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sábado, 6 de maio de 2023

Hiperdesinformação das redes revitaliza imprensa

 

Josias de Souza 


Em qualquer rodinha é muito fácil reconhecer um jornalista: é o que está falando mal do jornalismo. Nem sempre foi assim. Machado de Assis escreveu em 23 de outubro de 1859 uma crônica laudatória sobre a imprensa. Chama-se "A Reforma pelo Jornal''. Começa assim: "Houve uma coisa que fez tremer as aristocracias, mais do que os movimentos populares; foi o jornal''.

A crônica de Machado, à época um jornalista com tenros 20 anos, festejava a ampliação dos domínios da palavra: "A imprensa, que encarnava a ideia no livro, (...) sentia-se ainda assim presa por um obstáculo qualquer; (...) abriu pois uma represa que a impedia, e lançou-se (...) ao novo leito aberto: o pergaminho será a Atlântida submergida''.

Decorridos quase 164 anos, a palavra desbravou fronteiras que não cabiam nem mesmo na imaginação de um escritor como Machado de Assis. O texto rompeu a relação de dependência que mantinha com o papel de livros e jornais. Não bastassem o rádio e a televisão, o verbo passou a disputar espaço nas nuvens de elétrons da internet com memes e trucagens.

Confrontada com tantos meios de propagação, a imprensa virou, ela própria, notícia. Os veículos de comunicação passaram a viver uma quadra nebulosa, sacudidos por uma atmosfera que misturou contestação e hiperconcorrência. Vitaminada pelo algoritimo, a empulhação fantasiou-se de informação.

Habituada a se nutrir de crises alheias, a imprensa rala, em plena Idade Mídia, a sua própria crise. Se o autor de "Dom Casmurro" pudesse reescrever a crônica de 1859, talvez modificasse o título. Em vez de "A Reforma pelo Jornal", anotaria: "A Reforma do Jornal". Ou, melhor ainda: "A Destruição pelas Redes".

O linguista americano Noam Chomsky escreveu certa vez que a imprensa opera sob os efeitos do sistema econômico. Segundo o seu raciocínio, os meios de comunicação não passam de "empresas enormes, que integram conglomerados ainda maiores". Tais conglomerados são, por sua vez, "integrados com o nexo Estado-privado que domina a vida econômica e política".

Eis que surgiram os superconglomerados digitais. Operando acima do Estado e à margem das leis, tornaram-se empreendimentos supranacionais. Mal comparando, as plataformas das bigh techs viraram monarquias paralelas e autossuficientes. Nelas, reina a monetização. Se o ilícito dá lucro, passa como lícito pelo hipotético filtro do monitoramento das redes.

As redes em que os mentirosos mentem são mais importantes do que suas mentiras. As plataformas invadidas por criminosos são mais relevantes que seus crimes. Do mesmo modo, os filhos ilegítimos da internet são muito mais jornalísticos do que os filhos legítimos.

Se não fosse o fedor, ninguém valorizaria o perfume. Malcheirosas, as redes sociais realçaram, por contraste, as emanações aromáticas que exalam do jornalismo. O noticiário produzido por profissionais do ramo tornou-se o local ideal para o surgimento de um ambiente inteiramente novo. Caos não falta.

Antes do boom das redes sociais, o sociólogo francês Alain Touraine era uma das poucas vozes a temperar as críticas à imprensa com um lembrete que servia de contraponto para a acidez de Noam Chomsky. Realçava a importância dos meios de comunicação como "locus indispensável e cada vez mais importante da vida pública''.

Hoje, o jornalismo vai se reconvertendo em gênero de primeira necessidade. É tão necessário que as big techs pirateiam as notícias sem remunerá-las. Além de perscrutar a verdade, a imprensa desmonta inverdades. Faz isso em múltiplas plaraformas.

Já na sua época, Machado de Assis mencionava a relevância da liberdade de informar. Desdenhava dos riscos: "Os pergaminhos já não são asas de Ícaro". Na crônica de 1859, Machado anteviu dificuldades para a imprensa. Chamou-as de "fases a atravessar". Soou otimista no arremate: "Cumpre vencer o caminho a todo o custo; no fim há sempre uma tenda para descansar, e uma relva para dormir".

A hiperdesinformação das redes revitalizou o papel da imprensa. Mas não há no horizonte tendas nem relvas. Vislumbra-se uma imensa trincheira. A guerra mal começou.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL 

Josias de Souza 

Colunista do UOL

06/05/2023 05h28 

https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/05/06/hiperdesinformacao-das-redes-revitaliza-imprensa.htm

Fim de emergência abre batalha entre Brasil e ricos sobre vacina e pandemia

 

Jamil Chade - 

Colunista do UOL

05/05/2023 20h32
Atualizada em 05/05/2023 20h34


fim da emergência internacional da covid-19 abre uma batalha diplomática entre os governos do Brasil, de países emergentes e dos países ricos, na tentativa de criação de um novo tratado internacional que terá como objetivo criar uma base para que o mundo possa enfrentar uma futura pandemia de uma maneira mais eficiente.

