Médicos que defendiam ivermectina contra Covid nos EUA tem licença revogada
Médicos que defendiam ivermectina contra Covid nos EUA tem licença revogada
Conselho de medicina americano revoga licenças de médicos que defendiam ivermectina contra Covid
20/08/2024 | 13h42
Dois médicos norte-americanos conhecidos como líderes de grupo ainda promove a ivermectina como tratamento para Covid-19 tiveram seus certificados suspensos pelo American Board of Internal Medicine (ABIM), órgão equivalente ao CFM no Brasil.
Os dois profissionais, Pierre Kory e Paul Ellis Marik, eram especializados. Como no Brasil, nos Estados Unidos ter a licença suspensa para exercer suas especialidades médicas siginfica que os médicos não podem mais tratar de pacientes e nem trabalhar em hospitais.
Os dois médicos são fundadores da Front Line Covid-19 Critical Care Alliance Front Line Covid-19 Critical, entidade fundaram em março de 2020, que defendia a ivermectina como tratamento para Covid. A organização agora se dedica a divulgar suplementos para tratar “problemas causados por vacinas”.
Ivermectina e tratamento precoce
A ivermectina foi promovida como um “tratamento precoce” contra Covid-19 no início da pandemia nos EUA e no Brasil, junto com outros medicamentos sem eficácia contra a doença, como a cloroquina. A ivermectina é um antiparasitário usado no tratamento de infecções causadas por piolhos, sarnas e lombrigas. Aqui, esse coquetel foi chamado de “kit Covid” e foi amplamente propagandeado por negacionistas da vacina e da ciência solução para combater o coronavírus e a Covid-19.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou utilização da ivermectina ainda em julho de 2020, uma vez que vários estudos científicos demonstraram sua ineficácia, bem como o risco de efeitos colaterais graves pelo uso indiscriminado do rempedio.
Em nota, os médicos Kory e Marik afirmaram: “Acreditamos que esta decisão representa uma mudança perigosa dos princípios fundamentais do discurso médico e do debate científico que historicamente têm sido a base das associações de educação médica”. Alegam que a atiINtude da ABIM é ataque “à liberdade de expressão”.