Lula parabeniza Putin por proposta de encerrar guerra na Ucrânia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva “felicitou” o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela proposta de abertura de negociações com a Ucrânia.
A ligação entre os dois líderes aconteceu nesta quarta-feira (14), segundo o Palácio do Planalto.
A guerra entre os dois países começou em fevereiro de 2022.
Durante o telefonema, Lula também incentivou Putin a comparecer à reunião prevista para esta quinta-feira (15) em Istambul, na Turquia.
“A composição das delegações de negociadores é uma prerrogativa soberana dos chefes de Estado”, disse o presidente brasileiro, segundo a nota oficial.
Na terça-feira (13), o chanceler ucraniano, Andrii Sybiha, afirmou que pediu ao Brasil que ajude a garantir a presença de Putin nas conversas.
Ele relatou, em postagem no X, antigo Twitter, que falou por telefone com Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, para reforçar o apelo.
“Reafirmei a disponibilidade do presidente Zelensky para se reunir com Putin na Turquia e instei o Brasil a usar a sua voz competente no diálogo com a Rússia para que este encontro direto ao mais alto nível aconteça”, escreveu Sybiha. Ele também solicitou apoio a um cessar-fogo de 30 dias.
No sábado (10), Putin anunciou a disposição para retomar negociações diretas com Kiev. A proposta, feita em pronunciamento na TV russa, tem apoio da Turquia e prevê a realização do encontro em Istambul, já a partir desta quinta. O Kremlin, até o momento, não confirmou a presença do presidente.
“Estamos propondo a Kiev retomar negociações diretas, sem pré-condições”, declarou Putin. “Oferecemos às autoridades de Kiev a retomada das negociações já nesta quinta, em Istambul.” O presidente russo afirmou ainda que busca uma “paz forte e duradoura”.
Em paralelo à movimentação diplomática, líderes europeus pressionaram Moscou por uma trégua incondicional de 30 dias. O grupo formado por Ucrânia, Reino Unido, França, Alemanha e Polônia ameaçou impor novas sanções caso a pausa não seja cumprida.
Lula esteve em Moscou na semana passada, durante as celebrações da vitória da União Soviética na Segunda Guerra. Após o encontro com Putin, ele seguiu para a China, onde Brasil e China divulgaram declaração conjunta pedindo início imediato das negociações entre Rússia e Ucrânia.
A nota não menciona trégua nem cessar-fogo, mas afirma que “a única forma de pôr fim ao conflito” é o diálogo direto. Brasil e China também pedem que qualquer acordo seja duradouro, justo e “vinculante para todas as partes no final”.
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