Que ninguém se engane: sob inspiração do golpista condenado, os liberticidas continuarão a atazanar a vida dos brasileiros
Bolsonaro já não ocupa cargo público, perdeu seus direitos políticos e responde a processos que podem levá-lo à prisão. É, do ponto de vista institucional, um cadáver. Mas, como cadáver insepulto, sua presença tóxica ainda contamina a cena política nacional.
A condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado não o transformou em irrelevante. Pelo contrário: manteve sua centralidade entre os que desprezam a democracia, atacam a imprensa livre, desdenham do Congresso e hostilizam o Supremo Tribunal Federal.
Enquanto Bolsonaro se arrasta pelos tribunais e posa de vítima, seus seguidores continuam ativos. São governadores, parlamentares, lideranças políticas e digitais que repetem as teses conspiratórias do condenado, estimulando ódio e instabilidade. Alimentam a narrativa de que as instituições brasileiras não são confiáveis, de que há perseguição política e de que apenas eles representam “o povo”.
O resultado é conhecido: um país dividido, em permanente tensão, onde a agenda democrática precisa disputar espaço com pautas autoritárias. O bolsonarismo sobrevive sem Bolsonaro porque, ao longo de quatro anos no poder, construiu raízes sociais e políticas. Não se trata apenas de um líder; é um movimento.
Cabe às instituições resistir. O STF cumpriu seu papel ao condenar o ex-presidente. O Congresso deve ser firme na defesa do regime democrático. E a sociedade civil precisa se manter vigilante para que a história não se repita.
O Brasil tem desafios urgentes – crescimento econômico, segurança pública, educação, saúde – e não pode desperdiçar energia com aventuras golpistas. Mas, enquanto o cadáver político de Bolsonaro não for sepultado pela História, os liberticidas continuarão a atazanar a vida nacional.
https://www.estadao.com.br/opiniao/bolsonaro-um-cadaver-insepulto/
Editorial Estadão: Bolsonaro, um cadáver insepulto
Resumo analítico para postagem
O jornal O Estado de S. Paulo publicou em 13/09/2025 o editorial intitulado “Bolsonaro, um cadáver insepulto”, no qual analisa o impacto político do ex-presidente mesmo após sua condenação por tentativa de golpe de Estado.
O texto aponta que Jair Bolsonaro, apesar de ter perdido seus direitos políticos e estar fora do poder, ainda exerce influência como uma figura tóxica no cenário nacional. Segundo o editorial, ele funciona como um “cadáver insepulto”: sem cargo ou força institucional, mas com forte capacidade de mobilizar seguidores.
O Estadão alerta que governadores, parlamentares e lideranças digitais ligados ao bolsonarismo continuam a repetir as mesmas narrativas golpistas, colocando em dúvida a legitimidade das instituições e alimentando a polarização política. Isso mantém o país em permanente clima de tensão.
O editorial destaca também que o bolsonarismo sobrevive sem Bolsonaro, porque se enraizou social e politicamente durante seus quatro anos de governo.
Para enfrentar essa realidade, o jornal defende que:
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o Supremo Tribunal Federal continue firme na punição de atos antidemocráticos;
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o Congresso Nacional atue em defesa do regime democrático;
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a sociedade civil mantenha-se vigilante.
Por fim, o texto conclui que o Brasil precisa focar em desafios urgentes – como economia, saúde, educação e segurança – e não pode perder tempo com “aventuras golpistas”. Mas enquanto Bolsonaro não for superado pela História, seus seguidores continuarão a “atazanar a vida nacional”.
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