Pimenta rebate chanceler de Israel: 'adota a prática da extrema-direita ao apostar em fake news contra Lula'
Pimenta rebate chanceler de Israel: 'adota a prática da extrema-direita ao apostar em fake news contra Lula'
'Lula defende a coexistência de dois Estados como solução definitiva para o conflito entre Israel e Palestina', destacou o chefe da Secom
247 - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, deixou claro nesta terça-feira (20) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "defende a coexistência de dois Estados como solução definitiva para o conflito entre Israel e Palestina". "O governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente", afirmou Pimenta na rede social X. Segundo Pimenta, o ministro israelense "distribui conteúdo falso atribuindo ao Presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele".
O titular da Secom respondeu ao chanceler Israel Katz, ministro das Relações Exteriores israelenses, por cobrar de Lula um pedido de desculpas após o chefe de Estado brasileiro condenar o genocídio na Faixa de Gaza, onde cerca de 30 mil palestinos morreram desde o dia 7 de outubro.
Nas redes sociais, o chanceler de afirmou que "milhões de judeus em todo o mundo estão à espera do seu pedido de desculpas. Como ousa comparar Israel a Hitler?". "Que vergonha. Sua comparação é promíscua e delirante. Uma vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até lá, continuará sendo persona non grata em Israel!".
Segundo Pimenta, "em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o holocausto". "Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de @netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças", afirmou.
"Desde o primeiro dia, o presidente Lula condenou como terroristas os ataques do Hamas contra o povo de Israel. Durante a presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil apresentou uma resolução de imediato cessar-fogo, comprovando o compromisso do país com a paz na região", continuou.
"O Governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder. A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza. Isolado, o governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente".
Neste domingo (18), o presidente Lula comparou o genocídio na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse o chefe de Estado a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia.
No sábado (17), Lula afirmou que a solução definitiva para a guerra na Faixa de Gaza vai ocorrer "se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino". "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população".