Presidente frânces disse que é preciso mobilizar mais financiamento privado para os países em desenvolvimento
Líderes mundiais na cúpula do Novo Pacto Global de Financiamento Ricardo Stuckert/PR
23/06/2023
Da Reuters
As nações ricas prometeram um financiamento climático de US$ 100 bilhões para os países em desenvolvimento e criaram um fundo para a biodiversidade e a proteção das florestas, disse o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta sexta-feira (23).
“Intensificamos os $ 100 bilhões para a redistribuição dos direitos especiais de saque prometidos em 2021 e parabenizo todos aqueles que finalizaram seus acordos aqui”, declarou.
“Lançamos um novo fundo para florestas e natureza conforme miramos na COP28 que se concentrará em fazer a mesma coisa, ou seja, financiar por meio de receitas que sairão de suas iniciativas de biodiversidade e conservação da natureza”, acrescentou.
Ele ainda disse que é preciso mobilizar mais financiamento privado.
O presidente francês falava em um painel final de uma cúpula em Paris, onde cerca de 40 líderes, incluindo duas dúzias da África, o primeiro-ministro da China e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniram para dar impulso a uma nova agenda financeira global.
O objetivo da cúpula é aumentar o financiamento de crise para os estados de baixa renda e aliviar suas dívidas, reformar os sistemas financeiros do pós-guerra e liberar fundos para combater a mudança climática, obtendo um consenso de alto nível sobre como promover uma série de iniciativas que lutam nos órgãos como o G20, COP, FMI-Banco Mundial e Nações Unidas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá mais comparecer ao jantar oferecido pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud.
A agenda, que ocorreria nesta sexta-feira (23/6), seria a última do petista na Europa, antes de retornar ao Brasil.
Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não havia informado o motivo para o cancelamento do compromisso.
As peças, avaliadas em R$ 5 milhões, foram trazidas ilegalmente ao Brasil.
O caso é investigado pela Polícia Federal .
A Arábia Saudita vive um regime ditatorial.
O príncipe é conhecido por usar medidas violentas para calar seus opositores, inclusive no exterior do país.
Mohamed bin Salman é acusado por suspeita de ordenar o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, visto pela última vez na embaixada saudita na Turquia, em 2018.
O profissional era crítico ao regime ditatorial da Arábia Saudita. Segundo investigações, o corpo do profissional teria sido desmembrado. Seus restos mortais nunca foram encontrados.
Joias sauditas
Em outubro de 2021, uma comitiva do governo, comandada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, retornou ao Brasil de uma viagem oficial à Arábia Saudita com joias femininas na bagagem.
Os itens, segundo Albuquerque, foram presentes do governo saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Somadas, as joias chegam ao valor de R$ 5 milhões, segundo perícia da Polícia Federal.
As joias estavam na mochila de um assessor do então ministro. No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, o assessor tentou passar pela alfândega, na fila da Receita Federal de “nada a declarar”. Pela lei, porém, ele deveria declarar os acessórios e pagar taxa de 50% sobre o valor das joias – ou seja, R$ 8,25 milhões.
Como não houve pagamento, a Receita reteve as joias. O governo Bolsonaro tentou, em pelo menos oito ocasiões, reaver os itens, acionando inclusive outros ministérios, além da chefia da Receita. Em todas essas tentativas, ninguém pagou a taxa, e as joias não foram devolvidas.
A tentativa mais recente ocorreu dezembro do ano passado, dias antes de Bolsonaro deixar a Presidência. Na ocasião, o gabinete pessoal do então presidente pediu à Receita a liberação do conjunto. O ofício foi assinado por Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi intimado a dar esclarecimentos à Polícia Federal em abril deste ano. O inquérito apura se o ex-presidente cometeu o crime de peculato, ou seja, quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bens dos quais tem posse em razão de seu cargo. A pena varia de 2 a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa.
