Aumento da passagem da CPTM deixa moradores do Alto Tietê com medo do desemprego Eles alegam que maioria trabalha em São Paulo e isso pode dificultar emprego fora da região

Nesta segunda-feira (8) foi o primeiro dia útil do reajuste de 5,26% na tarifa dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e do Metrô.
Por Diário TV 1ª Edição
Quem passou pelas estações de Suzano e Mogi das Cruzes não ficou satisfeito com mais esse aumento. A passagem da CPTM passou de R$ 3,80 para R$ 4. “Muito aumento. Eu venho de Itaquera para Suzano e demoro quase uma hora por conta de parar”, afirmou a ajudante geral Luciane Ferreira.
A cabeleireira Ilda Melo destacou que o salário mínimo não consegue acompanhar todos os aumentos feitos no início do ano. “ Fica muito difícil. Com um salário mínimo você vai viver bem? Não. Prioriza alimentação, pagar contas de água e luz e só”.
O revestidor de cilindro Edinaldo Malheiro Silva foi pego de surpresa com o reajuste. “Nem estava sabendo, mas imaginei porque todo janeiro eles aumentam a passagem.”
As reclamações não são só da qualidade ruim, trens lotados e demora.
Com o aumento da passagem tem gente que está até com medo de ficar desempregado, como a auxiliar técnica de educação Viviane Aguiar.

 “Daqui a pouco as empresas de São Paulo não contratam mais quem mora no Alto Tietê porque a condução pesa demais. Empresa de Mogi já não contrata quem mora em cidade vizinhas. E a maioria das pessoas que moram na região dependem de São Paulo para trabalhar e está cada vez mais difícil arrumar emprego.
Sobre as reclamações dos passageiros, a CPTM informou que o número de ocorrência com paralisação total de um trecho, diminuiu 24% em 2017, em relação ao ano anterior.
Segundo a companhia foram 30 ocorrências contra 23. A CPTM destacou que a Linha 11-Coral, já recebeu 12 novos trens e que o sistema exige um investimento alto e é planejado para transportar um volume maior de passageiros.

Postagens mais visitadas deste blog