Cotação do bitcoin despenca e chega a ficar perto dos US$ 10 mil Moeda virtual era avaliada a US$ 11,9 mil às 13h, segundo índice Coindesk.


Cotação da moeda virtual bitcoin despencou nesta sexta-feira (22) após se aproximar dos US$ 20 mil no começo da semana. Segundo o índice Coindesk, a mais famosa criptomoeda era avaliada em US$ 11,9 mil por volta das 13h (horário de Brasília), uma queda de 23,5% em relação ao início das vendas. Mais cedo, a cotação chegou a US$ 10,8 mil. 
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O bitcoin é alvo de uma intensa especulação e sua cotação disparou desde novembro. A moeda virtual iniciou o ano cotada a US$ 1 mil. Ao contrário do dólar e do euro, o bitcoin não é emitido por Bancos Centrais e é criado de maneira descentralizada por computadores que utilizam algoritmos complexos.


Queda desta semana


Na quarta-feira (20), a cotação do bitcoin começou a patinar depois de informações de um ataque hacker a uma plataforma de negociação de criptografia na Coreia do Sul, Youbit. E na quinta (21), Haruhiko Kuroda, governador do Banco do Japão, um importante mercado de bitcoin, considerou o aumento espetacular da moeda como "anormal".


Para Neil Wilson, da ETX Capital, com sede em Londres, "é difícil saber se o alerta já soou". "Parece que é hora de os investidores aproveitarem seus lucros e gastá-los no Natal", disse.


Alexandre Baradez, analista do IG France, não vê explicação particular para a queda e lembra que o percurso do bitcoin sempre foi errático. Sua volatilidade "é 20 vezes superior à volatilidade euro/dólar", ressalta.


Segundo Stephen Innes, da OANDA, os investidores do bitcoin enfrentam "um retorno ao chão". "Uma demanda desenfreada" associada a uma disponibilidade limitada "levou investidores inexperientes a apostarem com tudo", diz.


Além do bitcoin, a mania pela criptomoeda e pela tecnologia informática que serve de base, a "blockchain", continua muito forte, para não dizer irracional.



Consolidação e desconfiança


Os bancos, que no caso do bitcoin não desempenham seu clássico papel de intermediários nas transações financeiras, criticam particularmente a falta de transparência no estabelecimento de seu preço.


Mas o bitcoin ganhou legitimidade neste mês depois que duas Bolsas de Chicago lançaram produtos especulativos baseados na moeda virtual.


Além disso, de acordo com a Bloomberg, o gigante bancário Goldman Sachs estaria considerando entrar no "trading" de bitcoins, o que seria, de acordo com os critérios do mundo das finanças, uma espécie de consagração.


Mas o bitcoin, acusado de ser utilizado para todo tipo de tráfico ilegal, continua a ser altamente criticado. Isso sem mencionar os rumores recorrentes da criação de criptomoedas concorrentes e rivalidades.





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