Poupança seguirá atraente para pequeno investidor, diz especialista Aplicação é atraente para investimentos menores, diz Fabio Colombo. Motivo é que na poupança não há taxa de administração nem IR.
g1.com -Alexandro Martello - Brasília
A caderneta de poupança continuará sendo atraente para os investidores que desejarem aplicar valores pequenos e que, por isso, não conseguem taxas de administração melhores nos fundos de investimento, ou que desejarem manter as aplicações por um período curto de tempo, segundo avaliação do administrador de investimentos, Fabio Colombo.
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Na poupança, cuja correção é determinada pela variação da taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês, não é cobrada taxa de administração e nem Imposto de Renda (IR) - ao contrário dos investimentos em fundos. Em 2011, a poupança rendeu cerca de 7,5%. De acordo com Colombo, a poupança continuará valendo a pena quando a taxa de administração dos fundos de investimento superar 1,5% ao ano.
Caso consigam uma taxa de administração menor do que 1,5% nos fundos de investimento, Colombo alerta que os investidores devem ficar atentos ao prazo do investimento. Mantendo os recursos por mais tempo, eles pagam menos Imposto de Renda. "Para você ter um IR vantajoso, tem de aplicar acima de dois anos [de prazo]", disse.
Fundos de investimento
No caso dos fundos de investimentos, a alíquota do IR é regressiva. Ou seja, quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menor será o IR pago pelo investidor. Para aplicações de até seis meses, a alíquota do IR é de 22,5%, caindo para 20% entre seis meses e um ano. Se o prazo da aplicação superar um ano, mas for retirada antes de completar o segundo ano, o IR fica em 17,5%. Acima de dois anos de prazo, a alíquota é de 15%.
No caso dos fundos de investimentos, a alíquota do IR é regressiva. Ou seja, quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menor será o IR pago pelo investidor. Para aplicações de até seis meses, a alíquota do IR é de 22,5%, caindo para 20% entre seis meses e um ano. Se o prazo da aplicação superar um ano, mas for retirada antes de completar o segundo ano, o IR fica em 17,5%. Acima de dois anos de prazo, a alíquota é de 15%.
Em 2011, os fundos de renda fixa, de acordo com dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), apresentaram uma remuneração bruta (antes do pagamento do IR) de 12,40%, enquanto que os fundos referenciados em DI (que acompanham os juros básicos da economia) apresentaram rendimento de cerca de 11,80%.
Tesouro Direto
No caso do Tesouro Direto, programa do governo federal de venda de títulos públicos pela internet, Colombo disse que sua vantagem é não ter taxas de administração, e permitir, também, aplicação de valores baixos, acima de R$ 30, ou 10% do valor do papel. "Mas são cobradas taxas pelos agentes de custódia. Tem que se comparar com uma taxa de administração e fazer pesquisa", declarou.
No caso do Tesouro Direto, programa do governo federal de venda de títulos públicos pela internet, Colombo disse que sua vantagem é não ter taxas de administração, e permitir, também, aplicação de valores baixos, acima de R$ 30, ou 10% do valor do papel. "Mas são cobradas taxas pelos agentes de custódia. Tem que se comparar com uma taxa de administração e fazer pesquisa", declarou.
Ele recomendou que os investidores optem por títulos pós-fixados, ou seja, que têm a correção atrelada aos juros básicos da economia. Atualmente, os juros básicos estão em 11% ao ano, e o mercado acredita que a taxa recuará para 9,5% ao ano até abril deste ano. Mesmo com o recuo dos juros básicos, o administrador de investimentos avalia que os papéis pós-fixados são mais vantajosos do que os prefixados (que têm a correção determinada no momento do leilão).
"Quando se compra, hoje, papéis prefixados, já estão embutidas todas as quedas de juros que o mercado está achando que vão ocorrer no futuro. Neste caso, o investidor só vai ganhar se a taxa de juros cair mais do que o mercado está esperando. Se cair menos, ele perde. O mercado já está calculando as quedas que vão ocorrer. Eu recomendo colocar 80% em pós-fixados e 20% em títulos indexados à inflação", disse Colombo.
Mercado acionário
O ano de 2012 será marcado pelo nervosismo dos mercados, segundo avaliação feita pelo administrador de investimentos, Fabio Colombo. Dependendo da evolução do cenário externo, disse ele, as aplicações no mercado acionário podem se tornar mais, ou menos, arriscadas.
O ano de 2012 será marcado pelo nervosismo dos mercados, segundo avaliação feita pelo administrador de investimentos, Fabio Colombo. Dependendo da evolução do cenário externo, disse ele, as aplicações no mercado acionário podem se tornar mais, ou menos, arriscadas.
"O cenário está dependendo das notícias do exterior, do que vai acontecer na Zona do Euro. Se tanto a Itália quanto a Espanha não vão ter problemas com as dívidas públicas. Se se resolverem lá, a tendência é de melhorar o humor geral, e as bolsas devem subir e o dólar cair. Mas se as coisas piorarem lá, vai ocorrer o inverso, a bolsa vai cair e o dólar vai subir", declarou.
Para as aplicações em bolsas de valores, a alíquota do IR é de 15% (com exceção das operações de "daytrade", que tem um IR de 20%. Entretanto, há isenção do IR para os ganhos líquidos auferidos por pessoas físicas com valores de inferiores a R$ 20 mil por mês. A bolsa de valores registrou queda de 18,1% no ano passado.