A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já avisou que vai pressionar por um acordo que garanta acesso a vacinas e tratamentos, numa postura radicalmente diferente da atitude do governo de Jair Bolsonaro (PL) nos primeiros meses da pandemia.

Hoje, depois de mais de três anos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou o fim da emergência da covid. Segundo a agência, porém, a crise foi marcada por um fracasso da comunidade internacional em ter acesso a remédios, vacinas e informação sobre o surto.

Para Tedros Gebreyesus, diretor-geral da OMS, a doença "desnudou as desigualdades gritantes do nosso mundo, sendo as comunidades mais pobres e mais vulneráveis as mais afectadas e as últimas a ter acesso a vacinas e outros instrumentos".

Uma das decisões dos governos tinha sido a de lançar um processo negociador de um novo tratado que permita que, numa eventual nova crise, o mundo possa responder de forma mais adequada, menos egoísta e mais transparente.

Mas as primeiras negociações, realizadas de forma confidencial, tem mostrado um profundo grau de desacordo entre os países. Diplomatas que participam do processo admitiram ao UOL que não há um acordo sequer sobre a definição do termo "pandemia".

O processo negociador será oficialmente estabelecido em junho, em Genebra. Mas Brasília já alerta que o governo Lula vai desembarcar com uma exigência de que fique determinado que, numa pandemia, países terão acesso "desimpedido e equitativo" a produtos médicos, vacinas e tratamentos.

Para os países emergentes, o processo negociador passou a ser uma oportunidade para denunciar e corrigir o desequilíbrio na distribuição de vacinas. Entre 2020 e 2021, enquanto países ricos compraram vacinas suficientes para cinco vezes suas populações, dezenas de economias pobres passaram meses sem receber doses do imunizante.

Na OMS, a constatação é que milhares de vidas poderiam ter sido salvas se tivesse ocorrido uma distribuição mais justa das vacinas.

A proposta brasileira, no entanto, enfrenta a resistência de europeus e americanos. Para os países ricos, o termo "desimpedido" poderia ser usado por governos como um instrumento para questionar e combater as sanções comerciais impostas a eles. Ter um tratado com tais poderes, neste caso, significaria um enfraquecimento do regime de sanções.

Outro obstáculo foi identificado quando a União Europeia, Israel, EUA, Japão e Austrália se opuseram à ideia do Brasil e de outros países emergentes de incluir uma referência de que a comunidade internacional tenha "responsabilidades comuns e diferenciadas" diante de uma nova pandemia.

Ou seja: numa eventual crise sanitária, todos têm responsabilidades. Mas aqueles com mais recursos, produção e condições devem agir para garantir o abastecimento de vacinas e outros produtos ao restante do mundo.

Para os europeus e americanos, esse é um conceito usado nas conversas sobre o clima e não deve ser colocado em um tratado pandêmico.

Compartilhar benefícios

Um dos principais elementos de desacordo, porém, é a insistência do Brasil e governos asiáticoa, africanoa e latino-americanos em assegurar que o tratado também estabelecesse regras sobre "compartilhamento de benefícios".

Os países emergentes estariam dispostos a compartilhar amostras de vírus e outros espécimes, se assegurados de que os produtos médicos desenvolvidos a partir daquela coleta chegariam até eles.

O temor do mundo em desenvolvimento é que, depois de serem obrigados a fornecer amostras de um suposto vírus a um laboratório americano ou europeu, tenham depois de destinar bilhões de dólares para comprar o imunizante que seja produzido a partir daquilo que descobriram.

Para os países desenvolvidos, incluindo os europeus, entretanto, esse é um conceito que deveria ser limitado à discussão sobre a biodiversidade. E não para pandemias.

"Não precisava ser assim"

Para Tedros, o fim da emergência é "um momento de reflexão". "A covid-19 deixou — e continua a deixar — cicatrizes profundas no nosso mundo. Essas cicatrizes devem servir como um lembrete permanente do potencial de surgimento de novos vírus, com consequências devastadoras", disse.

"Enquanto comunidade mundial, o sofrimento que suportamos, as lições dolorosas que aprendemos, os investimentos que fizemos e as capacidades que construímos não podem ser desperdiçados", alertou ontem.

"Temos o dever para com aqueles que perdemos de aprender essas lições e de transformar esse sofrimento numa mudança significativa e duradoura", defendeu.

