O Ministério Público do Rio de Janeiro acaba de denunciar Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no esquema de rachadinha em seu antigo gabinete na Alerj, informou O Globo.
Flávio foi apontado como líder da organização criminosa e Queiroz como operador do esquema.
Segundo o MP-RJ, como deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio usou pelo menos R$ 2,7 milhões do esquema em dinheiro vivo. Os recursos repassados por ex-assessores a Queiroz por meio de depósitos, transferências bancárias e em espécie.
O dinheiro era lavado na loja de chocolates de Flávio, em transações imobiliárias e em gastos com dinheiro vivo, ainda conforme os promotores do caso.
Na denúncia, o MP descreve seis núcleos da organização criminosa, sendo três compostos de ex-assessores de gabinete e outros três por empresários que ajudaram a lavar o dinheiro.
O primeiro grupo, formado por 13 familiares e amigos de Queiroz, depositaram para ele R$ 2,06 milhões ao longo de 11 anos.
O segundo, é formado por Danielle Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, ex-mulher e mãe de Adriano Nóbrega, o ex-capitão do Bope, morto neste ano, acusado de chefiar milícia em Rio das Pedras. Ex-funcionárias de Flávio, elas repassaram para Queiroz R$ 400 mil, metade diretamente e outra metade por meio de pizzarias.
O terceiro grupo tem 10 ex-assessores que residiam na cidade de Resende, sendo nove parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro e mãe do caçula, Jair Renan. No total, repassaram a Queiroz total de R$ 4 milhões.
Os demais grupos, de lavagem, são de Alexandre Santini, sócio de Flávio na loja de chocolates; Glenn Dillard e sua empresa Linear Enterprises Consultoria Imobiliária; e do policial militar Diego Ambrósio e sua empresa de vigilância, Santa Clara Serviços.
Por Redação O Antagonista
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