Zambelli arrombou a porta

 


A Interpol incluiu Carla “Pode Colocar Interpol Atrás de Mim” Zambelli na sua lista vermelha a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Agora, a deputada pode ser presa em outros países — se vai, é uma outra questão e depende de acordos de extradição, de possíveis concessões de asilo e da simpatia ideológica de outros governos com a extrema direita brasileira ou sua antipatia com Moraes.


O bolsonarismo tem usado o caso para bater no ministro do STF e promover a calejada mentira de que vivemos uma ditadura. Ostentam o caso como se fosse um ataque à liberdade de expressão. Fazem isso não por amor à deputada, mas pela possibilidade de bater em Moraes, relator da ação que julga Jair e mais uma renca de militares e civis por golpe de Estado.

Tal qual fizeram com o deputado Daniel “Surra de Gato Morto” Silveira, transformado pelo ex-presidente em mártir em 2022, mas que, agora, não recebe dele nem pacote de Marlboro no xilindró.

Mas a ordem de prisão contra Zambelli é diferente de outros casos. Como o de Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, por incitação a crimes contra instituições democrática, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele está nos EUA e deve ficar por lá. Oswaldo Eustáquio teve prisão decretada por incitar os atos golpistas em 12 de dezembro de 2022, em Brasília, data da diplomação de Lula, quando bolsonaristas botaram fogo em veículos e tentaram invadir a sede da Polícia Federal. Está foragido na Espanha.

Ao fugir do Brasil para escapar da mira da Justiça brasileira, Zambelli seguiu à risca a cartilha do bolsonarismo, trilhando o caminho que foi tomado por outros nomes da extrema direita antes dela. E que pode ser tomado, inclusive, por Jair Bolsonaro, caso seja condenado por golpe de Estado. Mas não significa que as situações de todos são as mesmas.

Zambelli arrombou a porta do Poder Judiciário com o pé, digital no caso. Levou dez anos de cana e perda de mandato. Não apenas incitou crime, foi lá e cometeu. É bem diferente, bem mais grave.

O mais interessante é que Zambelli invadiu o CNJ porque o hacker considerou impossível invadir o TSE. Essa parte, o bolsonarismo não divulga (leia a íntegra do texto no UOL)

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