Para ele, "uma das maiores tragédias da covid-19 é que não tinha de ser assim". "Temos os instrumentos e as tecnologias para nos prepararmos melhor para as pandemias, detectá-las mais cedo, responder-lhes mais rapidamente e atenuar o seu impacto", afirmou.

"Mas, a nível mundial, a falta de coordenação, a falta de equidade e a falta de solidariedade fizeram com que esses instrumentos não fossem utilizados de forma tão eficaz como poderiam ter sido. Perderam-se vidas que não deveriam ter sido perdidas", disse.

"Temos de prometer a nós próprios e aos nossos filhos e netos que não voltaremos a cometer esses erros", insistiu.

Segundo ele, é isso que está em jogo no acordo que se negocia: "um compromisso para com as gerações futuras de que não voltaremos ao velho ciclo de pânico e negligência que deixou o nosso mundo vulnerável, mas avançaremos com um compromisso partilhado de enfrentar ameaças partilhadas com uma resposta partilhada".

Tedros lembrou como, em 1948, o mundo se reuniu depois da Segunda Guerra Mundial e se comprometerem a trabalhar em conjunto em prol de um mundo mais saudável, "reconhecendo que as doenças não têm em conta as linhas que os humanos traçam nos mapas".

"Forjaram um acordo: a Constituição da Organização Mundial de Saúde", disse. "Três quartos de século mais tarde, as nações estão novamente a juntar-se para forjar um acordo que garanta que não voltamos a repetir os mesmos erros", disse, numa referência ao novo tratado.

"Se não fizermos estas mudanças, quem as fará? Esta é a geração certa para fazer essas mudanças. E se não as fizermos agora, quando o faremos?", questionou. "Se voltarmos a ser como éramos antes da covid-19, não teremos aprendido as nossas lições e teremos falhado às gerações futuras", completou.  

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/05/05/fim-de-emergencia-abre-batalha-entre-brasil-e-ricos-sobre-vacina-e-pandemia.htm

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Carlos Bolsonaro recebeu R$ 130 mil em espécie em 16 anos; R$ 91 mil não têm origem


Créditos: Reprodução TV Câmara
POLÍTICA 


Um laudo produzido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, do Ministério Público do Rio de Janeiro, vazado nesta sexta-feira (5), mostra que o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu de 2005 a 2021 depósitos em sua conta bancária, em dinheiro vivo, que somam R$ 129,5 mil, sendo que, deste total, R$ 91 mil não têm origem.

Em 2009, Carluxo, como é apelidado, comprou um apartamento no bairro de Copacabana, na zona sul Rio, por R$ 70 mil, valor baixíssimo para o 12° metro quadrado mais caro da capital fluminense atualmente. Uma semana antes de fechar o negócio ele recebeu um depósito de R$ 10 mil em espécie sem a identificação do depositante.

Enfrentando uma série de denúncias de “rachadinha” (crime de peculato) em seu gabinete, que consiste em tomar parte dos salários de funcionários, que muitas vezes são “fantasmas”, o rebento mais irascível e descompensado do líder da extrema direita brasileira vê com a revelação do laudo a sua situação se complicar ainda mais. Fontes do mundo político e judicial afirmam que Carlos pode ter prisão decreta a qualquer momento, visto o emaranhado de investigações das quais é alvo.

Antônio Carlos Fonseca, o advogado responsável pela defesa de Carluxo, não quis comentar o surgimento das informações, alegando que a ação está sob sigilo judicial, limitando-se a dizer que “lamenta o vazamento do laudo do MP”.  

https://revistaforum.com.br/politica/2023/5/5/carlos-bolsonaro-recebeu-r-130-mil-em-especie-em-16-anos-r-91-mil-no-tm-origem-135411.html

Caráter explosivo da mulher de Mauro Cid preocupa aliados de Bolsonaro, diz jornal


Bolsonaro e Mauro Cid. Créditos: Presidência da República (Alan Santos)
POLÍTICA 


A estratégia da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para o processo que advirá do recente escândalo revelado de fraudes em cartões de vacinação está aparentemente traçada. Os advogados de Bolsonaro devem jogar no colo do tenente-coronel Mauro Cid, apostando na fidelidade canina do ex-ajudante de ordens e braço-direito do ex-presidente, a culpa pelo caso, a fim desvincular o Jair do episódio. Mas o caráter explosivo da mulher de Cid pode colocar tudo a perder.

É o que diz a coluna de Lauro Jardim publicada nesta sexta-feira (5) no jornal O Globo. Aliados de Bolsonaro expressaram ao colunista toda a preocupação que têm em relação a Gabriela Ribeiro Cid que, segundo eles, seria um “barril de pólvora”.

