Condomínio é o vilão no mercado imobiliário
A folha de pagamento de
funcionários representa de 60% a 70% do valor do condomínio, e é a
principal responsável pelo aumento dos gastos do prédio
A folha de
pagamento de funcionários representa de 60% a 70% do valor do
condomínio, e é a principal responsável pelo aumento dos gastos do
prédio
Com mercado imobiliário desaquecido, o proprietário que oferece um imóvel
para aluguel deve recalcular o valor de locação de acordo com a taxa do
condomínio. Para especialistas, a cobrança excessiva dificulta ainda mais o
negócio. Mesmo quando o prédio fica velho, e o valor de mercado do bem cai, o
condomínio pode subir. A Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis
(Abadi) afirma que, em alguns prédios, podem ser encontradas falhas no rateio
da taxa condominial, e alguns moradores estão pagando mais do que a cota
devida.
- A contribuição correta para o rateio das despesas é pela fração ideal do
terreno, que é o valor de referência para cada apartamento. Mas a norma, às
vezes, é alterada por convenção coletiva, e o condômino deve estar atento à
cobrança - afirmou Marcelo Borges, diretor jurídico da Abadi.
A folha de pagamento de funcionários representa de 60% a 70% do valor do
condomínio, e é a principal responsável pelo aumento dos gastos do prédio. Mas
outro vilão do orçamento é o consumo de água, em geral, porque os edifícios
antigos não têm hidrômetros individuais.
- Para quem vai comprar um imóvel, a atenção deve ser redobrada. Sugiro
que o interessado observe a taxa de inadimplência e o balancete do condomínio,
para verificar, por exemplo, se há um histórico problemas hidráulicos e gastos
com obras - alertou Valnei Ribeiro, gerente de condomínios da administradora
Apsa.
Um ponto positivo, que pode ajudar nas receitas do prédio, é o aluguel de
antenas ou de lojas comerciais. Segundo um levantamento do Sindicato da
Habitação do Rio (Secovi Rio), os custos com condomínio representam, em média,
20% das despesas totais com habitação no Méier. Na Barra da Tijuca e em
Jacarepaguá, o gasto fica em torno de 19% do total. Em Ipanema e no Leblon, 12%
e 13%.
(Jornal Extra - Notícias - Economia - 04/08/2016)
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