Investimentos no Tesouro Direto somam R$ 2,47 bilhões em janeiro e batem recorde Total de operações de investimento também foi recorde no mês passado. Tesouro Direto registrou a entrada de 21.632 novos investidores.

O vollume de investimentos no Tesouro Direto atingiu novo recorde em janeiro, quando somou R$ 2,47 bilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (17).

"Também foram recordes no mês passado o total de 221.316 operações de investimento e o aumento de 21.632 no número de investidores ativos", acrescentou o governo federal.

Criado em 2002, o Tesouro Direto é um programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos.
Em janeiro, de acordo com o Tesouro Nacional, os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados ao IPCA (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), cuja participação no volume total de investimentos atingiu 49,8%.
Os títulos indexados à taxa Selic (Tesouro Selic), por sua vez, corresponderam a 25,7% do total e os prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), a 24,5%.
Já o valor médio por operação de investimento no foi de R$ 11.180,81 no período. "A maior parte dessas operações (71,3%) é relativa a aplicações de até R$ 5.000,00, o que reforça a utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores", acrescentou.

Saldo do programa

Já o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o montante de R$ 41,7 bilhões em janeiro, um aumento de 1,6% em relação a agosto (R$ 41,1 bilhões) e de 55,9% sobre janeiro de 2016 (R$ 26,8 bilhões).
"A maior parte do estoque, 53,8%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 20,3% e os com vencimento acima de 10 anos, a 16,6% do total. Uma parcela de 9,4% dos títulos vence em até 1 ano", informou o Tesouro Nacional.

Interesse maior

O aumento do interesse dos investidores pelo Tesouro Direto também tem coincidido com a queda na rentabilidade e atratividade da poupança. Enquanto o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic (a taxa básica de juros determinada pelo Banco Central), o das cadernetas fica limitado a 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR), quando a Selic está acima de 8,5% ao ano.
A alta da inflação também tem feito as cadernetas perderem atratividade. Títulos do Tesouro Direto, por exemplo, oferecem rentabilidade acima da inflação - mas há a incidência do Imposto de Renda. O resultado é que, em 2016, os saques da poupança voltaram a superar os depósitos, desta vez em R$ 40,7 bilhões.
Em dezembro, o governo anunciou o lançamento de um aplicativo oficial do Tesouro Direto, pelo qual os investidores poderão realizar as principais transações, como investimentos, resgates, agendamentos e consultas de extratos, além da ampliação do horário de resgate (venda) dos papéis, entre outras facilidades.

Tesouro Direto

O investimento no Tesouro Direto pode ser uma boa opção para quem não tem muito dinheiro, mas busca um investimento de médio e longo prazos. Ao investir em títulos públicos, a pessoa se torna credora, emprestando dinheiro para o governo. Em troca, recebe juros.
Para aplicar no programa, o interessado deve fazer um cadastro em uma instituição financeira no site do Tesouro Direto. O investidor recebe uma senha por e-mail e pode começar a aplicar seu dinheiro.
No Tesouro Direto, assim como nos fundos de investimento, há cobrança do Imposto de Renda. A aliquota do IR é regressiva em ambos os casos. Ou seja, quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menor será o IR pago pelo investidor.
Para aplicações de até seis meses, a alíquota do IR é de 22,5%, caindo para 20% entre seis meses e um ano. Se o prazo da aplicação superar um ano, mas for retirada antes de completar o segundo ano, o IR fica em 17,5%. Acima de dois anos de prazo, a alíquota é de 15%.
Por Alexandro Martello, G1, Brasília

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