As fontes temem que Gabriela Cid exploda devido à enorme tensão que estaria passando e enquadre o pequeno marido, exigindo que ele conte às autoridades “tudo o que sabe”. Até o momento, é sabido que além do esquema de fraudar os cartões de vacina, outras 3 investigações que podem afetar Bolsonaro têm o ex-ajudante de ordens como protagonista.

Uma das investigações é sobre live transmitida por Bolsonaro em 4 de agosto de 2021, em que o ex-presidente divulgou dados sigilosos de um inquérito da Polícia Federal que investigava um ataque hacker ao Supremo Tribunal Federal. Foi descoberto em seguida que Cid teve influência no episódio. A segunda investigação diz respeito à live de fevereiro de 2022 em que Bolsonaro relacionou as vacinas contra Covid-19 à contaminação por HIV+. Neste episódio, em que Bolsonaro é acusado de crime contra a saúde pública, Cid foi apontado como integrante das chamadas milícias digitais. Em setembro, ele teve o sigilo bancário quebrado e foram investigadas suas transações financeiras.

Por fim, em dezembro de 2022, Cid foi indiciado por provocar alarme ou perigo inexistente ao estimular pessoas, através de mensagem de tom alarmante, a não usarem máscaras durante a pandemia. Há ainda o caso das joias sauditas em que Cid tentou resgatar o pacote avaliado em R$ 16,5 milhões, além de uma recente declaração levada à público em que afirma ter testemunhado planejamentos de golpes de Estado após as últimas eleições.

As fontes ainda revelaram que Gabriela Cid viajou pelo menos três vezes aos Estados Unidos utilizando um cartão de vacinação adulterado pelo esquema do marido e do ex-presidente. Ela estaria preocupada com a própria liberdade e o futuro da família, uma vez que Mauro Cid está preso desde a última quarta-feira (3). 

https://revistaforum.com.br/politica/2023/5/5/carater-explosivo-da-mulher-de-mauro-cid-preocupa-aliados-de-bolsonaro-diz-jornal-135394.html

AGU pede ao STF para mudar modelo de privatização da Eletrobras |

 

 Metrópoles 

Manoela Alcântara
05/05/2023 19:16, atualizado 05/05/2023 21:09
Fachada da Eletrobras/Furnas no SIA Trecho 1, Brasília - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles

Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou, nesta nesta sexta-feira (5/5), ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido liminar para que a Corte declare parcialmente inconstitucional dispositivos da Lei de Desestatização da Eletrobras, a Lei nº 14.182/2021.

O documento, assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo AGU, Jorge Messias, pede à Suprema Corte que mude a parte da regra que proíbe acionista ou grupo de acionistas de exercer votos em número superior a 10% da quantidade de ações do capital votante da empresa.

O governo alega que a aplicação imediata desses dispositivos às ações detidas antes do processo de desestatização representam grave lesão ao patrimônio e ao interesse públicos. A argumentação é que a União, mesmo após a desestatização da companhia, ocorrida em 2022, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), embora continue a ser sua maior acionista, teve seus direitos “políticos drasticamente reduzidos por medida injustificável do ponto de vista jurídico-constitucional”.

Segundo o que consta na ação, com a privatização da Eletrobras houve uma operação de aumento de capital da empresa por meio de oferta pública de ações em bolsa de valores. A União manteve cerca de 43% das ações ordinárias. No entanto, segundo a regra imposta pela Lei de Desestatização, teve seu poder de voto reduzido a menos de 10% do capital votante.

Regra limitadora do voto

A ação traz argumentos de que a regra limitadora do direito de voto, quando analisada em conjunto com outras características do processo de desestatização da Eletrobras, gera ônus desproporcional à União e grave lesão ao interesse público, em clara violação ao direito de propriedade do ente federativo, “aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, e de diversos mandamentos constitucionais que regem a atuação da administração pública”.

Sem reestatização

No documento, os autores frisam ao STF que a finalidade “não é a reestatização Eletrobras, que continuará a ser uma empresa sob gestão privada, mas sim o resguardo do interesse público”. Pontuam, ainda, que o propósito da medida judicial é obter uma interpretação adequada da legislação para que a União possa participar da gestão da Eletrobras de forma proporcional ao investimento público que tem na empresa, e à sua responsabilidade na gestão de recursos energéticos. 

https://www.metropoles.com/brasil/agu-pede-ao-stf-para-mudar-modelo-de-privatizacao-da-eletrobras

Ailton Barros, que disse saber quem mandou matar Marielle, é tido como morto pelo Exército e esposa recebe R$ 22 mil

De acordo com o Portal da Transparência, Marinalva recebe R$ 22 mil bruto por mês, cerca de R$ 14 mil líquido, pela pensão


5 de maio de 2023, 17:26 h

Ailton Barros, Jair Bolsonaro e Marielle Franco
Ailton Barros, Jair Bolsonaro e Marielle Franco (Foto: Reprodução/Instagram/@ailton.barrosrj | Mídia NINJA)

247 - Preso essa semana por envolvimento em possível fraude de vacinação de Jair Bolsonaro (PL), o major reformado Ailton Barros é tido como uma pessoa sem vida pelo Exército, que tem o militar cadastrado como morto, de acordo com informações publicadas pela GloboNews. 

