Tanto do número de leitos de Ferraz de Vasconcelos, Luzia de Pinho Melo e, também, no Arnaldo Pezzuti, está sendo elevado, dia após dia. Nós tivemos, inclusive, no Arnaldo Pezzuti, o cuidado conjunto de todo o consórcio do Alto Tietê, de instalar um tanque de oxigênio para que, dessa maneira, nós pudéssemos ter naquele hospital o maior número de leitos no total, tanto de unidade de terapia intensiva, quanto também de enfermaria", conclui.

Aglomeração 

Após visitar a estrutura montada no Ginásio Municipal, Doria se posicionou no lado exterior para atender aos jornalistas. Os profissionais de imprensa ficaram aglomerados em frente ao palco montado no local. 

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2021/04/21/em-visita-a-itaquaquecetuba-doria-fala-sobre-lotacao-de-estacoes-da-cptm-no-feriado-estavam-todos-com-mascara.ghtml

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