Suzano - Aplicativo vai mapear focos da dengue. Dados serão encaminhados ao Estado
Um
novo aplicativo criado para mapear possíveis focos do mosquito Aedes
aegypti pode combater o transmissor da dengue, zika e chikugunya em
Suzano. Chamado “Observatório do Mosquito Aedes aegypti”, a ferramenta
foi criada pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Com acesso gratuito, o
aplicativo pode ser utilizado em todo o País, e o suzanense interessado
só precisa baixá-lo e registrar os locais com possíveis criadouros do
mosquito.
Os dados registrados são encaminhados automaticamente para Secretária de Estado da Saúde para que a fiscalização no local seja realizada. O aplicativo no momento está disponível apenas para aparelhos com o sistema operacional Android, mas deve ser disponibilizado nas próximas semanas para Windows Phone e IOS. Além disso, a ferramenta funciona como um aplicativo de trânsito, com as informações ajudando a montar o mapa com as regiões com maior concentração do mosquito.
Posteriormente os dados são encaminhados para as prefeituras e pelo app ainda é possível acompanhar se os locais foram visitados pelos órgãos públicos e o tempo em que a atitude foi tomada. As denuncias no aplicativo podem ser feitas por vídeo, áudios e fotos, mas primeiro o usuário precisa realizar o cadastro, com nome, telefone, e-mail e endereço.
A Prefeitura de Suzano informou que a Secretaria de Saúde informou em nota que está tomando conhecimento da ferramenta para auxiliar no que for possível no combate à dengue. De acordo com a pasta, o aplicativo deve estar 100% alinhado ao sistema estadual e nacional de controle do vetor, objetivando a eficácia dos trabalhos nos municípios.
OPINIÃO
Os moradores de Suzano demonstraram interesse pelo aplicativo. Esse é o caso da suzanense Rosa Soares, de 40 anos, que mora no bairro do Boa Vista. Ela já foi vítima do mosquito da dengue. “Eu já fui picada e é horrível. Eu emagreci muito, tive muita febre e minhas mãos descascaram até ficar em pele viva. O aplicativo é uma boa alternativa para fiscalizar esses focos”, explicou.
Com a mesma opinião a psicóloga Sandra Mara Risardi, de 46 anos, gostou da novidade. “Eu acho que tudo é válido para ajudar no combate do mosquito da dengue. Agora só preciso divulgar isso para que as pessoas comecem a usar. Suzano precisa porque está totalmente largada, vários bairros tem locais óbvios de foco de dengue. É muito válido, tem mesmo que começar pela gente” opinou.
Já o empresário Willer Franco, de 40 anos, comentou que nenhuma iniciativa vinda dos moradores será suficiente se não houver contribuição dos órgãos públicos. “Eu acho que é valido, mas precisa de uma ação em conjunto. O morador tem que denunciar, mas a Prefeitura tem que limpar. Se um lado falhar não adianta muito.
Eu digo isso porque as
vezes a gente vê locais públicos sem serem cuidados”, explicou.