No Portal da Transparência, a suposta viúva Marinalva recebe R$ 22 mil bruto por mês, cerca de R$ 14 mil líquido, pela pensão. 

Os repasses são feitos ao menos desde setembro do ano passado, de acordo com reportagem do portal Uol.

Ailton Barros e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foram presos nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal na Operação Venire, sobre um esquema de falsificação de informação sobre cartões de vacina.

 Eles também discutiram um plano de golpe que teria a prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. 

A PF também disse ao Supremo que Cid é o elo entre Bolsonaro e milícias.

Barros afirmou que sabe de informações de quem mandou matar a ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), morta pelo crime organizado em março de 2018.. 

https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/ailton-barros-e-tido-como-morto-pelo-exercito-e-esposa-recebe-r-22-mil

Bolsonaro abandona aliados à própria sorte para tentar se salvar -


 Florestan Fernandes Jr

A justa paga do abandono, é a delação! E que ela venha! Ao bem da verdade e da democracia.

Mauro Cid, Anderson Torres, Jair Bolsonaro, Roberto Jefferson e Daniel Silveira
Mauro Cid, Anderson Torres, Jair Bolsonaro, Roberto Jefferson e Daniel Silveira (Foto: Alan Santos/PR | ABR | Reprodução | Reuters)

 Numa página de frases feitas, encontro essa pérola: “Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, ainda gosta de você”. É exatamente isso que Bolsonaro espera do seu prezado amigo, tenente-coronel do Exército Mauro Cid. Que não abra o bico sobre a falsificação do certificado de vacina da covid dele e de sua filha, e mais, assuma integralmente a culpa pelo crime. 

 Mauro Cid faz parte do seleto grupo de amigos que tombou no campo de batalha em defesa dos crimes do “Godfather” tupiniquim. O ajudante de ordens de Bolsonaro, que cometeu crime comum, está preso numa cela especial no quartel do Exército. Mesmo à distância, faz companhia a outros outrora fiéis amigos de Bolsonaro: Roberto Jefferson, Daniel Silveira e Anderson Torres. 

 Esses três últimos sentem na carne e na alma o abandono do “amigo e ex-comandante e chefe da Nação” que caminha pelo campo de batalha passando por cima dos corpos de soldados abandonados em combate, pelos interesses de Bolsonaro e sua família. Nega qualquer culpa nos mal-feitos perpetrados antes, durante e após o seu governo. Desde as joias de diamantes presenteadas pelo monarca da Arábia Saudita, passando pelos atos golpistas de 8 de janeiro, até a falsificação de registro de vacinação da Covid. 

 Todos os “amigos” que amargam o abandono do "mito" nos presídios do país, demostram abatimento moral e físico. Preso há quase sete meses numa cela de Bangu 8, no Rio de Janeiro, Jefferson já teria perdido 15 quilos. O ex-presidente de honra do PTB l, tem como companheiro no xilindró o ex-deputado bolsonarista, Daniel Silveira, que em 2022 foi condenado a oito anos e nove meses de prisão e teve ontem (4/05) uma derrota no STF, que suspendeu o perdão de seus crimes concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Diferente de Jefferson, que ocupa uma cela de 36 metros quadrados, Silveira divide a alcova com outros cinco detentos. Já o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pivô de uma operação para impedir o comparecimento às  urnas de um eleitorado  preferencialmente de Lula no Nordeste, e en cuja casa foi encontrada uma minuta de plano golpista, está há quatro meses preso numa cela em um batalhão da PM de Brasília. Nesse período de prisão, Torres, segundo seus advogados, entrou em depressão e já teria perdido 12 quilos. Para preservar a saúde do preso, o ministro Alexandre de Moraes determinou a transferência de Torres para um hospital penitenciário. 

Mas, rapidamente, o comado da PM do Distrito Federal declarou que não seria necessária a transferência, já que o ex-ministro tem recebido atendimento adequado.

Os quatro Bolsonaristas estão no corredor da delação. 

Será que falarão? 

Será que esclarecerão a todos nós as entranhas das muitas ações golpistas perpetradas pelos detratores da democracia? 

