Itaquaquecetuba - Pacientes são pegos de surpresa com fechamento de pronto-socorro Primeiro atendimento está sendo feito na rua por equipes do Samu. Unidade em Itaquaquecetuba parou de funcionar por falta de médicos.


Carolina PaesDo G1 Mogi das Cruze e Suzano
Com o fechamento, PS de Itaquaquecetuba ficou com a sala de espera vazia (Foto: Carolina Paes/G1)
Com o fechamento, PS de Itaquaquecetuba ficou com a sala de espera vazia (Foto: Carolina Paes/G1)
Ao buscar atendimento no pronto-socorro municipal de Itaquaquecetuba, Região Metropolitana de São Paulo, pacientes se deparavam com uma situação preocupante: a unidade de saúde que deveria funcionar 24h estava com as portas fechadas. Os primeiros atendimentos estavam sendo feitos na rua, por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
suspensão das atividades do pronto atendimento foi determinada nesta sexta-feira (8) pela prefeitura, principalmente pela falta de médicos. "A Saúde de nossa cidade está na UTI. Na prática a unidade já estava fechada porque tinha dias que não havia um médico no local. Além disso, há também falta de medicamentos e de materiais", afirma a secretária de Saúde Maria José Pereira Zago.
G1 esteve neste sábado (9) no pronto-socorro, que fica na área central da cidade, por cerca de uma hora. Neste período, pacientes chegavam ao local para serem atendidos e ficando indignados com a situação "Gente o que é isso? Não sei nem o que dizer. Estou perdida", diz a auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Lotaca que foi à unidade buscar o exame de sangue do filho.
Pacientes encontraram a unidade de saúde com as portas fechadas (Foto: TV Diário)Pacientes encontraram a unidade de saúde com as
portas fechadas (Foto: TV Diário)
Segundo ela, há quatro dias o filho tenta passar no pronto atendimento. O menino de 8 anos está com dores abdominais, febre e sem comer "Passar por médico aqui é um sacríficio. Estou tentando há dias. Depois que consegui receber atendimento e fazer a coleta de exames não tinha quem olhasse os resultados. Ontem as atendentes me orientaram a voltar hoje porque teria médico, mas quando chego aqui o pronto-socorro está fechado".
A auxiliar de enfermagem e o filho foram embora sem receber os exames e o diagnóstico "Fico preocupada porque meu filho ainda não está bem. Agora vou ter que ia até o Santa Marcelina e fazer tudo de novo. O problema é que lá o atendimento é complicado e bem mais demorado", afirma Lotaca.
Atendimento
Para orientar os pacientes que chegavam ao pronto-socorro, um esquema de atendimento de emergência foi montado em frente à unidade. Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestavam os primeiros socorros, como aferição de pressão na rua ou dentro das ambulâncias.
A filha da operadora de caixa Luciana Chaves da Silva foi uma das pessoas atendidas pela equipe do Samu. "Quando cheguei aqui tive uma surpresa desagradável. Minha filha de 4 anos está com febre e foi atendida aqui na rua. Mediram só a temperatura dela e me orientaram a procurar o Hospital Santa Marcelina", conta Luciana.
Quanto ao fechamento da unidade de saúde a operadora de caixa diz "se sentir lesada por não ter uma atendimento digno".
O coordenador de urgência e emergência, Edilson Mendes da Silva, informou que "os casos de urgência estão sendo encaminhados ao Hospital Santa Marcelina de Itaquaquecetuba e também para hospitais de Mogi das Cruzes, Suzano e Itaim Paulista".
O problema
Atualmente o pronto-socorro municipal estava recebendo, por dia, entre 100 a 300 pacientes. Um número que, segundo a secretaria de saúde, não chega nem à metade da capacidade máxima do local, que é de 800 atendimentos.
Mesmo com uma equipe total de 100 médicos, a unidade chegava a ficar alguns dias sem nenhum profissional. "Um dos fatores disso é o baixo salário dos médicos de nossa cidade. Além disso, muitos contratos já estão vencidos. Não temos profissionais nem para fazer uma sutura", diz a secretária de Saúde Maria José Pereira Zago.
G1 mostrou essa situação no dia 26 de janeiro, quando pacientes deixavam a unidade sem atendimento.
De acordo com prefeitura, os problemas na unidade já vem acontecendo há pelo menos seis meses. A secretária de Saúde ainda afirma que "antes de fechar a unidade outras medidas, como recolocação de médicos foram tomadas nos últimos 40 dias".
Não há previsão para a reabertura do espaço. Para solucionar o problema a prefeitura irá abrir um processo seletivo e ainda aumentar o salário dos médicos no município.
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Samu está de prontidão na porta do Pronto-Socorro de Itaquaquecetuba (Foto: Carolina Paes/G1)Samu está de prontidão na porta do Pronto-Socorro de Itaquaquecetuba (Foto: Carolina Paes/G1)

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