Cartão de crédito ganha nova função


A Cielo pretende tirar o limite de crédito pré-aprovado que está parado nos bancos e pôr esse dinheiro em circulação no comércio. Os clientes do Bradesco e do Banco do Brasil poderão usar os valores de crédito para fazer compras no varejo em até 48 vezes usando as máquinas da marca.
Os juros seguirão as regras das duas instituições. Segundo a Cielo, o novo produto tem o potencial de aumentar o volume movimentado em até R$ 60 bilhões.
De acordo com Rômulo Dias, presidente da companhia, bastará o cliente chegar à loja e dizer que, em vez de pagar no crédito ou no débito, usará a função crediário.
Automaticamente, a compra será calculada usando essa função. O cliente será imediatamente informado sobre o vencimento da primeira parcela (que poderá ser paga em até 59 dias), dos juros mensais cobrados e do valor de cada prestação.
A expectativa da Cielo é que a opção - que, ao contrário do cartão de crédito, embute o pagamento de juros - seja usada principalmente para compras de maior valor, como pacotes de viagem e compras de material de construção. Entre os estabelecimentos de grande porte que já aderiram ao novo meio de pagamento estão a agência de turismo TAM Viagens e as varejistas C&C e Dicico.
"Em um projeto-piloto que fizemos, o valor médio de cada compra ficou em R$ 2,2 mil", conta o executivo.
SEM RISCO Para o lojista, o esquema será parecido com o sistema da Caixa Econômica Federal para o Construcard, cartão que pode ser usado somente para a compra de materiais de construção. A exemplo do que ocorre no produto da Caixa, o pagamento ao varejista será feito no dia seguinte à compra, não importa em quantas prestações o valor seja dividido.
A diferença é que o consumidor poderá usar o limite em qualquer loja que tenha uma "maquininha" da Cielo (a empresa tem 1,2 milhão de pontos de venda credenciados).
A inclusão do modo crediário ao sistema das máquinas concentrou os principais esforços da Cielo nos últimos seis meses - todos os outros projetos, segundo Dias, foram colocados em segundo plano. "Foi um esforço tecnológico grande, pois as máquinas consultam a situação de crédito e o limite disponível de cada cliente diretamente com o banco, liberando ou não a compra", lembra o executivo.

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