A depender da hombridade de Bolsonaro, certamente o farão. 

O ex-presidente, que se diz tão atento aos textos sagrados, tão terrivelmente cristão, esquece de uma das máximas do cristianismo, que é o zelo pelos seus, esquece o texto bíblico que diz que quem não cuida dos seus, nega a fé e é pior do que o descrente. 

Trazendo para o nosso contexto, a justa paga do abandono, é a delação! E que ela venha! Ao bem da verdade e da democracia.

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista. 

https://www.brasil247.com/blog/bolsonaro-abandona-aliados-a-propria-sorte-para-tentar-se-salvar

Novo chefe do GSI culpa Heleno e diz que pediria reforço no dia dos atos terroristas

 O general Marcos Antonio Amaro disse que Augusto Heleno usou uma "carga política" para chefiar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI)


5 de maio de 2023, 22:30 h

Marcos Amaro (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - Novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Marcos Antonio Amaro afirma que o ocupante do cargo durante o governo Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, descumpriu a constitucionalidade do órgão. "Heleno já estava há dez anos fora [do Exército]. Quando veio para cá, ele já veio com essa carga política, já tinha feito campanha para Bolsonaro", disse Amaro em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo

O novo ministro evitou atribuir responsabilidades, mas disse que teria pedido reforço policial para conter os bolsonaristas que invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro. 

"Eu pessoalmente sim, se eu tivesse conhecimento e convicção de que essas informações são válidas, uma avaliação de risco bem feita. Tenho que ter confiança no meu sistema. Eu, pessoalmente, faria [pediria reforços]. Não estou dizendo que o outro [Gonçalves Dias] teve responsabilidade em relação a não ter feito alguma coisa assim", afirmou.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 1.390 pessoas por envolvimento nos atos golpistas. Nesta semana, ministros do Supremo Tribunal Federal transformaram em réus 200 acusados de participação nos ataques terroristas. No primeiro bloco de denúncias, a Corte também decidiu abrir as ações penais contra 100 pessoas. 

https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/novo-chefe-do-gsi-culpa-heleno-e-diz-que-pediria-reforco-no-dia-dos-atos-terroristas

- O Centro de Bionegócios da Amazônia vai ser administrado por uma organização social a partir de decreto assinado pelo presidente Lula. Com isso, poderá captar recursos públicos e privados e ampliar as atividades.

 04.05.23


Lula e Janja se encontram com rei Charles III no Palácio de Buckingham

 A primeira-dama comemorou o encontro com o novo monarca britânico. Rosângela da Silva também destacou a parceria anunciada por Lula e pelo governo do Reino Unido

Rei Charles III (à esq.), Luiz Inácio Lula da Silva e Rosângela da Silva
Rei Charles III (à esq.), Luiz Inácio Lula da Silva e Rosângela da Silva (Foto: Ian Jones)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, tiveram nesta sexta-feira (5) um encontro com o Rei Charles III, na Inglaterra. A recepção ocorre no Palácio de Buckingham, residência oficial da coroa britânica. O casal participará neste sábado (6) da cerimônia de coroação do Rei Charles III, novo monarca britânico. O Reino Unido (RU) tem uma monarquia parlamentarista em que o rei tem a função de chefe de estado, mais diplomática, e o primeiro-ministro trabalha como chefe de governo.

No Twitter, Janja destacou a contribuição de R$ 500 milhões anunciada pelo primeiro-ministro do RU, Rishi Sunak, ao Fundo Amazônia e comemorou o encontro com o Rei Charles. 

"Em Londres, depois do presidente Lula se reunir com o primeiro-ministro Rishi Sunak e garantir uma contribuição de R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia, seguimos para a recepção oferecida pelo Rei Charles lll às delegações estrangeiras no Palácio de Buckingham", disse ela no Twitter. 

A Inglaterra é uma das três nações da Grã-Bretanha, que tem Escócia e País de Gales. O Reino Unido (RU) é a união política desses três países com a Irlanda do Norte, formando quatro territórios. A sede do RU fica em Londres, capital inglesa. 

Atualmente, o Reino Unido é o 20º País para o qual o Brasil mais exporta produtos (US$ 3,7 bilhões) e também o 20º no ranking das importações do mercado brasileiro (US$ 2,8 bilhões), em um fluxo de comércio avaliado em US$ 6,5 bilhões.

O Reino Unido é um dos maiores investidores no Brasil em setores como óleo e gás, finanças e transportes. O valor do estoque de investimentos chega a US$ 36 bilhões. O Brasil também investe no Reino Unido (estoque de mais de US$ 5 bilhões). 

https://www.brasil247.com/mundo/lula-e-janja-se-encontram-com-rei-charles-iii-no-palacio-de-buckingham

Lula vai ao STF contra privatização criminosa da Eletrobrás

 Ação não busca reverter a desestatização, e sim contestar a distribuição do poder de voto


5 de maio de 2023, 19:44 h

(Foto: Reuters)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Advocacia-Geral da União (AGU) entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando trechos da privatização da Eletrobrás. 

