Com sinais de alívio do mercado, real é a moeda que mais se valoriza no ano e Bovespa tem 2ª maior alta global Diminuição da tensão comercial global, indícios de política de juros mais branda nos EUA e expectativa por reforma da Previdência têm beneficiado ativos brasileiros.

O mercado financeiro tem dado sinais de alívio e otimismo com o Brasil. Neste ano, o real é a moeda que mais se valorizou em relação ao dólar, enquanto a bolsa brasileira ostenta o segundo melhor desempenho global.
Em 2019, a moeda brasileira já acumula valorização de 4,3% ante o dólar. Depois do real, o rublo, da Rússia (3,9%), e o rand, da África do Sul (3,6%), foram as moedas que mais se fortaleceram, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.
O dólar encerrou a semana negociado a R$ 3,7144.
Ranking das moedas
Valorização das moedas em relação ao dólar desde o início do ano; números em %
4,34,33,93,93,63,63,63,63,53,53,53,52,92,92,92,92,72,72,72,7Real (Brasil)Rublo (Rússia)Rand (África do Sul)Lilangeni (Suazilândia)Dólar (Namíbia)Loti (Lesoto)Cedi (Gana)Peso (Chile)Peso (Colômbia)Dólar (Canadá)012345
Fonte: Austin Rating
Já a bolsa brasileira subiu 6,57%, o que significa um desempenho inferior apenas ao do índice Merval, da Agentina (11,95%), de acordo com a provedora de informações financeiras Economatica.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou a semana a 93.658 pontos.
Desempenho das bolsas ao redor do mundo
Valorização acumulada em 2019; dados em %
11,9511,956,576,575,075,074,854,854,714,714,64,63,573,572,872,871,321,32ArgentinaBrasilNasdaq (Estados Unidos)ChileColômbiaMéxicoS&P 500 (Estados Unidos)Dow Jones (Estados Unidos)Peru051015
Chile
4,85
Fonte: Economatica
A valorização do real e a alta da bolsa são explicadas por fatores externos e internos. No cenário internacional, há uma redução nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e sinais de que os juros devem subir menos do que o esperado na economia norte-americana – taxas mais altas nos EUA têm potencial para atrair recursos aplicados em países emergentes.
"Se analisarmos o que ocorreu no ano passado, houve um aumento de juros nos Estados Unidos e o crescimento da tensão entre EUA e China. Naquele momento, as moedas de países emergentes estavam se desvalorizando mais", afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. "Agora, há uma mudança nesse grau de preocupação."
Nas últimas declarações, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, tem indicado uma política monetária mais branda para a economia norte-americana. Por ora, a expectativa majoritária é que os juros subam mais duas vezes neste ano. Em 2018, foram quatro altas.
"A expectativa ainda é de duas altas nos juros, mas existe até a possibilidade de o Fed fazer uma pausa no curto prazo", afirma o economista da consultoria Tendências Silvio Campos Neto. "A economia dos EUA ainda cresce num ritmo bom, o mercado de trabalho segue aquecido, mas o cenário econômico norte-americano passa por um ajuste, com a possibilidade de desaceleração."
Variação do dólar em 2019
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
Em R$Dólar comercialDólar turismo (sem IOF)28/122/13/14/17/18/19/110/111/13,63,73,83,944,1
Fonte: ValorPro
Internamente, a expectativa é pela agenda econômica do novo governo, com o encaminhamento da reforma da Previdência. A reforma é considerada fundamental para o acerto das contas públicas. Sem ela, a percepção de risco do Brasil pode piorar, provocando uma fuga de investidores, desvalorização do câmbio e consequente impacto para inflação e juros.
“A composição da equipe foi bem recebida pelos investidores e, apesar dos desencontros dentro do governo, a sinalização é de que o governo vai enviar uma proposta firme para a Previdência", diz Campos Neto.
Nesta semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a proposta de reforma da Previdência será enviada para o Congresso em fevereiro. O governo estuda um regime de capitalização e a adoção de idade mínima de 62 anos para homens e 57 anos para mulheres.
"Tudo ainda é muito recente. São só 11 dias do novo governo. Se o tempo for passando e as medidas não se concretizarem, o mercado pode fazer uma correção (desvalorização do real)", afirma Agostini.
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1

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