Em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (23), o ex-ministro do Trabalho, das Comunicações, da Previdência Social Ricardo Berzoini (PT-SP) revelou como pode se dar a demissão de Roberto Campos Neto da direção do Banco Central.
A queda de Campos Neto se tornou exigência política do governo após a mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) manter a taxa básica de juros em 13,75% mesmo após as sinalizações positivas do governo com o arcabouço fiscal e com a redução da taxa de inflação.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT) protocolou um pedido ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para que se avalie a saída de Campos Neto do cargo.
Berzoini, que já foi articulador político dos governos Lula e Dilma, deixou claro que a vitória contra Campos Neto é possível. "Está claro que é uma quebra de braço política", disse.
"O governo tem que convocar o Conselho Monetário Nacional e com dois votos a um propor ao presidente que mande para o Senado a demissão do presidente da diretoria do Banco Central. Eu creio que haverá um 80% da população brasileira se o presidente Lula fizer isso", afirmou o petista.
Berzoini acredita que a votação positiva de Zanin pode servir de exemplo de que o governo conquistaria uma boa votação no Senado, e previu uma reação dos índices econômicos.
"É claro que o mercado vai ficar instável por alguns dias, vai subir a expectativa de juros e a bolsa vai cair, mas isso é coisa passageira. E que Lula nomeie uma diretoria efetivamente técnica, com um compromissão, que a variável do crescimento e a geração do emprego é tão importante quanto o controle da inflação", completou. "A previsão da inflação para esse ano é de 5,5%. Essa inflação de 5,5% pode ter um juro de 8%, que ainda é alto, considerando o spread bancário", sugeriu.
* Ninguém sabota mais a autonomia do Banco Central do que os atuais membros do Comitê de Política Monetária.
Dava-se como certa a manutenção da Selic em 13,75% --afinal, a forma de ser do autonomismo compreende, como é mesmo?, não contrariar expectativas-- , mas até os fundamentalistas da seita dos Devotos dos Santos do BC do Todos os Tempos esperavam que os profetas fossem acenar com a possibilidade de uma queda em agosto.
Que nada! Nem indício.
Mesmo gente que se obriga a frequentar o culto dizia na intimidade que os juros poderiam cair já.
Como sabem os leitores, penso que isso deveria ter ocorrido faz tempo. (...)
Sempre acho interessantes os momentos em que os hierarcas levam as seitas que comandam ao colapso teológico, exigindo dos crentes um exercício adicional de devoção.
Os do banco-centralismo já entregaram tudo à causa.
Só falta a honra.
Darão mais um passo ou escolherão "detox" e "rehab"? Acho que já sei... (...) Íntegra aqui
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
UOL Entrevista desta sexta-feira (23) recebe o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. A entrevista é conduzida pelos colunistas do UOL Carla Araújo e Tales Faria.
O secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, confessou ter utilizado a senha de uma enfermeira para excluir do sistema do Ministério da Saúde dados falsos sobre a vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha.
As informações do jornal O Globo.
A revelação de Brecha consta no pedido de revogação de sua prisão preventiva, encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Anteriormente, a Polícia Federal já havia identificado Brecha como responsável por inserir o registro falso de vacinação contra a Covid-19 referente ao ex-presidente Bolsonaro.
Em sua defesa, Brecha alega que Duque de Caxias apresentava o menor índice de cobertura vacinal durante a pandemia e, devido a isso, estava sendo cobrado pela Defensoria Pública.
Segundo o secretário de Governo de Duque de Caxias, diante da necessidade de inserção imediata dos dados no sistema, foi realizado um mutirão e houve compartilhamento de logins e senhas de acesso.
Além disso, Brecha argumenta que, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, "isso não significa que ele efetivamente tenha inserido as informações no sistema".
No entanto, Brecha admite ter atuado na exclusão dos dados de vacinação do ex-presidente e de sua filha, realizada em 27 de dezembro do ano passado.
