Justiça Ministros do STF aprovam reajuste dos próprios salários para 2019 A proposta de aumento de 16% deve passar por análise do Congresso - o salário dos ministros poderia chegar a R$ 39 mil, valor que provocaria efeito cascata nos salários do funcionalismo.
Por 7 votos a 4, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal 
(STF) decidiu, ontem, enviar ao Congresso Nacional proposta de 
aumento dos salários dos ministros da Corte , para 2019. 
O salário 
atualmente é de R$ 33,7 mil e o percentual de reajuste, de 16%.
Caso o reajuste seja aprovado no Orçamento da União, que será votado 
pelo Congresso, o salário dos ministros poderia chegar a R$ 39 mil, 
valor que provocaria efeito cascata nos salários do funcionalismo – o 
subsídio dos ministros é o valor máximo para pagamento de salários no 
serviço público.
A inclusão, que foi decidida em uma sessão administrativa, é tratada 
anualmente e deve ser enviada ao Ministério do Planejamento até o dia 31
 deste mês para compor o Orçamento dos Três Poderes que será analisado 
pelo Congresso.
Votaram a favor do aumento os ministros Ricardo Lewandowski, Marco 
Aurélio, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e 
Alexandre de Moraes. 
A presidente da Corte, Cármen Lúcia, votou contra o
 reajuste, assim como os ministros Rosa Weber, Edson Fachin e Celso de 
Mello.
Sessão
Durante a sessão, os ministros Dias Toffoli e Lewandowski ressaltaram
 que a proposta não terá impacto financeiro nas contas públicas. 
Segundo
 os ministros, foram feitos cortes internos nas despesas para bancar os 
custos. 
De acordo com o STF, o impacto no orçamento do tribunal é de R$ 
2,8 milhões.
Para defender envio da proposta, Lewandowski disse que os salários 
dos ministros da Corte estão defasados em 50%. O ministro também 
demonstrou preocupação com o “estado de penúria” dos aposentados e 
pensionistas do Supremo, que “não conseguem pagar plano de saúde”.
Contra o reajuste, o decano na Corte, Celso de Mello, disse que “fez 
uma escolha trágica” ao não enviar a proposta do Congresso. Segundo o 
ministro, a crise fiscal pela qual o país passa não permite o pedido de 
aumento. 
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil
                        Edição:   Nádia Franco e Sabrina Craide