Preço do arroz dispara e deixa moradores de Suzano irritados - Para economista ouvido pela reportagem, alta no preço se deve a exportação e aumento do consumo interno

 O preço de alimentos básicos, como o arroz, disparou. A escalada nos preços está ligada à preferência dos produtores em exportar o alimento para outros países, se aproveitando da alta no dólar para lucrar. Outro fator que contribuiu para o aumento foi o consumo interno que cresceu durante a pandemia de coronavírus (Covid-19).

O professor de Ciências Contábeis da Faculdade Piaget, José Marcos de Oliveira Carvalho, explicou que a situação pode ser compreendida por dois fatores fundamentais. "As exportações de produtos agropecuários brasileiros são pagas em dólares, com a moeda atualmente valendo

R$ 5,34 o negócio internacional passou a ser mais lucrativo para os produtores".

O segundo ponto destacado pelo professor como fator decisivo na variação de preços foi o crescimento do consumo interno. "O Auxilio Emergencial do governo federal contribuiu para um aquecimento do mercado interno. Os beneficiários utilizaram a renda extra, em grande parte, para comprar alimentos", completou.

Carvalho lembrou que medidas para reduzir o preço do alimento já foram tomadas, o governo zerou as tarifas de importação do arroz e com isso espera equilibrar a situação. "Outras intervenções na economia, como o preço tabelado pelo governo podem não ser interessantes", disse o professor.

A sugestão dada por Carvalho para que os consumidores contornem a situação é substituição do arroz por outros alimentos enquanto o preço estiver alto.

.Visita a mercados

A reportagem visitou alguns supermercados na região central de Suzano, localizados na rua General Francisco Glicério e na rua Benjamin Constant para verificar os preços, e constatou que além do arroz, diversos alimentos tiverem um aumento considerável no preço. Os consumidores entrevistados pelo Dat reclamaram e contaram como estão enfrentando a situação.

.Para pedagoga e motorista de aplicativo, Elisa Brunelli , de 43 anos, o preço dos alimentos está fora da realidade e o jeito para contornar a situação é fazer uma "caçada" às promoções. "Só compro se estiver em promoção, se não for assim eu só consigo comprar a metade do que preciso. Além disso precisei substituir vários alimentos, como o leite que tive que trocar por chá ou café", disse.

Com a mesma estratégia, o aposentado Ademir Pereira, 64, disse que para fazer uma compra é preciso visitar vários mercados diferentes. "O preço não para de subir, há duas semanas eu pagava R$ 14 reais no pacote de 5 kg de arroz agora está R$ 20. Desse jeito só conseguimos comprar o básico", observou.

A dona de casa, Maria da Glória, 75, reclamou do aumento nos preços. "Minha despesa mensal com compras era de cerca de R$ 500, hoje a mesma compra não sai por menos de R$ 1 mil, e como só o meu marido é aposentado as coisas estão muito difíceis para a gente", lamentou..

*Texto supervisionado pelo editor.

Elisa Bruneli: Elisa Bruneli: "Só compro se estiver em promoção"

Supermercados limitam a quanti oidade a ser levada Supermercados limitam a quantidade a ser levada

Preços dos alimentos nos mercados

Produto Mercado A Mercado B

Arroz R$ 22,50 R$ 21,98

Feijão R$ 7,58 R$ 6,98

Óleo R$ 5,55 R$ 5,98

Macarrão R$ 3,09 R$ 2,09

Açúcar R$ 2,39 R$ 2,49

Sal R$ 2,49 R$2,69

Leite R$ 3,7 R$ 3,85

Pão R$ 9,59 R$ 10,98

Cesta Básica R$124,90 R$158,00


Luiz Kurpel 

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