Auxílio sustentou 4,25 milhões de domicílios em agosto, calcula Ipea

Diario de Pernambuco

 O auxílio emergencial foi a única fonte de renda de 4,25 milhões de domicílios brasileiros em agosto. 

Segundo levantamento publicado nesta terça-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), isso significa que 6,2% de todos os lares do país foram sustentados pelo auxílio, que será reduzido de R$ 600 para R$ 300 neste mês de setembro.

O estudo do Ipea explica que milhões de famílias continuam dependendo do auxílio emergencial para pagar as contas e fazer feira, mesmo após seis meses de pandemia, porque boa parte dos brasileiros ainda não conseguiu retomar o trabalho e a renda de antes da crise da covid-19.

 "O forte impacto da pandemia é notado devido ao fato de que ainda 29,4% dos domicílios não apresentaram nenhuma renda do trabalho", revelou o Ipea.

Por conta disso, o Ipea calcula que 6,2% dos domicílios brasileiros viveram apenas do auxílio emergencial em agosto. 

É um percentual muito semelhante ao observado nos meses anteriores (6,46% em julho e 6,57% em junho) e que é ainda mais elevado no Norte e no Nordeste. 

"Na Bahia, essa proporção atingira 13,6% em agosto, tendo crescido de forma contínua desde maio. 

Os estados do Piauí, Alagoas, Amapá, Sergipe e Ceará também apresentaram uma proporção de domicílios exclusivamente dependentes do AE acima de 10%", diz o estudo.

O Ipea calcula ainda que mais da metade dos domicílios de renda baixa ou muito baixa receberam o auxílio emergencial no mês passado e diz que esses domicílios tiveram até tido um incremento de renda com os pagamentos do auxílio. 

Segundo o Ipea, os domicílios de renda baixa contariam com um rendimento efetivo do trabalho de apenas R$ 367,46 em agosto. 

Porém, chegaram a uma renda média de R$ 1.168 devido ao auxílio e aos outros programas sociais do governo. Isto é, uma renda 132% maior do que seria a renda habitual.

Considerando as outras faixas de renda, o auxílio emergencial também provocou um incremento de renda, só que de 3%. 

"O auxílio emergencial pelo segundo mês consecutivo mais que compensa a Jô diferença entre a renda efetiva e a habitual", destaca o Ipea.

O estudo também avisa, contudo, que essa compensação não vai mais ocorrer de forma integral a partir deste mês de setembro, já que o auxílio emergencial foi reduzido de R$ 600 para R$ 300. 

O Ipea calcula que a redução do auxílio teria reduzido em 5,2% a renda domiciliar média dos brasileiros em agosto e por isso, deve deixar a renda domiciliar efetiva 2% abaixo do habitual. 

Já nos domicílios de baixa renda, a diminuição do auxílio pode reduzir a renda domiciliar em cerca de 20%.

Diario de Pernambuco

por Correio Braziliense mailto:

por Marina Barbosa correio@correio.com.br

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