No pedido enviado ao STF, Brecha justifica que a decisão de excluir os dados foi tomada após uma análise interna dos registros, constatando que o ex-presidente Bolsonaro e sua filha constavam na lista, "sendo fato público e notório que não se vacinaram naquele município".
A defesa de Brecha argumenta que a inclusão dos dados pode ter sido um equívoco, já que apenas o CPF precisa ser digitado para tal ação. Além disso, esclarece que a exclusão foi realizada pelo próprio requerente, usando a senha da senhora Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, uma vez que sua própria senha não permitia a exclusão de dados ou não estava funcionando naquele momento.
Responsável por colocar dados falsos de Bolsonaro no SUS é identificado pela PF
A Polícia Federal (PF) confirmou que já tem o nome do responsável por incluir os dados falsos que garantiram ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à sua filha Laura, de 12 anos, e a assessores do líder extremista certificados de vacinação contra a Covid-19 fraudulentos, para que eles pudessem viajar para fora do Brasil livremente, num esquema criminoso que seria encabeçado pelo ex-ajudante de ordens do antigo mandatário, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Cid.
Brecha é próximo do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis de Oliveira (MDB), que atualmente é o secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, um aliado de primeiríssima hora de Jair Bolsonaro. Brecha foi também chefe de gabinete do deputado estadual fluminense Rosenverg Reis (MDB), que é irmão de Washington.
Embora não seja um agente de saúde, tampouco o chefe dessa pasta, Brecha era um dos pouquíssimos servidores de alto escalão do município que tinha acesso livre ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet), dentro do DataSUS, no sistema do Ministério da Saúde (MS), o que possibilitou a fraude, dizem os policiais federais.
No pedido para realizar as prisões e apreensões, a PF sustentou que o esquema era uma “estrutura criminosa criada no município de Duque de Caxias utilizada para beneficiar o próprio chefe da Ajudância de Ordens da Presidência da República, Mauro Cesar Cid, suas filhas e também o então presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sua filha Laura e os assessores do ex-presidente da República, Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro”.
Restituição do IR 2023 será paga em 5 lotes Imagem: Luis Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo
Do UOL, em São Paulo
23/06/2023 04h00
A Receita Federal abriu nesta sexta-feira (23) a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda 2023. Do total de 5,1 milhões de contemplados no novo lote, 3,4 milhões são contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber a restituição via Pix.
A consulta pode ser feita pelo site da Receita. Para saber se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita (www.gov.br/receitafederal), clicar em "Meu Imposto de Renda" e, em seguida, em "Consultar a Restituição".
O lote contempla também restituições residuais de exercícios anteriores.São 130.088 idosos acima de 80 anos, 978.397 contribuintes entre 60 e 79 anos, 70.589 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave, 468.889 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério e, por fim, 3.490.513 que não possuem prioridade legal, mas que conseguiram 'furar a fila' por terem utilizado a opção pré-preenchida ou optado por receber via PIX.
O pagamento será feito no dia 30 de junho. O valor total das restituições do segundo lote é de R$ 7,5 bilhões.
Pagamento da restituição é realizado na conta bancária informada no momento da declaração. Se, por algum motivo, o crédito não for realizado, o contribuinte poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, acessando o endereço: https://www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
O contribuinte também pode fazer uma consulta completa da situação da declaração, e verificar se há alguma pendência. Basta conferir o extrato de processamento, acessado o portal e-CAC. O site também informa qual é a pendência encontrada e informações que porventura estejam equivocadas. Veja aqui o passo a passo.
Neste ano, a Receita recebeu um total de 41,15 milhões de declarações. Os dados da Receita mostram que 60% dos contribuintes que enviaram a declaração tê, direito a restituição.
Confira datas de pagamento da restituição do Imposto de Renda 2023:
Além de ultrassonografia, a nova lei prevê a ecocardiograma fetal. Entidades médicas dizem que indicação é vaga e não está alinhada às recomendações científicas
Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein - Uma nova lei sancionada no último dia 15 estabelece que as grávidas na rede pública de saúde deverão ter acesso a pelo menos dois ultrassons transvaginais nos primeiros quatro meses de gestação e a um ecocardiograma fetal – um exame que avalia o coração do bebê - como parte dos exames pré-natais.
