Mercado imobiliário registra aumento de locações Isso porque a venda de imóveis segue em baixa; imobiliárias adotam estratégias para novas negociações - Comércio tem lojas fechadas na região
Após registrar 
queda em 2015, o mercado imobiliário no Alto Tietê volta a apresentar um
 leve crescimento no volume de vendas de imóveis, porém ainda sofre com a
 crise econômica. 
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Com isso, o sonho da casa própria ficou ainda mais 
distante das pessoas e o aluguel passou a ser a opção mais procurada. 
Em
 muitas imobiliárias da região, criar estratégias, como investir em 
divulgação e oferecer um atendimento diferenciado, contribuiu para 
atrair mais clientes.
De acordo com o coordenador de vendas de
 uma imobiliária em Mogi das Cruzes, Roberto Melo, o setor imobiliário 
voltou a crescer neste ano.
"No ano passado enfrentamos um período muito
 difícil. Começamos ver melhoras a partir de março deste ano com a 
mudança no governo brasileiro", comentou.
Para ele, o 
principal motivo do mercado aquecer novamente foram as pessoas voltarem a
 confiar no País depois que a presidente Dilma Rousself foi afastada do 
cargo. 
"Em 2015 tivemos queda de 40% em nossas vendas. Lembro que 
chegávamos a vender e alugar apenas três imóveis por mês.
 Atualmente 
esse porcentual caiu para 20%" e conseguimos vender cerca uma média de 
cinco imóveis por mês", explicou.
O coordenador explica que 
para tentar driblar a crise, a empresa investiu mais em mídia e realizou
 uma triagem melhor com os clientes, além de oferecer um atendimento 
diferenciado. 
"Hoje em dia, notamos também que o preço dos imóveis 
caíram cerca de 20%", completou.
Em uma imobiliária de Ferraz 
de Vasconcelos, houve aumento na procura pela locação. 
Segundo a 
proprietária Fernanda Alves Medina, isso se deve porque as dificuldades 
econômicas fizeram com que os clientes optassem pelo aluguel ao invés da
 compra.
 "Aumentou em 40% os aluguéis em nossa imobiliária em relação ao
 mesmo período do ano passado. 
Já a venda dos imóveis caíram 80%", 
afirmou.
Sobre a locação, a proprietária do estabelecimento 
ainda comenta. "Antes, conseguíamos negociar apenas de três a quatro 
aluguéis de imóveis, hoje em dia são 20", destacou. 
"Para tentar 
aumentar o número de clientes, procuramos ampliar a nossa divulgação em 
outros veículos, como a Internet."
No município de 
Itaquaquecetuba a crise também se alocou no setor. 
De acordo com o 
corretor Douglas Henriques de Carvalho, que atua há oito anos na cidade,
 está mais difícil vender. 
"Com a crise econômica, os bancos criaram 
linhas de créditos mais árduas, o que dificultou no sonho da casa 
própria do brasileiro", explicou.
Segundo ele, antes da crise 
eram vendidos em torno de 12 imóveis por mês, atualmente, esse número 
caiu para cinco ou sete. " Notamos que a população tem optado em comprar
 terrenos devido ao custo ser mais acessível.
É importante destacar 
também que no aluguel não houve queda na procura, isso porque, muitos 
proprietários abaixaram o preço dos imóveis, facilitando para os seus 
inquilinos."
Para driblar a crise, a empresa procurou 
trabalhar com parcerias para financiamentos, aumento nas parcelas e nos 
prazos de pagamentos.
Para Nena Santos, corretora há cinco 
anos em Suzano, não houve aumento na demanda de propriedades para alugar
 ou vender na região.
 "A venda caiu absurdamente aqui. O sonho de 
comprar uma casa não está se tornando realidade", ressaltou.
Questionado
 sobre possíveis quedas nos valores dos imóveis, a corretora argumentou.
 "No geral o preço manteve na região. 
O que faz a diferença é uma boa 
negociação", observou. (* Texto sob supervisão do editor).
    
Assim como o setor imobiliário, o comércio da região também enfrenta dificuldades para se manter com as portas abertas
Assim como o setor imobiliário, o comércio da região também
 enfrenta dificuldades para se manter com as portas abertas. 
As vendas 
abaixo da média e o receio do consumidor em ter gastos extras, fizeram 
com que muitos comerciantes fechassem as portas. 
Para as Associações 
Comerciais do Alto Tietê, a expectativa é que a situação melhore somente
 nos próximos meses.
Segundo a presidente da Associação 
Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), Tânia Fukusen, não há dúvidas de 
que o comércio está sentindo os efeitos da crise, principalmente em 
razão das demissões.
"Temos um universo grande de pessoas desempregadas 
e, sem renda fixa, essas pessoas reduzem ao máximo o consumo, 
priorizando apenas o essencial. 
Além de deixarem de comprar, há uma alta
 consequente nos índices de inadimplência, pois muitas pessoas perdem as
 condições de quitar os débitos assumidos anteriormente.
 E mesmo entre 
aqueles que estão empregados, há uma cautela nos gastos por conta do 
medo de perderem o emprego", afirmou.
Em razão disso, a 
presidente revelou ter refletido no comércio toda a crise e, portanto, 
uma das principais causas do fechamento de alguns estabelecimentos. 
"O 
comércio de portas fechadas é o sinal mais evidente do desaquecimento da
 economia porque o empresário, para 'jogar a toalha', é porque se tornou
 inviável a continuidade dos negócios", explicou.
Para tentar 
driblar a crise, muitos comerciantes passaram a adotar novas medidas 
para atrair mais consumidores.
 "Cada comerciante tem adotado estratégias
 internas para manter o seu negócio. Isso inclui rever custos, 
administrar melhor o estoque, investir em mídias sociais e desenvolver 
ações que atraiam os clientes.
A promoção é uma opção que tem sido 
bastante utilizada na cidade."
De acordo com Tânia, no segundo
 trimestre, houve melhora nas vendas em relação ao primeiro, 
impulsionada pelas datas comemorativas, como o Dia das Mães, Dia dos 
Namorados e pelas temperaturas baixas.
 "Agora, neste terceiro trimestre,
 temos o Dia dos Pais e os lojistas devem aproveitar a data para 
impulsionar as vendas". (V.F.)