Mogi das Cruzes - Cidade deve ter 40 mil árvores

Aspecto visual indica que árvores da Praça Oswaldo Cruz estão bem conservadas / Foto: Jonny Ueda
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A Prefeitura de Mogi das Cruzes quer dobrar o número de árvores na área urbana até o ano de 2017. Segundo último balanço, apresentado no início de 2014, a Cidade tinha um pouco mais de 17 mil árvores. Com o plantio de aproximadamente 500 novas mudas ao mês com o Plano de Arborização, a estimativa do secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, André Saraiva, é a de que o Município já tenha chegado à marca de 22 mil árvores, com a intenção de atingir 40 mil nos próximos dois anos. 
A Cidade dispõe atualmente de um único viveiro, que recebe mudas provenientes de compensação ambiental. “Hoje, quem corta uma árvore na Cidade precisa nos entregar 25 mudas como compensação”, afirma o secretário. O estoque atual, de 1 mil mudas, guarda apenas uma parte do potencial de arborização da Cidade. “Como tivemos muitos loteamentos nos últimos anos, a quantidade de muda que temos para receber é muito maior”, destaca.
A construção de um segundo viveiro deve ampliar em muito essa capacidade. Segundo ressalta Saraiva, a nova sede da Pasta, em construção na Ponte Grande, poderá produzir até 10 mil mudas de árvores nativas por mês. “Temos um terreno lá de 8 mil metros quadrados com bastante espaço para plantar”, aponta. A mudança de sede deve acontecer entre os meses de maio e junho deste ano. A produção de mudas acontecerá em saquinhos e as primeiras poderão ser colhidas no período de três a oito meses.
Saraiva diz que a capacidade de plantio nos bairros vai depender diretamente da população. “Se tivermos boa receptividade dos moradores, poderemos ampliar o número de árvores em um curto espaço de tempo”, aponta o secretário, explicando que nos bairros, as árvores poderão ser plantadas em praças, terrenos públicos, calçadas ou em quintais - mas nestes dois últimos casos, é necessária a autorização ou o pedido do morador.
Segundo Saraiva, a Prefeitura incentiva o plantio, sobretudo nos bairros ainda carentes de áreas verdes. Entretanto, as mudas só poderão ser alocadas em calçadas com pelo menos 1,2 metro de largura, para não comprometer a mobilidade. “A gente oferece a muda e, dentro do possível, a infraestrutura também”, ressalta. O secretário ainda destaca que, na semana retrasada, professores da rede municipal de ensino passaram por uma capacitação e levarão parte das mudas disponíveis às escolas.
O mogiano que queira plantar uma árvore na calçada ou quintal de casa poderá requerer até três mudas no Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC), no andar térreo do prédio da Prefeitura. O valor das três mudas é de R$ 12,17. Para retirá-las, basta apresentar o carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e documento de identidade. 
Atualmente, estão disponíveis mudas as de como aroeira, quaresmeira e jerivá. “Mas a gente sempre recebe variedades, dependendo da época”, finaliza Saraiva.

Centro: arborização é satisfatória
Tomasulo acompanhou O Diário a praças como a dos Imigrantes para analisar árvores / Foto: Jonny Ueda


Mesmo com calçadas estreitas e sediando uma das áreas com o metro quadrado mais caro da Cidade, o Centro ainda é um dos poucos pontos de Mogi das Cruzes onde a arborização urbana pode ser considerada satisfatória – isso por conta das praças. Nos demais bairros, o verde, a sombra e a fauna perderam espaço para o tom acinzentado do adensamento imobiliário mal planejado. 
Para tentar recuperar a natureza perdida nas últimas décadas, a transformação de terrenos públicos em praças pode ser uma alternativa, conforme destaca o coordenador do curso de Biologia e Gestão Ambiental da Universidade Braz Cubas (UBC), Pedro Luis Batista Tomasulo. A arborização de calçadas também é uma das saídas apontadas pelo especialista.
“Mogi das Cruzes é uma cidade muito impermeabilizada. É difícil encontrar uma praça fora do Centro. É imprescindível que a Cidade aumento a área verde nos bairros, tanto pelos benefícios ambientais quanto pelo próprio bem-estar da população” alerta.
A reportagem de O Diário convidou o biólogo para ir a três praças do Centro de Mogi (Coronel Almeida, Oswaldo Cruz e Imigrantes) para uma avaliação da centenária vegetação. O resultado, nas praças do Centro - é importante destacar -, foi bastante positivo. “As árvores nas praças que visitamos estão em bom estado e, pelo menos no aspecto visual, estão muito bem tratadas, mesmo as mais antigas”, avalia, explicando que para uma análise mais precisa é necessária a realização de um estudo de fitossanidade.
Muitas das árvores plantadas nessas praças não são nativas, mas isso não significa um problema. Na Praça dos Imigrantes, o biólogo identificou até mesmo uma figueira que começou a crescer no tronco de uma tipuana. Não à toa, ela é conhecida como mata-pau; depois de décadas, elas crescem ao redor da árvore hospedeira até suas raízes alcançarem o solo. Por enquanto, a figueira tem apenas alguns centímetros, mas com o tempo ela vai acabar matando a tipuana para tomar seu lugar.
A Prefeitura afirma que possui um plano de plantio em andamento e que depende da participação popular para alocar árvores em calçadas e quintais. (Danilo Sans)

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