O pedido requer que a Corte declare parcialmente inconstitucional dispositivos da Lei de Desestatização da Eletrobrás (14.182/2021).

A Eletrobrás foi privatizada pelo governo ultraneoliberal de Jair Bolsonaro. 

No modelo, a União, apesar de ser a maior acionista da empresa, tem seus direitos reduzidos. 

A União mantém cerca de 35% das ações ordinárias.

 No entanto, pela regra imposta pela lei, teve seu poder de voto reduzido a menos de 10% do capital votante.

A ação aponta que a regra limitadora do direito de voto, quando analisada em conjunto com outras características do processo de desestatização da Eletrobrás, gera ônus desproporcional à União e grave lesão ao interesse público, em clara violação ao direito de propriedade do ente federativo, “aos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, e de diversos mandamentos constitucionais que regem a atuação da administração pública”.

A ação vem após o presidente Lula declarar, em entrevista à TV 247, que “o governo vai voltar a ser dono da Eletrobrás” e que a privatização foi “um crime de lesa-pátria”.

“Não vai ficar por isso. Estamos entrando na justiça contra a votação do peso do governo na direção da empresa e o preço pelo qual foi vendida", afirmou Lula. 

https://www.brasil247.com/brasil/lula-vai-ao-stf-contra-privatizacao-criminosa-da-eletrobras

Itamaraty confirma participação de Lula na próxima Cúpula do G7 no Japão

 O Brasil poderá incluir temas de seu interesse econômico e comercial nas reuniões do "grupo dos ricos"


5 de maio de 2023, 18:16 h


O presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O Itamaraty confirmou, nesta sexta-feira (5), a participação do presidente Lula na próxima Cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão, entre os dias 19 e 21 de maio.

O G7 reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O convite para Lula participar do encontro foi feito pelo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Também foram convidados para a reunião Austrália, Comores, Ilhas Cook, Índia, Indonésia, República da Coreia e Vietnã.

“O Brasil compartilha valores que congregam os países do G7 – como o fortalecimento da democracia, a modernização econômica e a proteção do meio ambiente e dos direitos humanos – e mantém com seus membros permanente coordenação sobre temas da agenda internacional, seja de forma bilateral, seja no âmbito do G20 e de organismos internacionais nos quais o Brasil e os membros do G7 interagem”, afirmou o ministério em comunicado à imprensa.

De acordo com o jornalista Jamil Chade, diplomatas brasileiros lembram que declarações do G7 são normalmente publicadas sem a chancela dos países participantes, o que poderia gerar embaraços ao Brasil.

Para a cientista política e professora da ESPM Denilde Holzhacker, o Brasil pode influenciar os debates do grupo.

"A grande vantagem é sentar numa mesa de negociações com os principais líderes dos países ocidentais. Isso permite que um país do porte do Brasil consiga ter uma interlocução e consiga influenciar na tomada de decisão", disse Holzhacker à Sputnik Brasil.

Para ela, outra vantagem seria a capacidade de o Brasil incluir temas de seu interesse econômico e comercial nas reuniões do "grupo dos ricos".

"A principal desvantagem é que há pressão em relação a algumas pautas que o governo brasileiro provavelmente não gostaria de sofrer, como na questão ambiental, [....] frente ao conflito na Ucrânia e à aproximação entre Brasil e China", declarou Holzhacker.

Para a especialista, participar dos debates internacionais implica custos políticos e pressões para que o Brasil mude algumas posições que desagradam aos países ocidentais.

"O Brasil deve encarar esses custos e pressões [...], ainda que defenda a autonomia da sua política externa", considerou Holzhacker. "O convite é um reconhecimento do prestígio do Brasil, mas envolve uma lógica de pressão sobre alguns temas que o Brasil defende."

Caso participe da cúpula, o principal desafio do presidente Lula será manter a sua posição de imparcialidade frente ao conflito ucraniano.

Na última declaração conjunta, o G7 se comprometeu a promover "fortes sanções contra a Rússia e o apoio da Ucrânia". Para o Brasil, assinar um documento similar poderia prejudicar a posição de imparcialidade perante o conflito ucraniano. (Com Sputnik Brasil). 

https://www.brasil247.com/mundo/itamaraty-confirma-participacao-de-lula-na-proxima-cupula-do-g7-no-japao

Moraes mantém prisão de Torres em batalhão e autoriza visita de 38 senadores

 De acordo com a decisão, o ex-ministro, que está preso, também não precisará de um hospital penitenciário, "conforme relatório médico e concordância da defesa"

Declínio

Charges do Nando Motta 

BOLSONARO SE APAVORA COM ESPOSA DO CORONEL CID E DELAÇÃO DE AILTON BARROS É O APOCALIPSE!

