Alto Tietê - Apenas 20% das indústrias vão conceder férias coletivas - Levantamento indica que, com retomada da produção, 80% das fábricas vão trabalhar sem folga no final de ano
Com melhor nível de atividade desde fevereiro de 2014 e retomada
dos índices de produção e emprego, a indústria do Alto Tietê deverá
funcionar a todo vapor neste final de ano.
Pesquisa de amostragem da
Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp) mostra que aproximadamente 80% das empresas vão manter a rotina
de trabalho, enquanto as outras 20% planejam conceder férias coletivas
aos funcionários.
A pesquisa revela, pelo segundo ano
consecutivo, redução no número de indústrias que vão dar férias
coletivas neste período do ano.
Em 2015, quase metade das empresas (47%)
liberaram os funcionários.
Em 2016, esse número caiu para 30% e, agora
em 2017, baixou para 20%.
Entre as indústrias que vão interromper as
atividades, o período de férias coletivas também deverá ser menor.
A
maioria planeja liberar os funcionários de 24 de dezembro a 2 de
janeiro.
"Temos duas situações que precisam ser avaliadas. A
primeira é que as empresas estão operando com número reduzido de
funcionários e a maioria, em razão do período difícil que tivemos, já
gastaram banco de horas e férias coletivas e não tem margem para usar
esse recurso agora", pondera José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp
Alto Tietê.
Além disso, o dirigente ressalta que momento atual
do mercado motiva a continuidade das atividades mesmo neste período de
final de ano.
"A demanda está reagindo e, com o quadro enxuto de
trabalhadores, muitas empresas não podem ficar vários dias paradas, caso
contrário, perdem o ritmo de produção necessário para manter os
negócios. Esse aspecto é positivo, pois confirma o processo de
recuperação do setor, o qual esperamos que se consolide em 2018", avalia
Caseiro.
A área de abrangência do Ciesp Alto Tietê engloba
oito municípios - Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema,
Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano -, onde
estão instaladas 2.150 indústrias, responsáveis por cerca de 30% dos
empregos formais da região.
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