No entanto, entidades como a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e a Sogesp (Associação de Ginecologistas e Obstetras do Estado de São Paulo) questionam o texto como foi publicado. Em nota, as entidades dizem que a medida não está alinhada às recomendações científicas vigentes e são muito vagas, podendo induzir à realização de exames sem agregar benefícios. Já a Sociedade Brasileira de Cardiologia ressalta a importância do ecocardiograma fetal para melhorar o rastreamento de cardiopatias congênitas, a segunda causa de morte após o nascimento.
“Da forma como está escrito é muito amplo e vago”, diz Mário Burlacchini, presidente da Comissão Nacional de Especialização em Medicina Fetal da Febrasgo. “Preconizamos pelo menos duas ultrassonografias, uma no primeiro e outra no segundo trimestre da gravidez, como já está bem estabelecido na literatura e nas diretrizes de todas as associações. Não falamos em quadrimestres, por exemplo.”
Ele ressalta, no entanto, que elas devem ser feitas em momentos bem específicos. Segundo as entidades, a primeira ultrassonografia - chamada morfológica - deve ser feita entre 11 e 13 semanas e 6 dias de gestação, via transvaginal, e serve para avaliar estruturas como cérebro, coração e abdômen. Ele permite, por exemplo, diagnosticar uma anencefalia e fazer a medida da transluscência nucal, que avalia o risco de síndromes.
Uma segunda ultrassonografia morfológica deve ser feita via abdominal entre 20 e 23 semanas e 6 dias para uma avaliação completa do feto, inclusive do coração, bem como a localização da placenta. Esse exame pode ser complementado pela via transvaginal para visualização do colo uterino para identificar o risco de parto prematuro.
Além desses dois, idealmente, a mulher deveria fazer uma ultrassonografia logo que recebe a confirmação da gravidez, por volta das 8 semanas. Ele serve para datar a gestação e visualizar a quantidade de embriões, bem como onde estão localizados. Assim é possível diagnosticar precocemente uma gravidez ectópica e evitar uma ruptura, que é uma emergência médica. Recomenda-se também um exame no último trimestre de gestação.
Diagnósticos de cardiopatias congênitas - As cardiopatias congênitas afetam entre 23 mil e 29 mil crianças a cada ano, mas apenas 10% são diagnosticadas corretamente. “Para nós, a lei é uma luz no fim do túnel porque precisamos chamar atenção para esse problema”, diz Cristiane Nunes Martins, do Departamento de Cardiopatias Congênitas e Cardiologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Sabemos que a ecocardiografia fetal de rotina em todas as gestantes não é factível do ponto de vista prático, mas todas elas precisam ter uma avaliação adequada do coração do feto”, diz a especialista. ” Precisamos melhorar o rastreamento pré-natal das cardiopatias congênitas através da ultrassonografia, com mais recursos e treinamento desses profissionais, pois a enorme maioria dos casos não está sendo corretamente diagnosticada.”
Segundo as entidades médicas de ginecologia e obstetrícia, não há protocolo que preconize indicação de ecocardiograma de rotina para todas as gestantes, pois é um exame muito especializado que deve ser feito por profissionais altamente capacitados. Para essas entidades, a ultrassonografia morfológica consegue suspeitar da maior parte dos defeitos cardíacos, selecionando as pacientes que deveriam passar pelo ecocardiograma e, posteriormente, ser encaminhadas a um tratamento especializado.