 

BOLSONARO SE APAVORA COM ESPOSA DO CORONEL CID E DELAÇÃO DE AILTON BARROS É O APOCALIPSE!

Josias de Souza / Bolsonaro recorre ao velho bordão: “Eu não sabia”

 


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconhece que governo Lula ainda não encontrou fórmula para aumentar influência no Congresso; OMS anuncia fim da emergência global causada pela pandemia de Covid-19;

 Atualizações das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Villa - Depois da operação da PF, a prisão de Bolsonaro é iminente

 


ESPOSA-BOMBA! BOLSONARO NÃO PREVIU ESSA. FIM DA EMERGÊNCIA: ESCAPAMOS! BRASIL FICOU NAS MÃOS DE CID?

 05/05/23 - PENSE EM ALGUÉM QUE NÃO ESTÁ DORMINDO BEM. Bolsonaro não tem motivos para dormir. Sem celular não pode postar mais nada. Sem lives e sem moral. Amigos e subalternos presos.

Seu braço direito, com quem trocava confidências geopolíticas, sobre O CHEFE RUSSO E O ESTADUNIDENSE DARENA quase capotou ao tentar se segurar para não explodir de rir.
Esse era o cenário.
A fila andou e vai acelerar daqui para frente.

UOL News Noite com Diego Sarza (05/05/2023)

 


Fernando Horta e Gustavo Conde comentam a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, o elo que faltava na conspiração contra o estado brasileiro.

 


Reinaldo Azevedo - 05/05/23

 



GOLPE, VACINAS, JOIAS...LISTA DE ACUSAÇÕES NÃO PARA DE CRESCER - ICL NOTÍCIAS 2 - AO VIVO HOJE

 


BLINDAGEM DE BOLSONARO É BLINDAGEM DO EXÉRCITO

 Mauro Cid teria mandado um recado para o ex-chefe: vai assumir sozinho a responsabilidade no escândalo das vacinas.


CHARGE do Amarildo

 


“Brasil voltou a ser protagonista mundial com Lula”, diz Emir Sader

 

Para o sociólogo, apesar de enfrentar dificuldades em seu governo, presidente Lula tem demonstrado a sua força como estadista na promoção de alianças entre o Brasil e o mundo


5 de maio de 2023, 17:10 h

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O sociólogo Emir Sader, em entrevista à TV 247, avaliou as viagens do presidente Lula ao exterior e a sua importância no cenário econômico global. Para Sader, Lula tem se mostrado um excelente estadista, colocando o Brasil novamente no posto de protagonista mundial.

"O Brasil volta a ser protagonista mundal com centro fundamental, que é conseguir a pacificação na guerra da Ucrânia. Celso Amorim já anunciou que vai estare com o presidente Vlodomyr Zelensky, acho que é já para discutir detalhes do que seria um plano de paz", afirmou Emir Sader. 

 O sociólogo avalia, no entanto, que internamente Lula ainda tem muitos problemas, diferentemente dos governos Lula 1 e 2. “Lula recebeu duas heranças muito pesadas. Primeiro, o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] nomeado por Jair Bolsonaro, radicalmente neoliberal, que mantém a taxa de juros mais alta do mundo e impede a retomada do crescimento econômico e, em segundo lugar, Lula tem um congresso com maioria conservadora. Então, são dois obstáculos graves para que esse mandato de Lula possa ser de tanto sucesso como foram os anteriores”, pontua 

Sobre as ações bilaterais entre Brasil e Argentina para o desenvolvimento de uma moeda única comercial, o sociólogo defendeu que o mundo passa por uma grande onda de desdolarização das relações econômicas e que este movimento é normal. 

“Hoje a maior parte dos intercâmbios é feita em outras moedas e não em dólar e isso faz parte da decadência norte-americana. Logo, a proposta da moeda comum vai nessa direção. É uma grande sacada. Uma moeda sul americana, começando pelos intercâmbios de Brasil e Argentina. Inclusive, os países poderiam assumir como sua moeda nacional. Essa, talvez, seja uma chance da Argentina superar a inflação, do Equador deixar de ter o dólar.  Criaria-se um Banco Central Sul Americano, desdolarizando o nosso intercâmbio econômico”, finaliza.  

https://www.brasil247.com/entrevistas/brasil-voltou-a-ser-protagonista-mundial-com-lula-diz-emir-sader

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