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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Brasil registra em agosto maior déficit do ano na balança comercial com os EUA

 

Brasil registra em agosto maior déficit do ano na balança comercial com os EUA

As exportações brasileiras para os EUA tiveram uma retração de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado
04/09/2025 | 16h25  


Em meio ao pacote de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Brasil registrou em agosto o oitavo mês consecutivo de déficit comercial nas trocas com a economia norte-americana, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC).

Um déficit comercial ocorre quando o país compra mais produtos de um parceiro do que vende para ele. Ou seja, em agosto o Brasil importou mais dos EUA do que exportou — um cenário negativo para a balança comercial brasileira.

De acordo com os números oficiais, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 2,76 bilhões, o que representa uma retração de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na outra ponta, as importações de produtos americanos chegaram a US$ 3,99 bilhões, com crescimento de 4,6% na mesma comparação.

O resultado foi um déficit de US$ 1,23 bilhão em agosto, o maior saldo negativo mensal de 2025.

Déficit acumulado no ano

No acumulado de janeiro a agosto, o Brasil já soma US$ 3,48 bilhões de déficit na balança com os EUA — um aumento de 370% frente ao mesmo período de 2024, quando o saldo negativo foi de US$ 745 milhões.

O último superávit registrado ocorreu em dezembro de 2024, no valor de US$ 468 milhões.

Vale destacar que o Brasil acumula déficits sucessivos com os EUA desde 2009. Nesse período de 16 anos, as exportações americanas ao Brasil superaram as vendas brasileiras em US$ 88,61 bilhões.

Tarifaço americano: impacto e medidas do governo

O pacote de tarifas imposto por Donald Trump foi aplicado de forma gradual e atingiu o ponto mais duro em 6 de agosto, com uma sobretaxa de 50% sobre cerca de 36% das exportações brasileiras para os EUA.

Segundo Trump, a justificativa seria tanto econômica — citando um suposto déficit americano nas relações com o Brasil — quanto política, envolvendo processos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e debates sobre liberdade de expressão.

Para reduzir os danos às empresas brasileiras, o governo federal apresentou um conjunto de medidas emergenciais:

  • Linha de crédito de R$ 30 bilhões para companhias exportadoras, com exigência de manutenção de empregos.
  • Seguro à exportação, ampliando a cobertura contra riscos como inadimplência e cancelamento de contratos.
  • Diferimento de impostos para aliviar o caixa das empresas mais impactadas.
  • Prorrogação do regime drawback, que permite isenção de tributos sobre insumos usados em produtos destinados à exportação.
  • Novo Reintegra, oferecendo créditos tributários para desonerar vendas externas.
  • Compras públicas, permitindo que União, estados e municípios adquiram parte da produção atingida pelas tarifas.
  • Diversificação de mercados, com foco em abrir espaço em novos países para produtos brasileiros sobretaxados pelos EUA.

O cenário reforça a importância de o Brasil buscar novos parceiros comerciais e reduzir sua dependência das exportações aos Estados Unidos, sobretudo em um contexto de disputas políticas e tarifárias.

https://iclnoticias.com.br/economia/brasil-deficit-balanca-comercial-eua/


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