O exame também deve ser feito quando há fatores de risco como diabetes gestacional, antecedentes familiares de malformações cardíacas congênitas, infecção por rubéola, entre outros. No entanto, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a maioria dos fetos cardiopatas nasce de mães que não apresentam as indicações clássicas para o exame, fato que contribui para o baixíssimo número de diagnósticos.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que a ultrassonografia transvaginal já está incluída no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e que a solicitação e avaliação do exame é parte da rotina das equipes e varia de acordo com a análise dos casos. O programa Rede Cegonha prevê durante o pré-natal a realização de uma ultrassonografia para as pacientes consideradas de risco habitual e duas ultrassonografias para aquelas classificadas como de alto risco. “Já estava em análise pelo Ministério da Saúde a inserção do ecocardiograma fetal na Rede Cegonha. A realização de exames para identificação de anomalias e arritmias no primeiro quadrimestre se soma aos esforços do governo federal para garantir maior integralidade do cuidado em saúde”, diz a pasta.
As duas instituições assinaram um acordo de cooperação para desenvolver o setor de óleo e gás e para investir na transição energética
247 – Nesta quinta-feira (22), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, expressou sua confiança de que a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) retomarão seu papel fundamental como motores impulsionadores da indústria brasileira. A declaração foi feita durante a cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação técnica entre as duas instituições, juntamente com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O objetivo desse acordo é estabelecer uma Comissão Mista BNDES-Petrobras, voltada para áreas estratégicas como óleo, gás e energias renováveis, com foco em pesquisa científica, transição energética, desenvolvimento produtivo e governança. A parceria visa promover o desenvolvimento da cadeia de fornecedores do setor de óleo e gás, impulsionando assim a indústria nacional.
Através dessa colaboração, serão formados quatro grupos de trabalho temáticos, com o intuito de identificar oportunidades de negócio e avanços nessas áreas estratégicas. Um dos grupos, a Subcomissão de Planejamento e Estudos, buscará incentivar a pesquisa científica e os estudos estratégicos, estabelecendo sinergias entre os planos de investimento da Petrobras e o financiamento disponibilizado pelo BNDES. Já a Subcomissão de Desenvolvimento Produtivo e Inovação concentrará esforços em fortalecer a cadeia de fornecedores do setor de óleo e gás.
A transição energética e a descarbonização serão os principais enfoques da Subcomissão de Transição Energética e Descarbonização, que buscará fortalecer iniciativas sustentáveis como biorefino, biofertilizantes, biodiesel e biogás, além de avaliar medidas operacionais para reduzir as emissões de carbono na cadeia de óleo e gás. Por fim, a Subcomissão de Governança se dedicará a aprimorar a governança, integridade e transparência no setor.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, enfatizou a importância da parceria entre as duas instituições para impulsionar a indústria nacional. Ele afirmou que a Petrobras e o BNDES têm o poder e a vocação necessários para serem o motor da indústria no Brasil. Segundo ele, a Comissão Mista BNDES-Petrobras representa mais um capítulo de uma parceria antiga, oferecendo a oportunidade de moldar o futuro do país nos próximos anos, com foco em pesquisa científica, fontes de energia mais sustentáveis e integridade para fortalecer toda a cadeia de óleo e gás.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, reforçou a importância da parceria para os projetos de transição energética e destacou o papel estratégico desempenhado pela Petrobras. Ele ressaltou que o BNDES possui uma participação significativa na Petrobras, o que demonstra a importância da empresa para o banco. Mercadante ressaltou que a parceria permitirá o financiamento da inovação da Petrobras na área de transição energética, fortalecendo ainda mais essa colaboração entre as duas instituições.
A cerimônia de assinatura do acordo contou com a presença de diretores da Petrobras e do BNDES, destacando o comprometimento de ambas as instituições em impulsionar o setor industrial do país. Com essa iniciativa conjunta, espera-se que a Petrobras e o BNDES desempenhem um papel fundamental na retomada e fortalecimento da indústria brasileira, impulsionando o desenvolvimento econômico e sustentável do país nos próximos anos.
A maioria dos casos é de diabetes tipo 2, a forma da doença ligada à obesidade
LONDRES (Reuters) - Todos os países do mundo verão as taxas de diabetes aumentarem nos próximos 30 anos se nenhuma ação for tomada, indica um novo estudo global.
