Delegado da PF diz que há indícios de ação coordenada em incêndios
Delegado da PF diz que há indícios de ação coordenada em incêndios
O delegado da Policia Federal Humberto Freire de Barros disse que parte dos incêndios florestais no país pode ter ocorrido por meio de ações coordenadas. A declaração do delegado foi dada em entrevista realizada nesta sexta-feira (13) pela Globo News.
Barros é diretor de Amazônia e Meio Ambiente da PF. Segundo ele, a investigação preliminar da polícia aponta para a realização de incêndios simultâneos.
“A gente vê que alguns incêndios começaram quase que ao mesmo tempo. Isso traz o indício de que podem ter acontecido ações coordenadas. É um ponto inicial da investigação”, afirmou na entrevista.
A hipótese de ação humana em parte das queimadas que assolam o país neste mês também já foi levantada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que determinou medidas para o enfrentamento aos incêndios na Amazônia e no Pantanal.
Dino tem mesma suspeita do delegado
Na terça-feira (10), durante audiência de conciliação realizada pela Corte, Dino defendeu a investigação e punição de quem provoca queimadas ilegais.
“Há ação humana. Por isso, o Supremo vem com essa ideia de diálogo, mas, ao mesmo tempo, de coerção, investigação e punição dessa ação humana”, disse o ministro.
De acordo com levantamento mais recente do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, estão sendo usados para o combate às chamas no Pantanal 842 profissionais e 18 aviões. Há 116 incêndios registrados e 83 extintos.
No Xingu, barreira de fogo
Uma grande barreira de fogo foi formada durante incêndio que atinge terras indígenas localizadas entre as cidades de Peixoto de Azevedo, Querência e São Jose do Xingu, em Mato Grosso.
Vídeo divulgado nas redes sociais mostra a barreira de fogo entre as terras indígenas do Capoto Jarina e Parque Indígena Xingu. Os focos das chamas têm sido registrados nessas localidades desde 17 de agosto e se alastraram com um “paredão” de fogo e de fumaça na quinta-feira (12).
As imagens da barreira de fogo foram feitas às margens do rio Xingu durante a ação de brigadistas na região. Até o momento, as chamas já consumiram cerca de 30 km das Terras Indígenas, conforme dados da prefeitura de São José do Xingu.