Atualmente, existem 529 milhões de pessoas no mundo com diabetes, segundo o estudo liderado por pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Pesquisadores projetaram que o número mais do que dobrará, para cerca de 1,3 bilhão de pessoas, até 2050.
A maioria dos casos é de diabetes tipo 2, a forma da doença ligada à obesidade e amplamente evitável, disseram os pesquisadores.
O aumento da prevalência globalmente não é uniforme: alguns países e regiões são particularmente atingidos.
Por exemplo, espera-se que as taxas de prevalência cheguem a 16,8% no norte da África e Oriente Médio e 11,3% na América Latina e Caribe até 2050, em comparação com uma estimativa de 9,8% globalmente. Atualmente, a prevalência é de 6,1%. Mas todos os países serão afetados, disseram os pesquisadores.
"A rápida taxa de crescimento do diabetes não é apenas alarmante, mas também desafiadora para todos os sistemas de saúde do mundo", disse Liane Ong, principal autora do artigo, apontando que a condição está ligada a várias outras condições cardiovasculares, como doenças cardíacas e derrames.
O número crescente de pessoas com diabetes é impulsionado em parte pelo aumento da obesidade e em parte por mudanças demográficas: a prevalência é maior entre os adultos mais velhos, mostrou o estudo.
Os dados de 204 países não levam em conta o impacto da pandemia de Covid-19, porque esses números ainda não estavam disponíveis, disseram os pesquisadores.
O estudo, financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, faz parte de uma série mais ampla sobre diabetes publicada nesta quinta-feira na revista médica The Lancet.
A série pede estratégias de mitigação mais eficazes e uma consciência da desigualdade, com a maioria dos pacientes com diabetes vivendo em países de baixa e média renda e sem acesso ao tratamento adequado.
O dia já começou no vermelho para vários papéis, como os da Alpargatas (ALPA4), que puxava as baixas do setor. O ativo permaneceu em perdas constantes até o fechamento e encerrou o dia no posto de segunda maior baixa, com queda de 5,95%, a R$10,43.
Os ativos da Magazine Luiza (MGLU3) também despencaram logo nas primeiras duas horas de negociação. Quase no fim do dia, os papéis da empresa começaram a se recuperar, mas a subida não foi suficiente para evitar o fechamento negativo em 5,05%, a R$ 3,57.
Breno Francis de Paula, analista de varejo do Inter, explica que as incertezas do comunicado em relação a um possível corte nos juros em agosto pegou parte dos investidores de surpresa.
“Com isso, um número massivo de companhias varejistas operou em queda no pregão desta quinta-feira. A Selic atual mantém a economia restrita, isso impacta diretamente a renda, o crédito e o consumo da sociedade, o que consequentemente afeta o desempenho das ações de varejo”, afirma.
Além disso, o especialista também destacou que, historicamente, o setor de varejo se relaciona de forma inversa à Selic.
“Durante os ciclos de corte de juros, as varejistas geralmente têm um desempenho superior ao mercado. O inverso também é verdadeiro, com o setor sofrendo mais do que o mercado quando a taxa básica da economia brasileira está ascendente ou em patamar elevado”, diz.
O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, relembra que, recentemente, o Brasil passou por momentos de “estresse” na curva de juros, o que impactou negativamente os papéis do setor.
“Do final de março para cá, com as perspectivas de queda dos juros, essas ações foram muito bem, mas agora estão sendo mais sensibilizadas novamente”, avalia.
Um levantamento da Ável Investimentos mostrou que, nos últimos 12 meses, varejistas do país registraram o fechamento de mais de cem lojas.
Segundo a pesquisa, os fechamentos de loja são puxados pelo Magazine Luiza. Além de ter reduzido expressivamente suas unidades, a varejista registrou prejuízo de R$ 361,2 milhões somente no primeiro trimestre deste ano.